Fanfic: A família Uckermann (Adaptada) | Tema: Rebelde

Dulce amava o rancho Elk Ridge. O famoso rancho acomodava uma variedade de convidados, oferecendo cabanas rústicas nas colinas ou quartos luxuosos no hotel. Além disso, o hotel possuía academia de ginástica, massagista, salão de beleza, uma loja de lembranças, uma nova boutique, um salão de jantar e piscina na área interna.
— Você está nervosa? — Christopher perguntou.
Sentou-se ao lado dele na caminhonete, com Miguel tagarelando na extensão da cabine.
— Um pouco. Mas também estou ansiosa. Você acha que as pessoas vão perguntar onde eu estive?
Christopher estacionou o veículo e abriu a porta de repente.
— Não sei. Algumas podem, mas estou bem certo de que o meu primo espalhou a história.
O pulso dela acelerou.
— Que história?
— Que Alfonso estava fugindo de alguns criminosos e que você estava com ele. — Observou enquanto Dulce removia Miguel do assento do carro. — Eu não mencionei quem esses criminosos eram.
— A Máfia já não é mais forte como costumava ser.
— Mas eles ainda estão por aí.
— Sim.
Homens como Enrique Halloway ainda existiam, durões, homens ambiciosos restaurando as raízes do crime organizado, vivendo sob o seu próprio conjunto de regras.
Subiram pela varanda coberta, com Christopher carregando a bolsa de fraldas e o embaraçoso cercadinho. Dulce levava Miguel, e o bebê olhou em volta, os olhos arregalados e curiosos.
Trabalhar com Mamãe e Papai.
A nova mamãe e o novo papai, emendou Dulce. Antes disso, ela fora sua tia e Christopher apenas um estranho.
Apesar da inaptidão de Miguel para se expressar com palavras, sabia que a criança não se esquecera de Anahí e Poncho. Dissipou estes pensamentos e entrou no hotel, parando no lobby. O hotel estava silencioso, mas em uma hora os hóspedes de Elk Ridge estariam na área do restaurante para uma verdadeira refeição country.
— Oh, mi preciosa!
Dulce se virou para ver Maria Sandoval correndo em sua direção. Maria, a recepcionista do hotel, cuidara de Dulce quando ninguém mais o faria.
Maria abraçou os dois e recuou para examinar o bebê, e então apertou uma das mãos no coração.
— Tão doce. Tão perfeito. Parece com o señor Christopher, no? — Concordando com a cabeça, Dulce mexeu no nariz de Miguel. — Mas ele se parece com você também. Parece com os dois.
— Obrigada. — Dulce sorriu. — Senti sua falta, Maria.
— E agora você está em casa. Agora você vai ficar de vez, no? — Dulce não teve chance de responder. Christopher se aproximou delas, fazendo mais alarido do que seria necessário.
— Eu vou arrastar estas coisas para o seu escritório — disse ele a Dulce, ajeitando a sacola de fraldas e chacoalhando o cercado.
Maria observou Christopher se afastar.
— Ele estava solitário sem você, señorita. Tão solitário. Mas zangado também, algumas vezes.
— Não era minha intenção ficar longe.
— Eu sei. Eu ouvi. — A recepcionista apertou a mão dela. — Você vai agora. Você trabalha. E eu vou pedir para o chef mandar o café-da-manhã. Para o bebê também.
O escritório de Dulce parecia o mesmo. Tudo exatamente como havia deixado.
— Deixei os arquivos dos quais você vai precisar na sua escrivaninha — avisou Christopher. — Mas você terá que chamar Lorraine se necessitar de qualquer ajuda. Eu vou estar atolado durante a maior parte do dia.
— Tudo bem. — Dulce sempre apreciou trabalhar com a assistente do chef. — Eu gosto de Lorraine.
— E você também gostou de estar de volta.
— Sim, gostei mesmo.
Seus olhos procuraram os dele, e ambos contemplaram um ao outro, envoltos subitamente no turbilhão provocado pela lembrança da tentativa de fazer amor naquela manhã.
— Preciso ir — disse Christopher.
Dulce instalou Miguel no cercadinho. Então Christopher se despediu dela com um beijo, afagou o cabelo do bebê e saiu calmamente, fechando a porta atrás dele.

Continua...