Fanfics Brasil - 23 A Bela e a Fera •AyA• Adaptada FINALIZADA

Fanfic: A Bela e a Fera •AyA• Adaptada FINALIZADA | Tema: AYA/ PONNY


Capítulo: 23

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— Chamou meu senhor?


— Está perdendo seu talento para a comédia nessa cozinha. Ela sorriu, sentindo que a raiva diminuía.


— Incrível, não é?


— Por que aquele entregador demorou tanto?


Será que estava com ciúme? Pensou Anahí.


— Estava apenas sendo gentil.


— É mesmo?


— Sim. É um bom rapaz, que está estudando muito para terminar o mestrado.


— Pouco me importa o que faz. Não quero estranhos perto da minha filha.


— Entendo. Mas acho que Dewey e eu podemos protegê-la muito bem.


— Pense um pouco, Anahí. Sou um homem muito rico, e não quero que ninguém seqüestre minha filha por causa de um resgate milionário.


— Não acha que está exagerando?


— Não, não acho.


— Então o que isso significa? Que não podemos ter visitas? Nem sair de casa? Espera realmente que Kelly se transforme numa eremita, sem motivo nenhum? — Ela ergueu o indicador, como se ele estivesse a sua frente. — Pois me deixe dizer-lhe uma coisa. Isso não vai acontecer! Não enquanto eu estiver por aqui. Ela precisa ir para a escola, brincar com outras crianças. Sente falta dos amigos, da casa e da mãe, e não se esqueça Sr. Herrera, fui contratada para cuidar dela. E se não confia em mim para protegê-la — disparou, num tom decidido —, trate de descer e cuidar dela sozinho!


— Espere, eu... — a voz dele ressoou no interfone. — Está zangada comigo?


Ela inclinou-se, falando bem perto do aparelho:


— Não. Estou furiosa. Feriu os sentimentos de Kelly na outra noite. Estava a alguns metros dela e recusou-se a vê-la. — Anahí respirou fundo. — Ela sentiu-se rejeitada, ferida. E acha que não a quer aqui.


— O quê?


— O que acha que uma garotinha de quatro anos pode pensar ao perceber que o próprio pai não quer vê-la nem falar com ela? Que estranho, não é? Como pode sentir-se rejeitada? — provocou Anahí, sarcástica.


— Droga!


— Concordo. O que pretende fazer a esse respeito?


— O que posso fazer?


— Desça e venha falar com ela.


— Acha que não quero isso? Mas não vou aterrorizar minha própria filha.


— Ela o ama incondicionalmente. É algo que os pais conseguem dos filhos, sem precisar fazer nada em troca. — Anahí desligou o interfone, recusando-se a continuar. Mas depois de alguns instantes, apertou o botão mais uma vez. — É sua vez de jogar. Faça-o agora, ou saia de campo.


— O que quer dizer com isso? — A voz dele parecia ameaçadora, mas Anahí não se importou.


— Fique escondido até ela esquecer que tem um pai, até que aprenda a viver sozinha. Talvez seja melhor. — Ela desligou novamente, voltando a preparar o jantar.


Alfonso chamou-a duas vezes, mas Anahí não atendeu. Por fim, recostou-se na poltrona de couro, esfregando as mãos no rosto. Mulher teimosa. Quem ela pensava que era para ensinar-lhe como cuidar da filha? Era apenas a babá, mais nada. Ele estabelecia as regras. Kelly era sua filha, e iria criá-la como achasse melhor.


Alfonso estava amarrando os tênis, quando viu a patinha preta sob a porta e ouviu o miado. Endireitando-se, abriu a porta. A gatinha espiou, erguendo o olhar para vê-lo. Era impossível não sorrir. A gatinha esfregou-se nos tornozelos dele, ronronando, e Alfonso abaixou-se, pegando-a no colo.


— Está invadindo meu quarto, garota.


Era tarde, a casa estava silenciosa. Kelly estava na cama, e ele imaginava que Anahí estaria no quarto, ou no andar de baixo. Já fazia algum tempo que não ouvia qualquer ruído. A gatinha miou, e Alfonso apertou-a contra o peito, decidido a levá-la de volta para a filha, antes de sair para a corrida noturna. Mas a gatinha deslizou para cima, lambendo-o no pescoço. Ele estremeceu ansioso pelo contato com outra criatura viva, e enterrou o rosto no pêlo macio, enquanto descia as escadas. Serabi ronronou mais alto.


Alfonso entrou silenciosamente no quarto de Kelly, iluminado apenas pela pequena lâmpada num dos cantos. Ele colocou a gatinha na cama e observou-a, enquanto ajeitava o cobertor. A mão da menina imediatamente pousou nas costas do animalzinho.


Ela pensa que você não a quer aqui, dissera Anahí. Desde aquela manhã, ele tentava pensar num modo de fazer a menina entender que era a melhor coisa que acontecera em sua vida.


Que precisava muito dela. Cuidadosamente, sentou-se na beirada da cama, observando-a dormir. Serabi ergueu a cabeça, lançou-lhe um olhar sonolento e voltou a dormir.


Kelly espreguiçou-se e Alfonso ficou tenso.


Os olhos dela se entreabriram e ele ficou imóvel, o coração disparado. Estava tão escuro que não podia ver mais do que a silhueta dele. Não queria que pensasse que havia algo estranho ali.


— Papai?


Ele ouviu a voz trêmula e rezou para que não estivesse com medo.


— Sim, princesa?


— Está zangado?


— Não, querida. Por que achou que estaria?


— Nunca vem me ver.


— Estou aqui agora, não estou?


Houve uma pausa, e então ela respondeu:


— Sim, acho que sim.


Alfonso fez o que não deveria. Inclinando-se, tomou-a nos braços. A gatinha protestou, e ele colocou-a sobre o travesseiro. Os braços de Kelly rodearam-lhe o pescoço, e ela aninhou-se. A garganta de Alfonso apertou-se, e ele sussurrou, junto ao ouvido da menina:


— Eu te amo, Kelly. Te amo demais! Estou tão feliz por estar comigo agora...


— De verdade?


— É claro, meu bem. Eu te amo muito. Gostaria de poder ir lá fora, brincar com você, mas é impossível.


— Por quê?


— Porque... Não posso ficar no sol.


— Seus cortes ainda doem papai? Mamãe disse que foram muito fundos.


Alfosno fechou os olhos. Fundos? Eles tinham atingido até sua alma.


— Sim, querida. Às vezes doem muito.


De um modo que ele esperava que ela jamais sentisse.


— Oh! — Kelly suspirou, aninhando o corpo quente e macio contra o peito dele. — Uma vez eu caí e machuquei o joelho. Doeu muito tempo.


Alfonso sentiu a garganta seca. Ela tentava demonstrar que compreendia, e o coração dele apertou-se.


— Eu estava tão sozinho até você chegar, Kelly!


— Eu também, papai. — A mão delicada tocou a cicatriz na garganta dele, sem parecer notá-la. — Eu te amo — sussurrou, bocejando em seguida.


Amor incondicional, dissera Anahí. E perdão? Ele acariciou-a e ninou-a, sem vontade de deixar o presente tão precioso que a vida lhe dera. Os braços dela afrouxaram o aperto, e ele percebeu que adormecera. Afastando a gatinha, delicadamente colocou Kelly na cama. Serabi ajeitou-se, e as duas bocejaram.


Alfonso afastou-se.


— Não vá, papai.



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Autor(a): believe

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Ele sorriu ternamente e sussurrou: — Vou ficar aqui, meu bem. — E sentando-se na cadeira de balanço, pegou um livro de histórias. Os olhos de Kelly se abriram, e no escuro, ele começou baixinho: — Era uma vez, numa terra distante, uma linda garotinha... Além da colina, além do muro de pedra que cercava a casa, Ana ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 138



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  • maryangel Postado em 25/02/2015 - 02:40:02

    Dios!Comecei á ler ontem e de tão fascinada que pela esta linda história terminei hoje. Lindoo de inicio ao fim !

  • joanamclaughlin Postado em 02/06/2012 - 21:03:08

    noooossa. mt perfeita. ameei *-* lindo demais

  • NataliaLeal Postado em 02/06/2012 - 00:45:39

    AMEI, linda, perfeita, maravilhosa... CONTINUA... Posta mais, está muito boa a web. Muita emoção:)

  • NataliaLeal Postado em 02/06/2012 - 00:45:39

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