Fanfic: A família Uckermann (Adaptada) | Tema: Rebelde

Christopher retornou ao escritório de Dulce às três horas e o encontrou vazio. Silencioso. Sentiu-se só, imaginando como seria a sua vida sem Dulce e Miguel.
Escondendo suas emoções, Christopher fechou a porta da sala de Dulce, se preparando para voltar ao trabalho, para examinar as contas que se acumulavam no seu escritório. Não se importava de cuidar dos livros de contabilidade. Christopher sempre fora especialmente hábil com os números. Claro, ele preferia ficar ao ar livre, mas também passava boa parte do tempo interpretando o papel de cowboy do rancho, comandando danças no celeiro, passeios no campo de feno e piqueniques.
Atividades das quais Dulce costumava participar com ele.
Assim que ele se aproximou do lobby, diminuiu o ritmo dos passos. Não ia doer perguntar a Maria a que horas Dulce se fora, por que saíra mais cedo, quem a levara até a casa da fazenda.
Tinha o direito de saber. Não tinha?
Esperou Maria completar uma transação com um hóspede antes de falar com ela.
— Señor Christopher. — Ela o cumprimentou com seu sotaque carregado. Maria administrava a recepção no Elk Ridge desde o começo, tratando Christopher com respeito, mesmo quando ele era apenas um adolescente beberrão.
— Ei. — Christopher lhe acenou com um sorriso galante.— Quando ela saiu? — inquiriu, odiando a si mesmo por não conseguir apagar Dulce da sua mente.
— Ela, quem? — Maria ergueu a cabeça, solícita. — Ah, se refere señorita Dulce? Mais ou menos uma hora atrás. — Uma ruga amarrotou sua testa enquanto ela pensava o que dizer. — Miguel estava muito irrequieto. Não que ele não seja um bom menino. Mas é apenas um bebê, não é mesmo? Foi muita excitação por um dia.
— E quem os levou para casa?
— O señor Christian.
Christopher simplesmente concordou com um aceno. Sabia que o primo estava sempre à disposição.
— É melhor que eu volte ao trabalho. — Deu uma pancada leve com a palma da mão sobre o balcão da recepção, anunciando sua saída.
Um momento depois, Christopher desviou para longe do hotel e tomou a direção do ar revigorante de Hill Country.
Assim que a casa surgiu no horizonte, ele conduziu a caminhonete pela longa pista de cascalho e franziu a testa ao ver aquelas figuras na sua varanda. Dulce e dois homens de terno.
O especialista em comunicações não poderia chegar antes do dia seguinte, e, além disso, avisara que estaria vestido como técnico de telefone comum. Então, por que os ternos?
Dulce não parecia nem um pouquinho confortável. Estava de braços cruzados, toda a sua linguagem corporal tensa.

Continua...