Fanfic: A família Uckermann (Adaptada) | Tema: Rebelde

 — Bons ventos o levem.
Como podia ser tão frio? Tão insensível?
— Eu queria que você não odiasse Poncho tanto assim.
— E eu queria que você parasse de defendê-lo dessa maneira.

— Não posso. — Não depois do revés que atravessaram juntos, das lágrimas que derramaram. O que ambos sofreram quando adultos foi muito pior do que infância tumultuada.
— Poncho é a única família que me resta. Ele e Miguel.
— Ele ferrou com nossas vidas, Dulce.
— Por quê? Porque ele nos manteve afastados enquanto eu ainda era muito nova?
— Primeiro, eu não tinha permissão para sequer tocar em você. Depois, ele tentou me obrigar à força a casar com você. Alfonso tentou controlar cada aspecto do nosso relacionamento. Cada detalhe do que acontecesse entre nós dois.
— Poncho fez isso? — Dulce não era informada sobre as brigas entre Christopher e Poncho, sobre as disputas aos empurrões que ambos se recusavam a discutir. — Poncho estava errado, mas você também estava.
— Eu?
— Sim, você. — Ao menos, Alfonso se preocupava com ela. — Você não tinha o direito de banir meu irmão da minha vida. Apesar de toda sua grosseria, ele queria o meu bem.
— Ele estava se intrometendo em nossas vidas.
— Porque ele esperava que você se casasse comigo?

Christopher simplesmente olhava para ela, mas Dulce percebeu que atingira um ponto nevrálgico.
— Era mais que isso.
— Era mesmo? — desafiou, mordida pela dúvida. Sempre suspeitara que Christopher não quisesse se casar com ela, que escarnecia da idéia sobre serem felizes-para-todo-o-sempre. Mas tudo aquilo que via nos olhos dele agora explodiu no seu rosto como uma bofetada.
— Seu irmão é um ex-presidiário. Um ladrão.
— Poncho é um bom homem, confuso, mas bom. E você virou as costas para ele.
— Ah, é? — Christopher chegou mais perto. — Você acha que assumir o filho dele é dar as costas? Concordei em me tornar o pai daquele garotinho. Em contar para todo mundo que ele é meu filho.
Dulce piscava sem parar, atordoada com a emoção na voz dele. Pelo simples impacto daquilo que Christopher estava dizendo. A criança que Poncho lhe confiara era uma responsabilidade que não poderia recusar, um gesto de fraternidade Cherokee.
Christopher apertou as mãos dentro dos bolsos, e Dulce sentiu os olhos marejados de lágrimas. Não podia deixar de pensar sobre o outro pônei.
O outro bebê.

Continua... Gente que bebê será esse? Proximo capitulo com algumas revelações...