Fanfic: A família Uckermann (Adaptada) | Tema: Rebelde

Pessoal cade os comentarios? Assim eu vo desistir da web :(

- Eu devia obrigar você a me contar. Devia arrancar toda essa maldita história de você. Aqui mesmo. Agora mesmo. Só que eu não vou fazer isso. E você sabe por quê?
Nervosa, Dulce acenou com a cabeça que não. O tom de voz dele soava tão frio, tão inflexível.

- Porque mais um dia não vai fazer a menor diferença. O que está feito, está feito. Você fez sua escolha quando decidiu mentir para mim. Quando você não ligou. Não voltou mais.
- Eu sinto muito - desculpou-se Dulce, tentando sufocar o choro para não desabar na frente dele.
Será que Chistopher entenderia caso lhe explicasse por que não ligou? E por que não voltou antes?

Por mais unidos que Dulce e Chistopher fossem, ele nunca dissera que a amava, nem mesmo quando insistiu para que morassem juntos.

Bem, afinal de contas, ninguém mais além do irmão cabeça-dura havia lhe dirigido essas palavras. As frases ternas com as quais Poncho sempre a tratava, como "Obrigado por se importar" e "Eu te amo, garota" se transformaram no seu salva-vidas, na convicção de que era verdadeiramente digna de ser amada.
Poncho entendia muito bem a obstinação da irmã. O pai de Dulce, seu padrasto, invariavelmente desaprovava tudo o que ele fazia, e o castigava com freqüência, erguendo os punhos contra o enteado até o dia em que Poncho cresceu o suficiente para se defender.
Dulce se ajoelhou para acariciar o cabelo castanho e espesso do bebê e, afinal, decidiu encarar Chistopher de frente.

Disfarçadamente, ele trocou os pés de posição. Chistopher parecia tão sombrio, tão ameaçador. Mesmo assim, Dulce se recordou do quanto ele podia ser gentil, meigo, infantil e brincalhão.
Chistopher costumava provocá-la com cócegas, atacando com os dedos entre as suas costelas até que Dulce quase morresse de tanto rir. Depois a beijava até que suspirasse seu nome, e então se derretesse sobre a cama, seu corpo nu sobre o dela.
- Você pode dormir no quarto de hóspedes - ofereceu Chistopher, sem o menor vestígio de hospitalidade na voz.
- Obrigada, mas o sofá está ótimo. A cama de Miguel já está armada aqui na sala, e eu gostaria de ficar perto dele.
- Vejo você pela manhã - despediu-se Dulce.
Chistopher espiou o bebê, depois se voltou para ela.
- Tem leite na geladeira se você precisar.
- Obrigada. - Dulce observou enquanto ele desligava a TV, e foi andando pelo corredor.
Chistopher Uckermann, com sua pele de bronze e seus cabelos negros como as asas de um corvo. O homem que ela amava. O homem que ela desejava não ter traído jamais.

Continua...