Fanfic: A família Uckermann (Adaptada) | Tema: Rebelde

Ela baixou a voz, quase tímida.
— Para nos acostumarmos um ao outro de novo.
Christopher quis gritar com ela, dizer que só poderia estar maluca. Mas enquanto ela umedecia os lábios, um calafrio ardente e viscoso lhe percorreu a espinha.
— Você acha mesmo que vai funcionar? — perguntou ele, estupidamente.
— Nós podíamos tentar.
Claro, tentar. A essa altura Christopher faria qualquer coisa que reprimisse seu apetite por Dulce.
— Só desta vez — ele avisou.
Dulce umedeceu os lábios de novo.
— Tudo bem.
Christopher inspirou profundamente e seu olhar pousou no dela. Subitamente, seus reflexos reluziram-se no espelho. Costumavam fazer comentários travessos a respeito de colocar espelhos no teto. E fazer amor impetuosamente, enquanto assistiam um ao outro.
Os céus me protejam, pensou Christopher. Eu não deveria estar fazendo isso.
Mas ele fez, assim mesmo. Inclinou-se sobre Dulce, sentindo sua fragrância, o perfume adocicado da sua pele.
Christopher desejou tocá-la por inteiro, mas recuou, temendo que pudesse estar indo longe demais.
Mas, ao contrário, foi Dulce quem tocou Christopher. Passando os dedos entre os cabelos do rapaz, atraiu para si os lábios dele, comprimindo-os intensamente com os seus.
Christopher recuou. As línguas apenas se encaixaram de leve, seus corpos quase não se tocaram.
Capturou o olhar de Dulce no espelho, e o ritmo da respiração dela se acelerou.
Christopher notou que os bicos dos seios dela estavam rijos. Mas Dulce possuía mamilos sensíveis. Ela ficava facilmente estimulada.
Assim como ele.
— Preciso terminar de me arrumar — disfarçou Christopher, acenando com as mãos para que ela saísse, tentando se livrar dela.
Ressentida, Dulce recuou.
— Vou ver se Miguel está bem. — Virou as costas para sair, mas estancou na porta. — Christopher?
— O que é?
— O beijo ajudou? Pelo menos um pouco?
— Não — replicou Christopher. Aquilo só fez com que a quisesse ainda mais, desejando ter o que não deveria.
E agora, raios, não conseguia pensar em mais nada a não ser imaginar como Dulce se sentia a seu respeito.
Isso importava?
Não era nada fácil corresponder às fantasias de contos de fada que Dulce inventava. Ele não era seu Príncipe Cherokee Encantado. Não poderia ser qualquer coisa para a ruiva.
E assim, em uma evolução ao inverso, Christopher se transformara naquele bastardo insensível.
— Eu pensei que talvez... Eu esperava que... — As palavras minguavam, e Dulce saiu do aposento, deixando Christopher só.

Continua....