Fanfic: A família Uckermann (Adaptada) | Tema: Rebelde

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— Estarei preparada. — Dulce iria manter o codificador a postos, de modo que a linha continuasse aberta para as chamadas do irmão.
— Agradeça a Christopher por mim. Diga-lhe que... — Uma pausa forçada, um pigarro. — Apenas diga a ele que agradeço.
— Eu direi.
— Até logo, Ursa Ruiva. — Poncho usou o apelido que dera a ela quando eram adolescentes. — E não se esqueça daquele beijo, daquele abraço para Miguel.
— Não vou me esquecer. Prometo que não vou.
Um segundo depois, a linha caiu, deixando apenas o silêncio ecoar no seu ouvido.
Christopher pegou o bebê no colo e se encaminhou na direção de Dulce.
— Ele está bem?
— Poncho parecia solitário. Distante. Como alguém que está tentando se proteger de emoções fortes. — Colocou o fone no gancho e tomou Miguel no colo, abraçando apertado, pressionando seus lábios na bochecha da criança. Um beijo de Poncho, do papai que ele perdera. — Não me senti em condições de contar a ele sobre Anahí.
— Eu não a culpo por isso. — Christopher enfiou as mãos nos bolsos, enrugando a testa de leve.
Permaneceram calados durante algum tempo, os dois pensavam a respeito de Anahí, lembrando dela no leito de morte.
— O que você acha que ela sentia por Alfonso? — indagou Christopher. — Se Anahí detestava os negócios do pai, então o que fez com que Poncho, um dos capangas de Halloway, se tornasse tão atraente?
— As pessoas não podem escolher por quem se apaixonam.
— Me desculpe — disse ele. — Eu não quis insinuar que Poncho não merecia Anahí.
— Poncho costumava dizer a mesma coisa. Que não era bom o bastante para ela.
Christopher alisou uma mecha dos cabelos de Dulce, confortando-a, tentando dissolver a melancolia, fazer com que aquilo se dissipasse no ar.
— Você está com fome? Posso preparar o jantar.
— O que você vai fazer?
— Qualquer coisa que você queira.
— Você decide. — Qualquer coisa cairia bem, qualquer coisa que reavivasse seu organismo debilitado.
Miguel cantarolava.
— Um... um... um — e ambos caíram na gargalhada. Christopher pegou uma colher.
— Parece que alguém quer sobremesa.
Assim que ele raspou um pouco do pudim da tigela de plástico para o bebê, Dulce falou:
— Poncho me mandou agradecer a você.
— Sério? — Christopher se voltou para ela e sorriu. — Acho que está dando certo. Nós dois como pais.
— Eu também acho. — Dulce devolveu Miguel ao seu novo papai.
E quando os três se abraçaram, Dulce permitiu que aquela sensação, a simples alegria de possuir uma família, tomasse conta dela por completo.

Continua...