Fanfic: A Paixão Secreta de Alfonso Herrera - AyA [adp-FINALIZADA] | Tema: AyA /RBD/Ponny

A luz de minha vida se apagou. Temo-me que seguirei na escuridão para sempre.
Alfonso Herrera.

Exatamente as oito em ponto, a aldrava da porta principal soou com força.
A casa era um autêntico alvoroço. Izzie e Jack acabavam de sair do banho, mas tinham escapado das garras da babá e brincavam de correr escada abaixo. Da porta do salão, May suspirou e levantou o dedo indicador para Izzie.
No momento no que a criada abria a porta principal, Anahí viu Jack na escada, onde parecia concentrado em saltar do último degrau como fez sua irmã com tanta perícia.  Anahí o segurou nos braços e desfrutou do contato de seu pequeno corpo. Recém-banhado, suas faces gordinhas estavam ainda brilhantes e ruborizadas, mais adoráveis que nunca.
E foi então quando viu Alfonso Herrera entrar.
May dedicou-lhe um de seus luminosos sorrisos.
-Senhor Herrera! Que alegria voltar a vê-lo... e bem a tempo.

-Sou um homem de palavra - murmurou Alfonso com um ligeiro movimento de sobrancelhas- Seria de má educação chegar tarde.

Era tão difícil ao homem sorrir? "Seria de má educação chegar tarde" , burlou-se  Anahí mentalmente. Era como se tudo o incomodasse.
Não gostava muito da ideia de ver que May tinha acertado de ele que apareceria para o jantar. E agora que estava ali, seria muito desagradável fingir que se sentia mal, disse para si, sobretudo quando acabava de vê-la em plena forma. Enfim, era evidente que teria que suportar mais tarde as brincadeiras de May.
Ele advertiu a presença de  Anahí com uma ligeira inclinação de cabeça.

-Milady - murmurou. Seu rosto seguia sério; seu tom, evasivo.

Anahí o olhou às escondidas. Recordou a arrogância no parque e não pôde olhá-lo com bons olhos. Mesmo assim, estava disposta a mostrar a educação e a simpatia das quais ele carecia.
Izzie, que era a que mais próxima estava da porta - e dele-, comportou-se com acanhamento, de repente. Quando a menina se meteu sob a saia de sua mãe, Anahí teve vontade de sorrir com malícia. "Sim, preciosa, você também percebeu de que é um tirano, não é?"

-Isabella, não seja tão tímida, patinho! Não se lembra? Conhecemos o senhor Herrera esta manhã no parque.

Isabella o olhou com suspeita. Enquanto isso, Jack estava com o rosto enfiado no ombro de Anahí, para levantá-lo só um instante depois. Com os olhos cheios de vida, estendeu suas mãos gordinhas para Alfonso aproximando-se dele.
O gesto era inconfundível.
Mas o senhor Herrera não queria segurá-lo. Justo antes que segurasse o pequeno, Anahí observou a expressão de seu rosto, e fez que se sentisse mal. Não foi desagrado o que viu, tampouco o consideraria inapetência...
De repente se sentiu indignada. Que demônios? Perguntou-se. Não teve problemas em segurar o Jack quando o salvou pela manhã; pela forma de fazê-lo, pareceu-lhe pela tarde que estava familiarizado com as crianças. Possivelmente por isso resultou tão estranho que agora, somente umas horas depois, parecesse que não queria segurá-lo.
Entenderia, talvez, se o pequeno estivesse sujo ou cheirasse mal. Mas não era assim. Seu corpo era suave e de um aroma doce. Anahí se sentiu profundamente ofendida.
Abriu a boca para falar. Colocá-lo-ia em seu lugar, certamente que o faria.

- Vejam só, parece que Jack voltou a ficar pesado.

Era Derrick, o marido de May, loiro e de faces rosadas, sempre sorridente.
Alfonso se virou para ele
-Jack?- repetiu- Esse não é seu nome... não era John?

Anahí olhou Alfonso com suspeita.
-Sim -disse May com um sorriso-. Mas meu marido Derrick, que é ele -ofereceu a face para que seu marido a beijasse- o chama de Jack desde o dia que nasceu. E apesar de minhas iradas objeções, quase todo mundo desta família chama nosso filho de Jack, inclusive eu -disse com uma gargalhada.
-Papai! -gritou entusiasmado Jack.