Fanfic: Dr. House

*Demi on*

Hoje acordei feliz da vida porque hoje ia ter greve na faculdade e não ia ter aula(N/A: Facul pública sacas?). Pois é, vida de pobre é assim mesmo! Como eu estava dizendo, acordei feliz, mas quando desci pra tomar café minha mãe começou a me encher o saco, falando da minha roupa, do meu cabelo bagunçado, das minhas roupas escuras e dos meus sapatos. Peraí!

- Oxe mãe! Você vive falando pra eu ser mais feminina. Experimentei salto e gostei e você ainda reclama???

- Claro! Pode até ser salto, mas é tudo preto ou vermelho! Você tem que usar roupas coloridas, mais rosa, pintar a unha de uma cor que não seja preto, vermelho e roxo, arrumar o cabelo direito. Pelo amor de Deus, você ao se parece minha filha!

- ENTÃO COMPRA UMA PELA INTERNET! – Já estava irritada e saí da sala de jantar e fui pro meu quarto.

Minha mãe sempre quis controlar o que eu visto, o que eu como, como eu estudo, como eu converso, com quem eu converso, como eu ando e... Aff. Acho que você já entendeu! Ela me controla 24 horas por dia! E como se não bastasse, eu vou três vezes por semana a um psicólogo, Gregory House, pra ver se eu fico “um pouco normal” nas palavras dela. Eu até gosto do House, mas essa mania de ir quase todo dia me mata! E ele às vezes me faz fazer desenhos idiotas! Pois é! Eu pensando aqui nos meus problemas e minha mãe batendo na porta falando pra eu me arrumar pra irmos ao psicólogo.

Chegamos lá, minha mãe falou que ia comprar o presente de aniversário da minha vó e depois iria me buscar. Entrei e fui na recepção.

- Fala pro doutor que eu já cheguei.

- Tá, Demétria! Como uma mãe coloca um nome desses numa filha? – Para tudo! Ela insutou meu nome? Eu sei que num é uma maravilha ter esse nome, eu não gosto dele, mas é o nome da minha vó cara! E minha mãe escolheu a dedo! Tinha que falar alguma pra ela.

- Agradeceria se colocasse sua língua dentro da boca e nunca fale comigo. E quando falar, por necessidade, me chame de Demi.

- Precisa ser tão grossa? – Claro!

- Precisa! Tenho que colocar umas pessoas em seu devido lugar.

Ui! Até em mim doeu! Gostei da minha resposta! E parece que um garoto ali também. Não é bem um garoto, já deve ter uns 20 anos, por aí. Mas não to nem aí! Hoje eu não to pra pobre não!

Me sentei bem do lado desse garoto, mas foi por falta de lugar mesmo.

- Oi! – Ele puxou conversa. Que saco meu! Nem respondi. Tava querendo muito ler minha revista do Metro Station – Eu sou o Kevin

- Não to nem aí! – E não tava mesmo!

- Não precisa falar seu nome não! Eu sei! Seu nome é Demétria! Mas gosta de ser chamada de Demi. – Olhei pra ele e sustentei o olhar. Ele era insistente. Legal.

- Por que você insiste em falar comigo?

- Porque quero conversar com você e gostei do seu estilo, do seu jeito, do seu gosto pra bandas – Apontou pra revista – e gostei de você também! – Ele... Gostou de mim? A primeira vez que um garoto falou que gostava do meu jeito ou de mim, foi na 1ª série e era uma aposta que ele tinha feito. Ninguém me achava bonita ou coisa assim. Não pude evitar, sorri. Um pouquinho. Quase imperceptível.

Ouvi uma porta sendo aberta. Era House.

- Demé... Ah! Demi! Venha, entre!

Entrei. Estava meio “pertubarda”.

- Me conte! – House disse

- O que?

- A conversa que você teve com Kevin que a deixou tão perturbada.

- Como você sabe que me deixou pertubarda?

- Sou psicólogo. Sou obrigado a reparar nas pessoas. O que te deixou assim?

- Ele... Falou... Que gostava de mim. – Estava de cabeça baixa, levantei – Ninguém nunca me falou isso. Exceto uma vez que já te contei.

- Sei. Isso é normal! Não se preocupe. Você já está com seus quase 20 anos, está muito bonita e tem que ser elogiada mesmo. – Sorri — Mas, vamos mudar de assunto! Quer me contar algo?

- Quero sair de casa!

- Por quê?

- É muita pressão. Quero ter meu cantinho sabe?

- Sim, sei! E quando pretende fazer isso?

- Quando terminar a faculdade. Eu to no último semestre, então, vai ser logo!

- Que bom!

Conversamos muito! Acho que ficamos lá pelo menos uma hora e meia!

Saí e Kevin estava esperando. Ele falou tchau, mas eu nem respondi. E nem sei por quê. Tá! Eu sei por quê! Vou me fazer de durona, de grossa. Aí, se ele não desistir é porque gosta mesmo do meu jeito.

Minha mãe já estava me esperando.

- Como foi?

- A mesma coisa de sempre.

- Você poderia ficar mais animada né?

- E você poderia colocar o pé no acelerador né? – Falei no tom de deboche! Sei que não se deve falar assim que sua mãe, mas já tava de saco cheio!

Fui pro meu quarto, tranquei a porta e fiquei ouvindo Metro Station. Era a única coisa que me animava por incrível que pareça.

E, por incrível que pareça também, eu tava doida pra encontrar aquele tal de Kevin de novo.

 Mas amanhã, ainda é terça...

*Demi off*