Fanfics Brasil - 20 A Paixão Secreta de Alfonso Herrera - AyA [adp-FINALIZADA]

Fanfic: A Paixão Secreta de Alfonso Herrera - AyA [adp-FINALIZADA] | Tema: AyA /RBD/Ponny


Capítulo: 20

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Agora dirigia o olhar para seus lábios. Depois mais abaixo, e mais abaixo... Anahí usava um vestido cor pêssego claro, com um decote bastante baixo, embora sem sair do que recomendava a moda. Sua proximidade a deixava nervosa. A desconcertava.  E mesmo assim, Anahí não se afastou. De repente, soube que não queria fazê-lo.


  Seus lábios voltaram a situar-se em sua boca.


  -Deveria sair correndo, lady Anahí. Fugir agora.


  Soava tão estranho. E pareceu mais estranho ainda que ele dissesse isso. Porque isso era exatamente o que Anahí sentia. Sem fôlego, como se tivesse corrido a toda velocidade do piso baixo até o terraço da casa.


  Uma aventureira, disse uma vez alguém. O que podia ser uma grande aventura que estar aí só na escuridão com um homem que mal conhecia? Alfonso Herrera era um estranho. Deveria sentir-se assustada, mas não era assim.


  Nervosa, sim. Isso sim! E excitada de uma maneira que não podia definir bem. Uma mistura de sentimentos se amontoava em seu interior. Sentia-se como se o coração fosse sair do peito.


  E mesmo assim ficou onde estava.


  Somente uma hora antes, teria pensado que algo assim fosse impossível. Mas agora, tudo em seu interior dizia que devia ficar ali.  Pedia a gritos. Sabia instintivamente o que ele estava pensando, o que queria. E sabia, com cada poro de sua pele, que não ia detê-lo...


 Logo que pôde, Alfonso foi em busca de uma taça. Não das da mesa do ponche para mulheres. Necessitava de algo mais forte.


  Não tinha gostado de saber que a festa de sua tia ia celebrar-se na casa dos Puente. Amava sua tia, por isso tinha que contentá-la e aparecer obrigatoriamente na festa. Mas quanto antes deixasse Londres, melhor. Não sentiria falta. Não gostava dos olhares inquisidores, os olhares de piedade daqueles que o conhecia há muito tempo.


  Não tinha esperado nunca que Anahí se aproximasse dele, por isso sua aparição o pegou despreparado, por não falar de sua oferta de paz. Um solitário, tinha-lhe chamado Anahí. Deus, se ela soubesse!, pensou com ironia. Mas ela tinha razão, bebia muito. Era a única coisa que ajudava a superar as noites.


  Um recluso, tinha-lhe chamado. E possivelmente era. Sua vida lhe pesava. Não, mais que isso. Era um desastre. Não tinha vontade de estar rodeado de gente. Não desejava que o mundo o recordasse tudo o que tinha perdido.


  Além disso, havia um pouco de culpabilidade em seu comportamento. Não acreditava ser digno de estar junto à gente decente. Seu comportamento foi abominável. Foi um mal educado. E por quê? Porque a encantadora Anahí recordava-o de coisas nas quais ele preferia não pensar. Uma parte dele queria gritar para que o deixasse em paz. Deus, como desejaria que partisse!


  Mas no momento no que ela se aproximou... não pôde evitar.


  Era muito desconcertante. Irritante. O aroma que irradiava... Meu Deus! Era um aroma que o intoxicava. Não havia outra forma de dizê-lo.


  E agora... agora ele a via umedecer os lábios. Um tremor quente o atravessou. Alfonso sabia o que era. O desejo. Profundo e líquido. Não podia detê-lo.


  Parou e a olhou. Olhou-a de verdade, de uma forma em que não tinha dispensado a uma mulher em muito tempo. Santo céu, como não fez a uma mulher em cinco longos anos! Da mesma maneira em que olhou uma vez a Ellie.


  Era um engano.


  Seu vestido de noite tinha um corte em forma de "v", com um decote tão baixo que deixava entrever a redondeza dos seus seios, o espaço entre eles, o tremor que os elevava cada vez que respirava. A nudez de seus ombros enfatizava a fragilidade de seu longo pescoço... um pescoço que o tinha tentado toda a noite! Como seu irmão, ela era mais alta que a média, com uns membros longos e elegantes. Sua pele era de seda e branca, uma pele que fazia que um homem quisesse... Esse pensamento o deixou frio.


  Mas ela não queria que ele ficasse frio, pensou quase zangado. Queimava por dentro. Queimava e... ai, Deus! Isto estava escapando do controle.


  Um pensamento mordaz e cínico lhe sobreveio ao tempo que um sentimento quente e voraz entrava por suas veias. Santo céu, estava seduzindo uma mulher com toda a família presente e em sua própria casa. Que demônios se passava com ele?

Uma dor o rasgou. O fazia pensar em tudo o que teve uma vez. Em tudo o que tinha perdido.


  Desde a morte de Ellie, não foi tentado por nenhuma mulher. Nenhuma mulher o havia tocado. Nem ele havia tocado a nenhuma outra. Mas esta -lady Anahí Puente- fazia que o desejo se cravasse nas suas vísceras como uma espada. Um desejo que era quase doloroso quanto intenso.


  Até agora, era como se tivesse esquecido que era um homem. E a presença de Anahí Puente o recordava sem querer o que cinco anos sem mulher podiam fazer em um homem.


   Alfonso não gostava. Não gostava absolutamente. Mas tampouco podia evitá-lo. Deveria ter ido. Sair dali e pagar uma mulher para que aliviasse essa noite o desejo que fluía por suas veias. Entretanto, sabia que isso não serviria de nada.


  -Deveria sair correndo, lady Anahí. Fugir agora.


  E seu corpo seguia traindo-o. Traía-o de uma forma progressiva e minuciosa! Tinha um nó familiar na parte baixa de seu estômago, entre as coxas. Deus, pensou com uma careta de desgosto. Tinha essa garota alguma ideia do efeito que estava produzindo nele?


  Possivelmente sim. Porque não se movia. Seguia ali o olhando, com a cabeça de um lado, agarrando a estola com as mãos, com seus expressivos olhos grandes e azuis, e essa leve pergunta nos lábios.


  Era como se tivesse estalado uma tormenta em seu interior. Em seu coração. Em sua alma. E então, tudo se rompeu em pedaços ao seu redor.


 



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Autor(a): anywhen

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Comentários do Capítulo:

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  • flafeitoza Postado em 27/06/2012 - 11:26:52

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  • flafeitoza Postado em 27/06/2012 - 11:26:51

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  • flafeitoza Postado em 27/06/2012 - 11:26:51

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  • flafeitoza Postado em 27/06/2012 - 11:26:49

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