Fanfic: A Bela e a Fera •AyA• Adaptada FINALIZADA | Tema: AYA/ PONNY

Alfonso mexeu os ovos na frigideira, assobiando.

— Que bom humor! Imagino o que provocou isso!

Ele sorriu, olhando-a de lado e adorando o sorriso sensual. Anahí o provocava desde o amanhecer, e depois da noite anterior estava surpreso ao ver como tinha energia para acordar tão cedo.

— Posso levá-la para cima e mostrar, se quiser.

— Para cima? Mas há pelo menos uns vinte quartos que ainda não visitamos. — Anahí sorriu o corpo antecipando o prazer do toque dele.

— Vinte é pouco — ele retrucou com um olhar cheio de segundas intenções na direção da mesa.

Anahí achou a idéia perfeita.

— Além de sugerir essas coisas — provocou —, quais são seus planos para hoje?

— Além de olhar para você?

— Puxa, que elogio!

Alfonso levou a frigideira até a mesa e colocou os ovos numa tigela. Então levou a frigideira e todos os utensílios que usara para a pia, lavou-os e enxugou-os, guardando tudo. Anahí piscou surpresa, e quando ele fechou a porta do armário percebeu a expressão dela.

— O que foi? — perguntou, olhando para o jeans e os pés nus para ver se estavam respingados de ovo.

— Um homem que arruma a cozinha. Espere até minhas irmãs saberem disso.

Ele fez uma careta.

— Vivi sozinho por muito tempo. Se não o fizesse, ninguém faria.

— Continue assim, Herrera. Gosto de homens que sabem que seu lugar é com uma esponja de lavar louça na mão.

Ele riu, agarrando-a por trás quando passava com um prato de bacon. Ela colocou o prato sobre a mesa, e ele enterrou o rosto no pescoço macio.

— Você cheira tão bem.

— Deve ser a gordura do bacon. Dá um toque de mistério.

Ele riu, virando-a e beijando-a bem devagar.

O corpo de Anahí reagiu de imediato e ela puxou-o, acariciando o peito largo coberto pela camiseta azul. Ao afastar-se estava sem fôlego, e meio zonza de desejo, e afastou os cabelos dele da testa.

— Se quiser, posso cortar seus cabelos.

— Não gosta do estilo pirata? — provocou ele.

— É bonito demais para se esconder atrás dos cabelos.

Ele sorriu. Toda vez que ela dizia que era bonito, queria acreditar.

— Hoje à noite, então. — Ele beijou-a de leve, e afastaram-se para preparar o café.

Mastigando uma fatia de bacon, Alfonso colocou pão na torradeira, enquanto Anahí pegava pratos e talheres no armário, arrumando quatro lugares. Dewey aparecia toda manhã para tomar café, mas Kelly ainda ia dormir pelo menos mais uma hora. Alfonso abriu a geladeira para pegar a manteiga, e ao fechá-la viu Anahí imóvel, fitando a porta. Franzindo a testa, acompanhou o olhar dela.

Kelly estava parada ali, os cabelos despenteados pelo sono, o ursinho pendurado numa das mãos. O pânico o envolveu. Oh, Deus! Ela veria as cicatrizes.

O olhar dele voltou-se para Anahí, e ela reconheceu o pedido de socorro. Uma coisa era ela aceitá-lo, sem restrições. Mas uma criança de quatro anos era diferente.

— Bom dia, Kelly — disse Anahí, e só Alfonso notou o tremor na voz.

Ela estendeu a mão, detendo-o onde estava ao perceber que ia dar as costas à filha.

Kelly esfregou os olhos e bocejou.

— Bom dia, Srta. Anahí. Bom dia, papai. — Ela subiu na cadeira, colocando o urso na cadeira ao lado, olhando para os adultos. — Vai tomar café conosco, papai?

Kelly o olhava ansiosa. Cheia de inocência e confiança. Sem medo.

Alfonso pigarreou antes de conseguir falar:

— Vou, princesa.

— Que bom — disse Kelly, pegando uma fatia de bacon e começando a comer, enquanto Anahí se inclinava sobre o balcão para lhe servir suco.

Anahí olhou para Alfonso, que parecia congelado, fitando a filha com os olhos cheios de lágrimas. Esquecendo a jarra, aproximou-se. Alfonso não tirava os olhos de Kelly.

— Ela nem notou — disse, num tom rouco.

Anahí sorriu.

— Mais uma mulher que você subestimou, não é? — provocou, acariciando o rosto dele com a ponta dos dedos.