Fanfic: A família Uckermann (Adaptada) | Tema: Rebelde

— Eu não estou bêbado.
Dulce sabia disso também, ele não costumava dirigir alcoolizado.
Christopher se escorou contra o móvel da televisão.
— Não sei o que fazer comigo mesmo. Parece uma maldição de tão complicado.
Com a ponta dos dentes, Dulce despedaçou ainda mais as unhas arruinadas.
— Sinto muito ter causado tantos problemas.
— Eu vou superar tudo isso.
Será? Dulce não tinha tanta certeza.

Mas ela nunca soube exatamente o que esperar de Christopher. Ele podia estar sorridente num minuto e absolutamente mal-humorado no instante seguinte. Ele mantinha alguns ângulos da sua personalidade sob segredo: lugares remotos e sombrios, lugares onde Christopher não permitiria que ninguém tocasse.
Dulce quis iluminar aqueles ângulos obscuros, deslizar para dentro da alma de Christopher, do mesmo modo como ele penetrara a dela, mas falhou tentando.
Christopherr largou as chaves sobre uma prateleira.
— Gostaria de saber onde ele está. Você faz idéia de onde ele se meteu?
Sabia que Christopher estava falando de Poncho, e achou estranho que agora ele estivesse pensando no seu irmão. Alfonso e Christopher eram farinha do mesmo saco e, apesar disso, compartilhavam de uma relação de amor e ódio que Dulce jamais compreenderia.
— Não, eu não sei. Mas espero ter notícias dele
Christopher sobressaltou-se.
— Como? Quando?
— Nós concordamos em fazer uma ligação. Temos uma data específica marcada. Lá pelo fim do mês.
Poncho tinha necessidade de saber que o filho estava a salvo, que a criança da qual desistira estava feliz e saudável. A voz de Christopher se tornou amarga.
— Uma ligação? Quer dizer que ele pode ligar para você, mas você não pôde ligar para mim todos esses meses?
Dulce procurou não se irritar, não reagir ao volume da voz dele nem à frieza no seu olhar.
— Isso é diferente. Poncho usará uma linha segura.
— De onde?
— Aqui. — Foi até a escrivaninha, sobre a qual o aparelho telefônico descansava. — Poncho me deu um codificador igual ao que ele estará usando. Com uma unidade dessas, presa à extremidade de cada aparelho, nossa chamada será criptografada.
— E não importa se os telefones estiverem grampeados?

— Não, mas eu me sentiria mais segura checando se as linhas estão limpas, antes que ele ligasse. Caso o equipamento funcione mal, caso nos encontrem... — Deixou as palavras esvanecerem, desaparecendo na quietude da sala.
— Onde ele estava, da última vez que o viu?
— E isso importa? — Ficou olhando Christopher tirar a jaqueta, atirando-a de qualquer jeito sobre a cadeira. — A essa altura Poncho já está na estrada de novo.

Continua... Gente to amando os comentarios e desculpa por ontem serio DESCULPA MESMO não pude postar os outros capitulos por falta de tempo mesmo ok?