Fanfics Brasil - 1x02 - Reforço O Estado de Sangue

Fanfic: O Estado de Sangue | Tema: Fim do Mundo.


Capítulo: 1x02 - Reforço

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1x02 – Reforço


 


1x02 - Reforço


 


                Alguns minutos dentro daquele banheiro foi o tempo suficiente pra Daniel tentar pensar um pouco enquanto caminhava de um lado para o outro, e o que veio em sua cabeça depois de alguns minutos pensando foi... O resto de sua família. As coisas podiam ter tomado uma proporção bem maior do que eles sabiam, precisava ligar para casa urgente e saber se sua mãe está a salvo, precisava saber como estava o resto de Jundiaí, ou São Paulo, ninguém sabia como estava a situação fora do cinema, fora do shopping.


 


-Alguém está com o celular aqui? – Daniel finalmente parou de andar e então perguntou, olhando para todos em volta.


-O meu está sem sinal - Respondeu o pai de família que começou a andar de um lado pro outro levantando o celular tentando conseguir algum sinal.


-Os nossos ficaram dentro da minha bolsa, que na correria acabou caindo - Respondeu Luana, se referindo ao dela, o de sua irmã e o de Daniel.


-Estava descarregado, deixei em casa - Disse Bruno encostado á uma parede de braços cruzados disfarçando olhares para a pobre Ana que estava sentada no chão encostada de escanteio.


-PORRA, ninguém, tem uma porcaria de um celular? - Perguntou Daniel que estava começando a ficar nervoso, já fechando os olhos e virando-se de costas para o grupo.


-Eu tenho um, mas está sem créditos, pode tentar - Ana Paula tirou o celular do bolso de sua calça jeans e estendeu o braço a fim de entregar o seu a Daniel.


-Obrigado garota!


 


                Daniel rapidamente discou o número de sua casa colocando o código de chamada a cobrar antes, e então o som no aparelho foi o de telefone tocando, Daniel aguardava ansiosamente pela resposta, o telefone tocou três vezes e então sua mãe atendeu, Daniel logo respirou aliviado.


 


-Mãe, está tudo bem por aí? - Perguntou afobado.


-Meu filho, o que está acontecendo, onde você está? - Maria respondeu com outra pergunta.


-Eu estou bem mãe, você tem certeza que está bem? - Perguntou o garoto mais aliviado.


-Meu filho, não saia de onde está... – A mãe do garoto praticamente choramingou, deu para notar pela voz trêmula no celular.


-Mãe, se tranca dentro de casa, eu vou até aí, só se tranca mãe! - Disse Daniel, quando teve sua ligação interrompida, havia caído o sinal. -Droga! – Daniel olhou para o teto do banheiro observando as longas lâmpadas e então pressionou o botão vermelho do celular.


 


                Daniel então se aproxima da garota que estava encolhida e sentada encostada em duas paredes no canto do banheiro e devolve o seu celular. -Obrigado! – Foi à única palavra de Daniel que olhando pra cima naquele banheiro começa a pensar em um jeito de sair dali.


 


-Dani, a mãe está bem? - Perguntou Bruno encarando o irmão que agia estranhamente observando o banheiro.


-Está! E eu vou até lá - Respondeu Daniel que voltou ao normal e então entregou a arma pra Bruno que apenas a segurou sem prestar muito atenção no que estava fazendo, apenas olhando o irmão.


-Ok, eu vou junto com você! - Disse Bruno determinado e segurando a arma já se desencostando da parede.


-Não idiota você fica e protege o grupo - Disse Daniel, colocando a mão no ombro de Bruno enquanto o grupo observava a conversa dos irmãos, cada qual pensando no que fazer de ante da situação.


 


                Rapidamente, Daniel se despede de todos por hora, Luana ficou desesperada com a idéia, mas o que ela podia fazer? Então o garoto sobe em cima de um dos vasos sanitários dentro de um box tenta entrar pela tubulação de ar condicionado, ele com a chave de casa que estava no bolso de sua calça consegue desparafusar a saída do ar e então apoia as pernas na parede do box e finalmente consegue com sucesso adentrar a tubulação que era muito estreita, o cheiro dentro daqueles tubos era horrível, pois o ar que vinha de fora cheirava a gente morta, um cheiro abafado de mofo com machucados infeccionados ou inflamados. O garoto rapidamente se locomovia por dentro dos encanamentos do shopping, quebrou algumas curvas difíceis e minutos mais tarde acabou chegando até a fonte do ar, a parte de fora. Com dificuldade ele conseguiu desparafusar a pequena tampa que o separava do lado de fora, ele a deixou cair do lado de fora e escutou o som fofo, por sorte caiu em cima de um gramado, e então ele observou atentamente, e não avistou qualquer tipo de movimento ou ouviu qualquer som que não fosse do vento batendo em algumas folhas de arvores que ali havia.


 


-Sorte é a minha, não há nada aqui! - Resmungou o garoto, que desceu com dificuldade e então saiu correndo pelas ruas, em direção a sua casa.


 


                No caminho havia poucos zumbis, a maioria estava muito ruim, e não conseguiam nem andar, outros estavam apenas perambulando como se fosse bêbado, destes Daniel se escondeu e depois de um tempo voltou ao caminho. Chegando a sua casa, Daniel da cerca de madeira branca em frente a casa avistou a porta aberta, e uma enorme quantia de zumbis entrando, correndo ou tropeçando e então ouviu um ligeiro grito que logo foi intercalado. Sentiu naquele momento como se o chão tivesse se aberto e um buraco tivesse o engolido, paralisou por um momento e então uma lágrima escorreu pelo rosto. O coração ficou apertado pensando no sofrimento de sua mãe e então Daniel fechou a mão em punho com toda força e um sentimento de desespero e ódio se juntaram, ele não queria que fosse assim, e logo agiu sem pensar em mais nada a não ser em sua mãe que estava dentro da casa com aqueles monstros provavelmente devorando ela.


 


-Não, não, não pode ser! - Disse o garoto, saiu correndo em direção da horda e gritava com toda força que podia fazer com a garganta.


-SAIAM DAÍ! MONSTROS MISERÁVEIS! – O garoto atravessou a cerca branca e correu pelo jardim de grama com algumas flores próxima a porta que já estava a apenas cinco metros do rapaz.


 


                Os monstros logo notaram a presença de Daniel e começaram a caminhar em sua direção e quando o garoto e a horda estavam se aproximando cada vez mais, o som de um disparo cortou aquela rua, acertando na cabeça do zumbi mais próximo de Daniel. Era um disparo efetuado por um policial, uma arma .22 fora usada para salvar a vida daquele garoto. Daniel colocou as duas mãos na cabeça e por uma fração de segundo fechou os olhos esperando a dor, assustado pensara que o projétil o acertaria, mas não. Logo ouviu uma voz de um homem de aproximadamente trinta e sete anos ao longe, ao olhar para trás ainda com os zumbis se aproximando enquanto o garoto estava parado, viu que era um policial que permanecia atirando nos monstros que vinham de dentro da casa.


 


-Vamos, saia daí! Rápido garoto, você quer morrer? - Disse o policial atirando nos zumbis que não paravam de sair da casa.


-Minha mãe está lá dentro! - Respondeu o garoto após recuar alguns metros da casa.


-Me desculpe, mas a este momento sua mãe não existe mais - Retrucou o policial que logo puxou o garoto pelo braço e correu para longe daquela residência.


Daniel sentiu um nó na garganta, o buraco que abriu anteriormente o puxava cada vez mais para dentro, suspirou e engoliu um choro, o garoto estava perdendo a cabeça com a morte da mãe, mas tinha que ser forte, ainda havia seu irmão.


Os dois então saíram daquele lugar e o policial os induziu até uma viatura da Policia Militar, era um Gol pintado de preto, vermelho e cinza e com o símbolo da Policia, do lado de dentro o rádio chiava e o policial não conseguia de forma alguma estabelecer contato com a delegacia ou com outros policiais. O policial então seguiu dirigindo pela cidade de Jundiaí quando Daniel revelou que existe um pequeno grupo de sobreviventes dentro do shopping. O policial era alto, forte, e tinha a pele parda, usava o uniforme dos policiais militares, uma bota com biqueira de aço, uma calça cinza com suporte para dois revolveres, o cinto preto, uma camisa curta e cinza com emblemas da policia e do estado de São Paulo ficava por baixo de um colete a prova de balas e para completar, um relógio e um chapéu com os mesmos emblemas da camisa, os olhos daquele homem era muito familiar para Daniel, e então o carro seguiu para o shopping. Chegando a frente do local, perceberam uma grande movimentação de mortos e então Daniel apontou que a parte de trás havia a entrada pela tubulação.


 


-A passagem é estreita, mas existe como chegarmos lá, ao banheiro!


-Estão presos em um banheiro?


-Nos trancamos em um banheiro! – Era o dialogo ainda dentro do veículo que finalmente estacionará no gramado verde e baixo do lado de fora na parte de trás do shopping.


-Ok!


 


Lentamente muitos monstros seguiram o veículo policial, pois o som dos disparos entrou pelos tímpanos mortos daqueles monstros, cujo único instinto era alimentar-se. Parecia um efeito dominó, por onde o carro passava existia cadáveres ambulantes perambulando pelas ruas, muitos seguiram os dois até o shopping, o gemido dos zumbis era enlouquecedor, alguns momentos chegava a ser extremamente altos, deu raiva, o carro estava com manchas de sangue nas janelas, pois alguns monstros chegaram a encostar-se no carro na tentativa de pegar os rapazes no interior do veículo. Logo os dois saíram do carro estacionado exatamente a frente da pequena abertura no alto da parede e então subiram no capô do carro. Daniel foi o primeiro a subir e a entrar no buraco da tubulação de ar, logo foi à vez do policial. Ambos começaram a se rastejar pela tubulação e Daniel então parou por um momento, e ficou a se perguntar... Zumbis? Isso não existe! Deveria ter começado em outro lugar essa desgraça! Por que minha mãe!? Droga... Quem eu irei culpar por isso? – Quando a voz do policial interrompeu seus pensamentos do garoto.


 


-Algum problema aí na frente? – O homem tentava enxergar algum obstáculo


-Não! Nenhum!


 


                Ambos continuaram, fazendo as curvas difíceis até chegara tampa que dava ao banheiro. Os dois já podiam escutar as vozes das pessoas.




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Autor(a): Eduardo Casanova

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1x03 - Adeus Shopping (Parte 1).       Bruno de tanto que revezava pensamentos ruins e olhares para a Ana enquanto esperava a volta do irmão notou que a garota estava muito quieta, sozinha sentada em um canto do banheiro, com a cabeça entre os joelhos e os braços apoiados nas pernas, então resolveu ir perguntar.   -Paul ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 5



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  • aparecidarocha Postado em 12/06/2012 - 23:46:09

    posta mais to anciosa

  • eduardo_casanova Postado em 26/05/2012 - 01:32:53

    Obrigado e sejam bem vindas a uma história com 28 capítulos... Selene e Aparecida =)

  • aparecidarocha Postado em 25/05/2012 - 19:51:00

    parece emteresemte acaba de ganhar uma nova leitora

  • eduardo_casanova Postado em 25/05/2012 - 18:52:11

    "seleluna" Essa história está virando um book já rs. Aí encontrei o site e resolvi postar =)

  • seleneluna Postado em 25/05/2012 - 18:11:12

    esta maravilhosaaaaaaaaa!!!!!!amei continue*--*


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