Fanfics Brasil - 47 A Paixão Secreta de Alfonso Herrera - AyA [adp-FINALIZADA]

Fanfic: A Paixão Secreta de Alfonso Herrera - AyA [adp-FINALIZADA] | Tema: AyA /RBD/Ponny


Capítulo: 47

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Vários dias depois, Anahí teve a oportunidade de passar ao lado de uma criada que acabava de receber o correio. Como Alfonso não estava por ali, Anahí sorriu e segurou o pacote que trazia a garota.


  -Obrigada, Mary. Eu farei chegar ao senhor.


  O escritório de Alfonso estava situado na parte leste da casa. Anahí tinha dado uma breve olhada no primeiro dia quando esteve inspecionando a casa com Duffy. Como a biblioteca, considerava-o parte dos domínios de Alfonso, algo que parecia ajustar-se a ele à perfeição, pensou com um toque de dureza. E na realidade, também a situação do aposento, ao final do corredor, parecia ajustar-se a ele bastante bem.


  Entrou e olhou ao seu redor. O ambiente era grande, forrado com a mesma madeira de carvalho inglês que a escada. Justo sob as janelas havia um bonito divã, com estofado de veludo bordô e dourado.


  Um raio de sol iluminava o escritório. Anahí pôs o correio no centro da mesa, depois se deteve e olhou para cima.


  Uma grande teia de aranha se estendia do teto até a parede de um dos cantos. Encolheu os ombros e fez gesto de sair dali; depois pensou melhor e voltou sobre seus passos. Fixou a vista na desagradável teia. Não ficava mais remédio... simplesmente, isso não podia estar ali.


  Havia um armário das criadas justo do outro lado do corredor. Segurando uma vassoura, voltou para o escritório e subiu em cima do encantador divã de veludo do canto.


  -Que diabos está fazendo?


  O som da voz de seu marido esteve a ponto de fazê-la cair. Se ele não tinha cuidado com suas palavras, pensou com determinação, ela tampouco teria.


  Pela extremidade do olho, viu que se colocou diante da escrivaninha.


  -Que diabos você acha que estou fazendo? - A queixa veio acompanhada de uma vigorosa vassourada.


  Falhou por bastante.


  -Maldição - murmurou.


Alfonso levantou a cabeça. Ela o olhou por cima do ombro.


  Tinha uma sobrancelha arqueada.


  -Meus irmãos falam muito pior - se defendeu ela.


  -Preferiria que minha esposa não o fizesse.


  Ah, vá. Quem era ele para repreendê-la? Ignorando-o, Anahí respirou e ficou nas pontas dos pés. Com a boca apertada em sinal de determinação, apontou ao seu objetivo uma vez mais. Foi uma tentativa ainda mais valente que a anterior, mas desta vez esteve a ponto de cair.


  -Pelo amor de Deus, deixe que eu faça isso. - O grunhido chegou de baixo- Se quebrar o pescoço, recairá sobre minha consciência.


  Umas mãos fortes rodearam sua cintura. O mundo girou brevemente ao seu redor antes de pôr os pés no chão. Ficou olhando enquanto ele tirava a teia sem nenhum esforço... e sem ter sequer que subir no divã.


  Anahí franziu o cenho ao ver que se sentava atrás de sua escrivaninha. Seus olhares se encontraram um momento. "O que - pensou ela-, acaso queria que o deixasse sozinho?"  Apertou os lábios. Se era assim podia pedir-lhe depois de tudo, ela estava ali primeiro.


  Deliberadamente deu-lhe as costas. Ocupou-se em colocar uma pilha de livros na mesa do canto.


  Não se deu conta de que Alfonso a olhava com os olhos franzidos enquanto ela revoava à outro canto e voltava.


  -Por Deus... será que alguma vez fica parada?


  Era mais uma pergunta que uma acusação. Anahí se deteve.


  Ele tamborilou a mesa com os dedos.


  - Terminou?


  -Perdoe-me - disse ela com expressão irônica-, devo entender que quer que não o incomode mais?


  -Se não for pedir muito...


  Sua educação era impecável. Anahí não fez o mesmo. Fulminou-o com o olhar, sem dar-se conta do sentimento de culpa que havia provocado em Alfonso.


  Apenas um quarto de hora mais tarde, ela descia as escadas embelezada com sua roupa de montar. Alfonso estava na entrada com Duffy quando ela desceu.


  Olhou-a interrogando-a em silêncio.


  -Pensei que me viria bem montar um pouco. -Seu tom era frio, à defensiva.


  Ele desviou a vista ao relógio de parede que acabava de dar a hora.


  -É quase a hora de comer.


  -Por favor, não me espere. É possível que me atrase. -Deveria sentir-se agradecido que o deixasse sozinho.


  Ela teria evitado sair por ali, mas ele a segurou pelo braço.


  Anahí franziu o cenho ao notar que ele apertava seu braço. Seus dedos a deixaram livre... mas não seus olhos.


  Sua expressão era a de uma pessoa contrariada.


  -Anahí, é óbvio que tem o estábulo a sua disposição. Mas este não é um bom momento.


  Ela arqueou as sobrancelhas.


  -Por que não?


  Seu olhar se deslizou desde seu ombro até a parte alta da janela que tinha às costas.


  -Olhe ali. -Com o queixo, indicou-lhe o céu. Anahí viu que havia densas nuvens que se aproximava pelo horizonte. Inclusive no momento em que se voltava para olhar, a luz do sol pareceu empalidecer- Aproxima-se uma tormenta.


  -Ah, mas esquece  - disse ela alegremente-, que vivi a maior parte de minha vida na Escócia. Um pouco de chuva não me importa. E acredito que se ficar em casa um minuto mais terminarei por apodrecer.


  -Não conhece o terreno daqui. -Havia um leve nervosismo em seu tom.


  Anahí deixou de sorrir.


  -Como poderia conhecer?


  Seus olhos se encontraram.


  -Escute-me, Anahí. As tormentas daqui não se parecem em nada às que você conhece. Não sairá com este tempo, ouviu-me?


  -É bastante impossível não fazê-lo - disse com os dentes apertados. Gostaria de seguir discutindo. Mas nesse momento se ouviu o estrondo de um trovão. Ele a olhou como lhe dizendo: "Vê! Eu disse!"


  Seu sorriso doía. Anahí o fulminou com o olhar.





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Autor(a): anywhen

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  • flafeitoza Postado em 27/06/2012 - 11:26:52

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  • flafeitoza Postado em 27/06/2012 - 11:26:51

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  • flafeitoza Postado em 27/06/2012 - 11:26:51

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