Fanfics Brasil - 42 A Paixão Secreta de Alfonso Herrera - AyA [adp-FINALIZADA]

Fanfic: A Paixão Secreta de Alfonso Herrera - AyA [adp-FINALIZADA] | Tema: AyA /RBD/Ponny


Capítulo: 42

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  -Não. -Desta vez disse com uma ênfase deliberada-. Não quero ninguém bisbilhotando nesta sala.


  "Não quero que você esteja bisbilhotando nesta sala."


  Isto era o que na realidade tinha querido dizer. Não havia nenhuma dúvida!


  Mas se ele parecia não ter nenhuma inclinação por guardar as formalidades, Anahí acordou que as suas seriam mais generosas. Sua mãe se sentiria orgulhosa se a visse.


  -Esta é o aposento mais glorioso da casa -disse com agrado- Eu sou apenas uma aprendiz -levantou a página que tinha na mão-, mas estas páginas devem ser bastante excepcionais. De fato, seguro que são muito valiosas. Possivelmente deveria considerar trazer um perito para...


  -Sei exatamente o que são. E repito, este aposento nunca será usado.


  O sorriso de Anahí ficou congelado. Sua frieza a congelava.


  -Se nunca for ser usada -assinalou-, então talvez devesse estar fechada com chave.


  -Vivo aqui sozinho -disse, cortante-. Não tinha necessitado até agora.


Anahí ficou tão erguida como ele, com a palma ferida escondida depois das costas. Seu controle era uma loucura. E, maldição! Sua mão começava a doer. Supôs que tinha começado a sangrar. Colocou-a entre as dobras da saia. Maldição! Ao menos esperava que o sangue não estivesse caindo sobre essas maravilhosas páginas de papel pergaminho.


  -Pode contratar uma governanta se desejar -continuou dizendo- e a todas as criadas que desejar. Faz o que quiser com o resto da casa, mas este aposento ficará como está.


  -Ah -disse com sarcasmo-, vamos então  chegar a outro de nossos "entendimentos" ?


  Seus olhares se encontraram. Cada um mediu a determinação que havia nos olhos do outro.


  -Chama-o como quiser  -disse ele por fim.


  -Acredito que me casei com um louco - apontou Anahí - O que me parece incrível é que alguma vez deixei que me beijasse.


  Não gostou da frieza de suas palavras nem o torcido de seu tom. De fato, ela acreditou ouvir o rangido dos dentes.


  De repente, entrecerrou os olhos.


  -O que esconde aí? - Perguntou, cortante.


  -Eu... nada.


  Tirou o pergaminho da mão e o pôs a um lado, depois segurou a outra mão e a virou.


  -Pelo amor de Deus, por que não me disse que estava ferida?


  -É... é só um pedaço de vidro. -Cometeu o engano de olhar mão. Tinha a metade da mão manchada de sangue, um sangue espesso e vermelho.


  Deu um gemido. Os seus joelhos começaram a tremer. Estava ficando tonta. Não, pensou horrorizada. Não diante dele! Se caísse, estava segura de que morreria de humilhação. Sempre se tinha considerado uma pessoa valente, mas não quando via uma gota de sangue. Nesses casos, convertia-se em uma débil garotinha.


  Apesar de seus esforços, sentiu que ia desmaiar. Balançava-se. Não podia ver Alfonso. Uns pontos negros giravam diante de seus olhos, uns redemoinhos nebulosos de cor cinza. Mesmo assim podia ouvi-lo. Sua voz zumbia de uma maneira que não podia entender nada do que dizia. Soava tão estranho!


  Quão seguinte soube foi que ele a segurava nos braços. Segurou-a e a apertou junto ao seu corpo. Tonta, a sua cabeça dava voltas, e teria caído se não fosse por ele. Viu uma perna longa e uma bota negra ao olhar para baixo. Ele aproximou uma cadeira e a sentou nela.


  -Sinto muito. -Sua voz não soava tão trêmula como tinha temido. Inclusive conseguiu sorrir-. É ridículo, sei. É só que...


  -Cale-se. Está bem, não se preocupe. Não olhe. -Sua voz era quase suave- Fecha os olhos, Anahí. Respira fundo, assim. Não pense nisso, só respira.


  Depois de um momento, ela abriu os olhos. Alfonso a observava. Tinha-lhe enfaixado a ferida com seu lenço. Seus dedos seguravam a outra mão com calidez, fazendo-a sentir estranhamente segura.


  -Melhor? -perguntou ele em voz baixa.


  Ela assentiu.


  -Bem. Vejamos se podemos levantar este emplastro. Não se levante -disse- Voltarei em um segundo.


 Apertou-lhe os dedos em sinal de agradecimento. Esses lábios duros se curvaram em um breve e inesperado sorriso. Seguiu-o com os olhos. Era estúpido, mas sentiu que desejava pendurar-se ao seu pescoço. Tinha uma grande angústia no peito. Deus, pensou, o que estava se passando?


  Voltou a jogar a cabeça sobre o respaldo acolchoado da cadeira e fechou os olhos.


  Não passou muito tempo antes que ele voltasse a aparecer.


  O lenço com o que tinha enfaixado a mão estava molhado.


  Trazia um copo de uísque.


  -É para você ou para mim? -perguntou Anahí.


  Ele riu com voz rouca. Rouca, mas risada ao fim e a cabo.


  -Bebe - recomendou-o.


  Deu um bom gole e fez uma careta.


  -Tudo, por favor.


  Anahí obedeceu. O uísque queimou a garganta e o estômago.


  -É horrível - se queixou.


  -Algumas pessoas se acostumam. -Uns dedos longos tiraram o copo da sua mão, roçando-a por um instante. Uma vez mais essa risada rouca. Anahí estava certamente surpreendida.


  Entrecerrou os olhos ao notar a pressão na ferida. Falava com voz baixa, dizendo que teria que esperar até que a ferida deixasse de sangrar. Ou possivelmente foi o uísque que começou a fazer efeito, pensou mais tarde.


  Afastou a cabeça ao ver que segurava a garrafa de antisséptico e punha um pouco na mão. Ardeu horrores. Retorceu-se e segurou com força a mão dele.


  -Tranquila - disse ele um pouco bruscamente- Temo que tenha muitos vidros cravados aí dentro. Tentarei não te machucar.





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Autor(a): anywhen

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  Ela olhou para outro lado. Mas pouco depois voltava a pôr os olhos no que Alfonso fazia. O sol fazia brilhar a navalha que ele colocou sobre a mão. Deu um gemido. Tinha vontade de vomitar. Alfonso levantou uma sobrancelha escura em sinal de reprovação.   -Não - pediu autoritariamente- Não olhe.   Uma vez mais afast ...


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Comentários do Capítulo:

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  • flafeitoza Postado em 27/06/2012 - 11:26:52

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  • flafeitoza Postado em 27/06/2012 - 11:26:51

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  • flafeitoza Postado em 27/06/2012 - 11:26:51

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  • flafeitoza Postado em 27/06/2012 - 11:26:49

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