Fanfics Brasil - 9 A Paixão Secreta de Alfonso Herrera - AyA [adp-FINALIZADA]

Fanfic: A Paixão Secreta de Alfonso Herrera - AyA [adp-FINALIZADA] | Tema: AyA /RBD/Ponny


Capítulo: 9

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Ninguém poderia dizer que Alfonso Herrera era um homem desenvolto e alegre. Do lugar que a tinham atribuído justo ao lado dele (ah, e tinha o pressentimento de que May teve muito a ver com isto!), Anahí se dedicou a observá-lo discretamente. Sua mandíbula era quadrada e angular, seu barbeado perfeito. Estava bastante bronzeado, por isso deduziu que não devia passar todo seu tempo em busca de tarefas prazerosas. Havia em sua pose uma energia tão forte que podia notar uma espécie de sacudida, uma corrente subterrânea que era do mais elementar e assustadora.


Era evidente que era um homem educado. Não só se via em sua roupa. Nem sua postura, nem suas maneiras indicavam que se sentisse incômodo em sua casa em sua presença.


Tinha trocado a jaqueta matinal por outro traje. A gola de sua camisa era alta, roçava-lhe quase as faces, e usava o nó da gravata pulcramente feito. Exceto pela camisa, se vestia completamente de negro. O corte de sua jaqueta era de umas algumas temporadas atrás, desenhada com simplicidade, e confeccionada com um pano maravilhoso. Mesmo assim, o corte era sombrio e severo, um pouco como o homem que o usava, pensou Anahí com ironia.


Mas o que mais a deixava nervosa era a sua estatura. O tecido de sua jaqueta se ajustava ao seu corpo, o que fazia que seus ombros parecessem imensos. O diâmetro de seus punhos era de um tamanho proporcional, e seus longos dedos se fechavam ao redor da frágil taça de vinho, fortes e esbeltos. A face exterior de suas mãos mostrava um arbusto de pelo tão escuro como o cabelo de sua cabeça. A combinação era do mais inquietante.


Não se podia dizer que Anahí fosse uma mulher pequena. Quando pequena, era magricela e desajeitada como um gato sem pelo. Como gostava de brincar seu pai, logo tinha deixado de sê-lo. Mesmo assim, o homem que se sentava ao seu lado a fazia sentir-se bastante pequena e vulnerável, um sentimento que Anahí não estava acostumada.


Não parecia um homem velho, e, entretanto... Tratou de averiguar sua idade, estranhamente interessada, de repente. Tinha as têmporas prateadas. Observou os três homens que se sentavam à mesa. Alec tinha sete anos mais que ela, e Derrick a mesma idade, mas nenhum dos dois tinha cabelos brancos.


Com o muito que a desagradava, nunca teria acreditado possível que ele parecesse tão - custava dizê-lo!- bonito. E não só bonito, mas de uma beleza rara. Diabos! Por que May tinha que notá-lo? E por que notava ela? Perguntou-se angustiada.


Era muito desesperador. Não podia respirar. Agnes teria apertado muito o espartilho? Devia ser isso. Entretanto...


-Diabos! -murmurou, retorcendo o guardanapo em seu colo.


Sua mãe a olhou com seus imensos olhos azuis.


-Annie? Dizia alguma coisa, querida?

Anahí
engoliu em seco.


-Nada, mãe.


Marichelo voltou a olhar para seu convidado.


-Londres é sua primeira residência, senhor Herrera? -perguntou.


-Não, excelência - se deteve- Na realidade, raramente visito Londres. Passo a maior parte do tempo no campo. No norte, para ser mais preciso.


Anahí segurou o vinho.


-No campo? Como, senhor, você é um excêntrico? - A pergunta saiu de sua boca antes que Anahí se desse conta.


Marichelo só teve que levantar ligeiramente as sobrancelhas e segurar as mãos sobre o colo para mostrar seu desgosto. E agora Alec a olhava também com censura, como às vezes fazia, comprovou com preocupação. Era seu irmão mais velho, e era o duque, mas de maneira nenhuma ia acovardar-se diante ele por isso!


Anahí  não podia negar que havia errado. Tampouco estava segura do que se passava com ela. Em qualquer outro momento, não teria sido tão imprudente. Mas esta noite... O que? Queria gritar, esta noite o quê?


Não a ajudou sentir sobre ela o olhar examinador de seu convidado. Seus olhos se encontraram. Uma estranha tensão parecia flutuar entre eles.


-O que a faz pensar isso? - Perguntou ele educadamente.


Anahí levantou o queixo. Deu um gole de vinho antes de encará-lo.


-Bom, senhor - assinalou-, você disse que quase não visitava Londres. Talvez seja porque vive encerrado no campo.


Alec interveio.


-Deve perdoar a ousadia de minha irmã - disse com voz suave- Nossa única desculpa é que provimos das terras selvagens da Escócia, onde as boas maneiras são muitas vezes deixadas de lado.


Anahí queria rosnar como um homem grande. Mas sua mãe também foi ao resgate de Alec.


-Londres pode ser bastante aborrecida, não é? Sempre me alegra voltar para nossa casa em Gleneden.


- Imagino, excelência. Mas o certo é que a hipótese de lady Anahí é correta. Certamente não teria vindo a Londres se não fosse por minha tia Letícia que celebra seu septuagésimo aniversário.


Marichelo deixou o garfo suspenso no ar.


-Letícia -repetiu-, Letícia Hamilton? A viúva condessa de Hopewell?


-A mesma, excelência.


Marichelo fez um som de prazer.


-Ora, ela foi minha benfeitora em minha apresentação na sociedade faz anos. De fato, seu aniversário é depois de amanhã... na casa de lady Creswell.


-Precisamente por isso estou aqui, excelência.


Ah, mas tinha que ter imaginado. O que tinha começado como um dia bastante agradável ia de mal a pior. Certamente, Anahí tinha conhecimento da amizade que unia sua mãe e a condessa. Sempre se visitavam quando estavam em Londres e se escreviam regularmente.


Apertando os dentes, Anahí ocultou seu aborrecimento.


Não apenas MAy. Agora parecia que Alfonso Herrera havia ganhado também o coração de sua mãe... e sem esforço algum!


Precisamente, foi May que falou sem nenhum pudor.


-Perdoe meu atrevimento, mas irá acompanhado de sua esposa, senhor Alfonso?


Anahí não sabia onde meter-se. Junto a ela, teria jurado que Alfonos Herrera se revolvia também incômodo na cadeira.


May estava praticamente entorpecida. Anahí queria desaparecer sob a mesa.


-Não -respondeu- Vivo sozinho.


Aparentemente,Derrick também o havia observado. Inclinou a cabeça para um lado.


-Conhecemo-nos de antes, senhor Herrera?


- Eu também pensei o mesmo - disse Alec -. Você me parece familiar. E seu nome também. Pensei que talvez nos tivessem apresentado antes, mas não acredito.


-Eu tampouco, excelência...


  Alec agitou a mão.


-Não precisa continuar formal, homem. Chama-me de Alec.


-De acordo, Alec. Acredito que recordaria se nos tivéssemos conhecido antes.


-Talvez não nos conheçamos. Mas estudou em Cambridge, certo? -disse Alec.


Alfonso levantou as sobrancelhas.


-Sim.


-Por Deus, foi remador, não é? O ano no que se escolheram as cores.


Referia-se, é óbvio, à corrida de remos anual de Cambridge e Oxford, e às cores da equipe. Oxford usava azul escuro, Cambridge um tom mais claro. Derrick e Alec se entusiasmavam com a corrida, que tinha se convertido em um acontecimento; para os dois era obrigatório estar em Londres cada ano para o evento desde que deixaram Cambridge.


-Foi meu segundo ano em Cambridge. Sempre quis ir no Bote Azul, mas me disseram que não tinha técnica -disse Alec.


-Isso, cavalheiros, faz séculos -havia uma inflexão como de diversão na voz de Alfonso-. Embora acredite que Cambridge sempre terá vantagem.


-Sim, senhor. -Derricklevantou seu copo-. Que assim seja.


Anahí fez um som quase imperceptível. Os três homens a olharam.


-A minha irmã - disse Alec com secura-, não gosta de remar. Ela e May ficaram uma vez durante horas presas no meio do lago de Gleneden, nosso lar na Escócia.


Anahí levantou as sobrancelhas em direção a May, mas May mordia o lábio, tentando conter a gargalhada.


-Não acredito ter ouvido essa história - assinalou Derrick.


-As encontramos já ao anoitecer - acrescentou a duquesa-. Tiveram que suportar uma grande tormenta que as impregnou até os ossos. Lembro que as coitadas tiveram febre durante vários dias depois.


Os olhos de Alec brilharam ao olhar para Anahí.


-Agora rimos, mas minha irmã e May ficaram muito mal.


-Imagino.


-É óbvio, podia ter evitado em parte se houvessem dito aonde iriam.


-Certo - acessou May-, mas imagino que tampouco Annie tinha intenção de perder os remos. - A prima de Anahí não pôde se conter por mais tempo. Lágrimas de risada caíam pelas suas faces-. Nunca esquecerei a expressão de seu rosto, Annie, quando tentou resgatar o primeiro remo e escutou o barulho na água do segundo. Embora tenha feito um esforço heroico por recuperá-lo -retificou May ao ver a expressão mal-humorada de Anahí.


*****



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Autor(a): anywhen

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-Sempre uma aventureira intrépida, nossa Annie - sorriu Alec. -E uma vez mais, outra Puente sem técnica - observou Derrick.Anahí estava visivelmente zangada. Eram todos uns traidores! Decidiu. -Bom -disse ironicamente-, parece que estão se divertindo bastante. - Puxou para trás a cadeira- Mãe, possivelmente seja o momento de que pa ...


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Comentários do Capítulo:

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  • flafeitoza Postado em 27/06/2012 - 11:26:52

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  • flafeitoza Postado em 27/06/2012 - 11:26:51

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  • flafeitoza Postado em 27/06/2012 - 11:26:51

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  • flafeitoza Postado em 27/06/2012 - 11:26:49

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