Fanfic: Take my Soul | Tema: Originais

`– O que...O que está acontecendo? - A garota estava realmente confusa e assustada.

– Depois eu te explico. - Eu comecei a correr.

– Hey! Não vá! - Ela começou a correr atrás de mim.

Parei de correr e fiz o que eu queria fazer há muito tempo.

A beijei.

– Vou voltar pra você. - sussurrei em sua orelha. - Mas não agora.

Ela sorriu tristemente e logo voltei para o meu destino...Fugir para um lugar seguro.

Como se fosse fácil fazer isso.``

 

Acho que eu nunca corri tanto em uma única noite...A adrenalina corria a mil sobre minhas veias. A sensação era boa, mas eu sabia que isso não era brincadeira.

O carro de policia ainda nos seguia. A sirene estava muito alta.

– NÃO ADIANTA FUGIR!ENTREGUEM-SE LOGO!

Mostrei o dedo do meio para eles sem parar de correr.

Olhei de relance para Charles. Ele mantinha um sorriso no rosto... Ele adorava o perigo, assim como eu.

– Acha que sairemos...vivos? - Charles perguntou.

Sorri e não disse nada, só corri...Eu já sabia que fim eu teria.

[...]

 

– Que porra!

 

– Você sabia muito bem no final que isso ia dar. - Charles disse amargurado.

 

– Tudo por sua culpa... - Rosnei.Eu queria dar uma surra nele, mas eu estava amarrado numa cadeira, assim como ele.

 

– Ahh...Mas bem que você gostou, né? Garanhão. - Charles riu. - Conheceu aquela linda garota da bolsa.

 

Contive um sorriso. Mas eu ainda queria arrebentar a cara dele.

 

Ficamos lá, em silêncio. Naquela sala escura que fedia muito. Era conhecida como a sala dos castigos.

 

Muitos tinham medo de ficarem aqui, mas tudo o que eu sentia era...

 

Tédio.

 

– Pensei que quando eles no pegassem iriam nos dar choques elétricos e tudo mais. - Charles murmurou.

 

– Não viaja imbecil. - Revirei os olhos.

 

 

As horas se passaram e um feixo de luz passou pela porta. Já tinha amanhecido.

 

– Charles. - O chamei, mas ele não respondeu.

 

A sala não estava mais escura, e vi que ele dormia.

 

Suspirei e tentei pensar em como sairia daquele inferno.

 

Tentei puchar meu pulsos para afrouxar a corda que os prendiam, mas só consegui sentir dor.

 

– Que porra! - Chutei um balde que estava na minha frente.

 

– Que barulho foi esse? - Charles acordou assustado.

 

– São os barulhos do choques elétricos. - Caçoei.

 

– Haha.

 

Eu não aguentava mais ficar aqui, horas se passaram e nada acontecia.

– Eu quero minha mãe. - Charles choramingou.

 

– O máximo que ela vai fazer é rir da sua cara.

 

– Pelo menos fui criado por ela o que infelizmente não foi o mesmo com você, querido Thomas. - Ele provocou.

 

Sorri. - Quando eu conseguir me soltar vai se arrepender por ter dito isso.

 

– Estou morrendo de medo. - Ele caçoou, mas pude ver um brilho de medo nos olhos dele.

 

Olhei para baixo, eu sabia que ninguém iria nos soltar tão cedo. Era o que eles geralmente faziam.

 

Talvez uma semana...Ou duas de espera. Será que eu aguentaria?

 

Suspirei pesadamente e olhei para meus pés, não tinha mais nada para olhar.

 

[...]

 

 

Senti algo arder em mim...Arder muito.

 

– Acorde, seu viciado! - Senti meus rosto arder, tinham me dado um tapa.

 

– Quem foi o filho da... - Ao abrir os olhos pude sentir meu rosto arder novamente...Aqueles desgraçados!

 

– Não ouse usar esse palavriado comigo, garoto!

Olhei para aquele ser repugnante que mantinha um sorriso idiota estampado.

– Vá se fuder! - Gritei e logo depois meu rosto ardeu de novo, só que agora com mais intensidade. Acho que apaguei logo em seguida.

[...]

``- O que fez com ele?``

`` - Ele estava sendo repugnante, senhora.``

`` - Precisava desacordá-lo? Olha o que você fez com o rosto dele!``

Ouvi vozes distantes...Eu estava grogue, aquele soco que tinham me dado levou-me até a próxima Galáxia.

Tentei abrir os olhos e vi um clarão estranho. Eu não estava mais naquela sala horrenda.

Eu pude ver com clareza que eu também não estava na clínica...

A seguinte pergunta era...Aonde eu estava?