Fanfics Brasil - 3 - Jake Dear Insanity

Fanfic: Dear Insanity | Tema: Violação


Capítulo: 3 - Jake

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Nunca mais esqueço o meu décimo primeiro aniversário.


Lembro-me de estar tão ansioso por festeja-lo…


Ter todos os meus amigos em minha casa, esconder a chata da minha irmã no quarto para que não nos seguisse nas nossas brincadeiras de rapazes, jogar à bola no quintal, jogar na consola.


Sonhava com esse dia há meses.


E os meus pais iriam dar-me finalmente o meu telemóvel. Todos os meus amigos o tinham e eu não.


Foi Noah, o meu melhor amigo, e actual namorado da minha irmã que trouxe essa moda para o nosso grupo e, o que me irritava mais era que ele tinha apenas nove anos. Dois anos mais novo que eu e já tinha um telemóvel.


Só faltava a minha irmãzinha de seis anos também ter um!


Oh, mas o dia estava a chegar e eu seria o mais velho do meu grupo de amigos: Noah, com nove e Scott e Path com dez. E teria o meu telemóvel.


Mas a festa não se realizou e o telemóvel não chegou.


Dois antes, ou melhor, duas noites antes tive o maior choque da minha vida.


Um acontecimento que marcou para sempre a minha vida e a da minha família, especialmente a da minha irmã.


Depois daquela noite de tempestade, Mercy nunca mais foi a mesma menina dos cabelos ruivos. Nunca foi a mesma menina que fechava quase por completo os olhos cor de mel quando gargalhava. Nunca mais foi a menina que sorria.


Tudo isto foi-lhe tirado pelo único homem na família cujo cabelo era da mesma cor do de Mercy: ruivo.


Estas memórias têm tanto de Mercy como têm de mim.


 Trovejava bastante, naquela noite. Eu não conseguia dormir, dava voltas e voltas na cama sem conseguir encontrar uma maneira de descansar.


A chuva pingava em cima do telhado da casinha de brincar que o meu pai tinha feito, o vento fazia as portadas abanarem, os trovões faziam a casa estremecer e os relâmpagos faziam qualquer morto acordar. Ou qualquer rapaz de dez anos não conseguir adormecer.


Lembro-me que me levantei a meio da noite e fui à cozinha beber leite, técnica ensinada pelo meu tio.


Tenho que admitir que resultava, tal como a maior parte das coisas que eles nos ensinava: Morder o interior das laranjas em vez de as descascar; tocar o Dó na guitarra sem o dedo mindinho são apenas alguns exemplos.


Eu adorava o meu tio, naquela altura.


Pobre coitado, ficou sem casa. Fora destruída pelas chuvas umas semanas antes e o meu pai tinha-lhe oferecido ajuda.


Adorei tê-lo cá me casa. O meu quarto passou a ser no sótão e aí ficou.


Mas naquela noite, a imagem do super-tio que tinha formulado ao longo de todos os anos fora destruída quando abri a porta do quarto de Mercy.


Quando me dirigi-a novamente para o quarto, depois de beber o leite, ouvi uns soluços abafados vindos do quarto dela.


Ela era pequena. Seis anos.


Pensei que fosse normal ela estar com medo da tempestade e quis ir ter com ela, reconforta-la. Dizer-lhe que aquilo havia de passar.


Fazer o papel de irmão mais velho responsável.


E fui.


E uma imagem negra, flashes de coisas que havia um dia visto na internet sem querer vieram-me à cabeça.


Coisas que, na minha idade não eram para ser feitas. Coisas que na idade da minha irmã não deveriam sequer ser do seu conhecimento.


Gritei.


Gritei com quanto força tinha dentro de mim.


O meu tio estava em cima da minha irmãzinha. Da pessoa de quem eu devia tomar conta. Da menina que eu devia proteger na escola, segundo os avisos do meu pai.


“Vais ser o homem da família. E o homem da família toma conta dos seus. Olha pela tua irmã, grandalhão.” Dizia-me sempre o meu pai antes de eu e Mercy irmos para a escola.


E falhei.


Não tomei conta dela. Não a ajudei quando o perigo a rondou.


Mas eu não sabia que o perigo estava dentro de casa.


Nunca mais vi o meu tio. Vi sim a minha irmã a desfazer-se aos poucos enquanto crescia. O sorriso era algo inexistente na sua cara branca.


Tristeza foi sempre sentimento marcado nos seus olhos até ao dia em que fez catorze anos, quando Noah a beijou.


Não sei alguma vez conseguiu esquecer o que lhe tinham feito, mas sei que o sorriso voltou.


Mas a felicidade não dura para sempre não é?


É. A felicidade só durou até hoje.


A minha e a dela foi novamente roubada quando ela chegou a casa com o vestido verde rasgado e os olhos borrados a transmitirem aquele sentimento que não se via há 3 anos.


O meu tio encontrou-a e voltou a transformá-la na menina de seis anos que acabara de ser violada.


 


 


 




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Autor(a): Soph

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 23



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  • soph Postado em 30/05/2012 - 19:01:55

    Obrigada :)Mas não, felizmente não é real. é tudo só da minha cabeça :')

  • NataliaLeal Postado em 29/05/2012 - 22:49:14

    Que triste, me dá vontade de chorar... Mas continua. Essa historia é real ? Sua ? :'( :'( :'(

  • NataliaLeal Postado em 29/05/2012 - 22:49:14

    Que triste, me dá vontade de chorar... Mas continua. Essa historia é real ? Sua ? :'( :'( :'(

  • NataliaLeal Postado em 29/05/2012 - 22:49:14

    Que triste, me dá vontade de chorar... Mas continua. Essa historia é real ? Sua ? :'( :'( :'(

  • NataliaLeal Postado em 29/05/2012 - 22:49:14

    Que triste, me dá vontade de chorar... Mas continua. Essa historia é real ? Sua ? :'( :'( :'(

  • NataliaLeal Postado em 29/05/2012 - 22:49:13

    Que triste, me dá vontade de chorar... Mas continua. Essa historia é real ? Sua ? :'( :'( :'(

  • NataliaLeal Postado em 29/05/2012 - 22:49:13

    Que triste, me dá vontade de chorar... Mas continua. Essa historia é real ? Sua ? :'( :'( :'(

  • NataliaLeal Postado em 29/05/2012 - 22:49:13

    Que triste, me dá vontade de chorar... Mas continua. Essa historia é real ? Sua ? :'( :'( :'(

  • NataliaLeal Postado em 29/05/2012 - 22:49:13

    Que triste, me dá vontade de chorar... Mas continua. Essa historia é real ? Sua ? :'( :'( :'(

  • NataliaLeal Postado em 29/05/2012 - 22:49:13

    Que triste, me dá vontade de chorar... Mas continua. Essa historia é real ? Sua ? :'( :'( :'(


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