Fanfic: A Paixão Secreta de Alfonso Herrera - AyA [adp-FINALIZADA] | Tema: AyA /RBD/Ponny

Anahí queria que a terra a tragasse e desaparecesse nas profundidades para sempre. Uma vergonha intensa e quente a consumia.

  Foi May que se aproximou para segurar sua mão.

  -Vamos, querida -disse amavelmente- Te ajudarei a se deitar.

  Em seu quarto, May dispensou a criada e ajudou sua prima a despir-se. Anahí não disse nada. Mas ao meter-se na cama, o tumulto das últimas horas lhe veio em cima de repente.

  - May -disse, desesperada- Ai, May...

  Fez algo que nunca teria esperado, algo que fazia muito raramente.

  Começou a chorar.

  May se abraçou a ela.

  -Acalme-se, Annie -a embalou- Tudo sairá bem. Já verá que sim.

  Oxalá fosse certo. Mas de repente, Anahí não podia estar segura de que tudo ficasse bem de novo.

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  Era cedo quando ouviu um toque na porta. Anahí se levantou ao ver Marichelo entrar no quarto. Com as faces rosadas e o cabelo recolhido sob um gorro, sua mãe parecia completamente descansada, pensou Anahí com uma espécie de aborrecimento. Ela, pelo contrário, tinha os olhos apagados e exaustos. Pouco tinha dormido.

Marichelo afofou um travesseiro dos que tinha nas costas.

  - Beba o chá, querida, antes que se esfrie. Ah, e te trouxe um desses croissants que tanto você gosta.

  Anahí aceitou a xícara e bebeu dela sem muita convicção. Não queria chá. Pensar em comida dava vontade de vomitar. Como podia sua mãe agir como se nada tivesse ocorrido? Como se a noite anterior tivesse sido um sonho! Ah, como queria meter-se debaixo das mantas e não sair nunca mais.

  Anahí nunca foi uma covarde. Mas, nestes momentos, queria se comportar como tal.

 Marichelo revoou pelo quarto, puxando as cortinas, dobrando com cuidado a toalha de banho e chamando a criada para que preparasse o banho.

  Anahí pôs a um lado a xícara de chá.

  -Mãe - disse.

  -Sim, amor? -Marichelo se sentou na beirada da cama e segurou suas mãos.

  Anahí se fixou nos dedos de sua mãe, tão finos e delicados, entrelaçados firmemente com os seus. Como era possível que esta mulher tão pequena irradiasse uma fortaleza semelhante? Pensou em seu pai, na maneira em que sua mãe tinha secado a sua testa, em como tinha cuidado dele e animado nos momentos mais difíceis. Como podia manter-se tão firme e tão forte inclusive nos momentos mais dolorosos de sua vida? Mas a sua era uma resistência que não podia ver-se, pensou Anahí de repente, uma força de espírito e uma fé... que residia somente no interior.

  Engoliu em seco.