Fanfics Brasil - 97 A Paixão Secreta de Alfonso Herrera - AyA [adp-FINALIZADA]

Fanfic: A Paixão Secreta de Alfonso Herrera - AyA [adp-FINALIZADA] | Tema: AyA /RBD/Ponny


Capítulo: 97

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Possivelmente, especulava Anahí vários dias depois, tanta tensão estava cobrando o seu preço mais do que teria imaginado. Pelas manhãs, levantava-se tremendamente cansada. Desejava virar e seguir dormindo. Ao final do dia, terminava exausta.


  Tratou de não pensar nisso, já que não era dessas pessoas que se preocupavam com qualquer coisa; e tampouco era muito dada a pensar negativo.


  Mas essa mesma manhã, imediatamente depois de tomar o café da manhã, se sentiu tão enjoada como se estivesse em alto mar. De fato, quando deu uma olhada ao menu do dia seguinte, mencionou à Senhora Wilder se tinha a possibilidade de tirar o leite.


  Acabava de deixar a cozinha quando viu Alfonso no vestíbulo.


  -Aí está - disse alegremente- Vou ao povoado visitar o vigário Townsend. Quer vir comigo?


  Normalmente, Anahí teria aceitado alegremente. Agora acompanhava  seu marido com bastante frequência quando tinha que visitar seus arrendatários, ou quando ia ao povoado. Possivelmente fosse uma estupidez, mas tremia cada vez que a tirava da carruagem e punha a mão no cotovelo. Tremia cada vez que a apresentava como sua esposa.


  Sacudiu a cabeça.


  -Hoje não.


  -Como! Tão má companhia eu sou?


  -Absolutamente! Entretanto, acredito que prefiro ir descansar um momento.


Alfonso levantou uma sobrancelha.


  -Nem sequer são doze - sorriu-, e quer ir dormir?


  Esse sorriso encantador que a fazia sentir cócegas nos dedos dos pés. Era tão alto, tão incrivelmente bonito, que tirava a sua respiração.


  -Possivelmente queira me trazer uma dessas maravilhosas bolachas da padaria. Aquela com uma rica cobertura.


  -Está bem. Mas será melhor que não dizermos à Senhora Wilder que você prefere essas do que as dela -com uma faísca brincalhona nos olhos, baixou a voz para que ninguém o ouvisse-, se não teremos que nos pôr a procurar outra cozinheira.


  Nós. Nunca tinha pensado que uma só palavra pudesse significar tanto... Sentiu uma emoção tão grande em seu interior, que temeu não poder se conter.


  -Quer algo mais?


  "Só você!", queria gritar. Com a garganta ardendo de repente, Anahí sacudiu a cabeça. Demônios, pensou impotente, o que é que acontecia? Observou-o enquanto se virava e saía dali.


  -Alfonso! -balbuciou.


Alfonso virou. Parou no meio do caminho fazendo ressonar os saltos de suas botas no chão.


  Ao chegar onde ela estava se deteve, com uma ternura nos olhos difícil de descrever. Segurou o seu queixo e a beijou. Anahí sentiu como se o coro da catedral cantasse em seu estômago.


  Sem pensar, abraçou-se ao seu pescoço. Foi um gesto impulsivo e carinhoso.


Alfonso riu. Mas também ele parecia comovido por sua espontaneidade. Seus olhos se encontraram. Ele franziu o cenho.


  -Está bem? Ficarei, se quiser que eu...


  "Se queria que ele..." Ah, Deus, queria ele ao seu lado o tempo todo. Precisava dele o tempo todo.


  -Estou bem - disse, quase sem fôlego- Só um pouco cansada.


Alfonso a olhou com um gesto compreensivo. Mesmo assim, Anahí viu algo mais em seus olhos, algo que fez o seu coração dar um tombo... que a fez desejar voltar a ficar abraçada com ele. Depois ele acariciou o seu lábio inferior com o polegar.


  -Descanse então. Voltarei logo.


  Depois que ele foi embora, Anahí subiu ao seu quarto e se deitou na cama. Estava esgotada, mas os seus nervos não a deixavam dormir. Por fim se levantou. Colocou um xale de caxemira pelos ombros para se proteger do frio outonal que começava a refrescar o ambiente. Não era à toa que as folhas das árvores tinham começado a ficar douradas e vermelhas.


  Suspirando, dirigiu-se a escrivaninha que havia em frente à lareira. Tentava-se de uma deliciosa peça de madeira rosa, muito na moda esses dias, com acabamento em madeira de álamo. Tinha enviado uma carta a sua mãe no dia anterior, mas fazia uma semana que não escrevia a Mai.


  Então se lembrou de que tinha usado o último papel ao escrever a carta de sua mãe. Possivelmente Alfonso tivesse algum em seu escritório.


  Sentiu-se um pouco culpada por procurar na gaveta superior do escritório de seu marido, mas sim, resultou que tinha que fazê-lo. Segurou meia dúzia de folhas e se dispôs a voltar para o seu quarto. Então se deteve.


  O diário de Alfonso estava aberto no canto da mesa.


  Algo se agitou dentro dela. Por um instante, a necessidade de segurar e ler o seu conteúdo se sobrepôs a tudo. Felizmente, seu bom senso, e seu raciocínio, foram mais poderosos. Seria uma violação de sua intimidade, algo que não se podia permitir e nem aceitar.


  Apesar de suas boas intenções, não pôde evitar dar uma olhada. Um raio de luz entrava pela janela iluminando precisamente essas páginas, como em um convite para serem lidas.


  O primeiro que viu foi à data.


  Vinte e oito de setembro de 1848.


  A data de ontem. Não havia nada de estranho nisso.


  Entretanto, sua expressão ficou áspera. Sua mente começou a contar para trás... procurando desesperadamente... e então  encontrou.


  O seu coração deu um tombo. Sua boca ficou seca.


  Colocou a mão na barriga.


  Nesse instante, Anahí foi incapaz de processar alguma coisa. Incapaz de pensar.



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Autor(a): anywhen

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Mas no mais profundo de seu ser, soube o que ocorria.   Ia ser mãe.   E Alfonso ia ser pai outra vez.   Estava contente? Surpreendida? Possivelmente um pouco das duas coisas, pensou tremendo.   Não saberia dizer o tempo que ficou ali, imóvel. Por fim, o estalo continuado de umas rodas aproximando-se da casa chamou sua atenç ...


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Comentários do Capítulo:

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  • flafeitoza Postado em 27/06/2012 - 11:26:52

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  • flafeitoza Postado em 27/06/2012 - 11:26:51

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  • flafeitoza Postado em 27/06/2012 - 11:26:51

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  • flafeitoza Postado em 27/06/2012 - 11:26:50

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  • flafeitoza Postado em 27/06/2012 - 11:26:49

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