Fanfics Brasil - Meu Deus o Sangue Desceu!

Fanfic: Meu Deus o Sangue Desceu!


Capítulo: 1? Capítulo

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Acordei com uma pontada de dor que eu conhecia bem. E creio que grande parte das mulheres também. Sabem aquela dorzinha (Pra não dizer, dorzão) que falta nos matar durante uns dias do mês? Naquele anglo lá embaixo... Ali mesmo, na região do útero.
“Droga!”, Murmurei mal-humorada.
Como pude esquecer de algo tão importante como tomar a bendita injeção anticoncepcional, que me permite ficar sem menstruar? Agora agüenta essa dor infernal, e, pior ainda, o mal-humor que me faz perder tudo e todos que amo.
As únicas pessoas que ainda me aturam, mesmo em um período como esse, são meus amigos. “Agüentam”, entre aspas, pois normalmente o máximo que eles fazem é me ligar só para saber se não morri, ou se não matei alguém.
Não os condeno. Tenho consciência da chata de galocha que me torno durante esses dias. Não condeno que as pessoas se afastem, deixem de me amar ou, quem sabe, me esquecem completamente.
Ao contrario do que pode aparecer, o que mais me incomoda na TPM não é ficar dolorida, os seios duplicarem seu peso, ficar inchada, jorrando sangue (feito uma cachoeira vermelha). O que mais me incomoda é que foi justamente por uma maldita TPM que perdi a chance de me casar com... Ele, com o Chris.
Lembro-me perfeitamente, estávamos noivos há dois meses, mais seis e finalmente eu seria a Srª. Von Uckermann. Tudo era um sonho, tudo até um dia antes da TPM chegar. Ah, como meu humor oscilava, como eu estava irritada. Como precisava matar um, por qualquer causa, qualquer motivo.
Estávamos no apartamento dele. Eu estava brava, nervosa, com os hormônios a flor da pele, e, para piorar tudo, uns copinhos ou outros de vinho subindo a cabeça. Péssima combinação, eu sabia bem.
E foi dessa combinação que me veio um ataque repentino de raiva. Briguei com Christopher, agora pode parecer engraçado, mas para mim não teve nada de engraçado, principalmente depois do efeito do álcool e dos hormônios passarem.
—Eu não acredito no que vi! —Gritei, saindo de sua suíte, espumando de raiva.
—E o que você viu, amor? —Ele veio ao meu encontro para me abraçar, todo amoroso.
—Não, me chame de ‘amor’! —Reclamei, me afastando. Eu estava com nojo dele. “Como pôde?”, me perguntava nauseada por sua atitude.
—O que foi, Dulce? Tenho certeza que não escondi mulher nenhuma no armário. —Brincou ele, com um sorriso malicioso.
—Não, “Sr. Anti-higiênico”, não é mulher o problema. O problema é você! —Apontei para seu rosto, indignada.
—Eu? Sr. Anti-higiênico? —Ele pestanejou. —Dulce, anda cheirando algo?
Minha raiva que já era grande, ele conseguiu aumentar. Era impressão minha ou ele estava insinuando que eu me drogava?
Ah, ele não deveria ter falado aquilo, não em um dia como aquele.
—Olha lá como fala comigo. —Avisei antes do pior.
Eu estava muito brava. Sentia-me como uma bomba atômica que finalmente havia explodido, e para minha tristeza, explodiu justamente em cima dele. Do Christopher, do meu bebê, do meu noivo, do meu...Meu... Amor.
—Não sei se posso me casar com você, Christopher. Não depois do que vi. —Falei com os olhos enchendo de lágrimas. Uma tristeza misturada com a raiva.
—Mas de que diabos está falando, Dulce?! —Ele perguntou se aproximando, agoniado.
—No..Seu....Banheiro... —Dizia eu entre soluços.
—O que tem no banheiro? —Perguntou ele, entrando no quarto, indo em direção ao banheiro.
Eu o segui, sem parar de chorar.
Ele entrou no banheiro, olhou ao redor.
—Mas ele está normal. O que há de errado nele, amor? Seja lá o que for eu arrumo pra você.
Apontei para o vaso sanitário.
—O que tem ele, princesa? Achou algum bicho? Ele está limpinho, garanto. Pode usar despreocupada.
—A...A...A... —Eu nem podia falar. Era muita humilhação Era uma grande desilusão. —Você... Você deixou a tampa aberta... Da privada! —Me sentei no chão não me agüentando, em prantos. Como ele podia ser tão nojento? Como pude me apaixonar por alguém assim? Como poderia me casar com alguém que fizesse tal coisa?
Eu estava péssima. Namorava um porco e não sabia, estava quase me casando com ele. Sentia uma cólica terrível, uma vontade louca de comer chocolate, meus seios pareciam pesar toneladas, meu corpo parecia ter sido socado. E agora...Essa. Um noivo porco, não!
Era muito pra mim.
—Amor, é só isso? —Eu ainda escondia meu rosto entre as mãos, até ouvir: —Pronto, fechei, tudo resolvido...Vem aqui, princesa. —Ele se aproximava, eu não tinha o visto lavar as mãos. A duvida tomou conta de mim. Ele tinha lavado aquelas mãos sujas de tampa de privada?
Entre o sim e o não, optei pelo não.
—Não se aproxime com essas mãos sujas! —Gritei, me levantando, em um impulso, fugindo de suas mãos asquerosas.
—Dulce, eu lavei a mão. O que há com você? —Ele me perguntava, confuso. — Você está bem?
Não, eu não estava bem. Tudo estava mal, e agora eu estava enfrentando a maior crise de nosso relacionamento.
—Não o reconheço mais. Você sempre foi tão higiênico, tão carinhoso, prestativo. Cadê o meu Chris limpinho?! —Falei coisas que nem pra mim tinham sentindo. Estava confusa, estava de TPM. Eu estava mal, droga!
—Amor, eu estava com pressa... Você estava tocando a campainha, então sai sem...
—Ah, meu Deus!Você então não lavou as mãos também por quê estava com pressa?! —O interrompi.
Eu estava pasma.
Hoje, no meu estado normal, sei que ele jamais faria algo do tipo. Sempre foi o Dr. Christopher, o medico, higiênico, responsável, e gato, que todas almejavam.
—Mas... —Continuei, mesmo quando ele tentou me interromper, coisa que não permiti.—Você pôs a mão nos meus lábios... Você... Abraçou-me, me acariciou...Com esses dedos sujos! —Eu estava horrorizada.
Hoje eu sei, é claro que ele lavou as mãos. Ele sempre foi limpinho demais pra fazer algo assim; mas naquele momento eu não falava ou fazia nada que tivesse sentido. Não estava ‘lúcida’.
—Não posso continuar com você. Não depois disso. —Murmurei chorosa.
E então aconteceu o que eu mais me arrependo em toda minha vida. Eu tirei minha aliança e joguei-a sobre a cama. Sai correndo, para longe dele.
No dia seguinte quando ele me ligou ainda estava em um mau momento e não atendi suas ligações, mas quando a TPM passou, e eu voltei ao meu estado normal, me arrependi amargamente. Telefonei diversas vezes, mas ninguém atendia. Foi então que uma semana depois, Anahí, minha amiga e prima dele, me contou: Ele tinha se mudado para Londres. Iria fazer alguns cursos por lá, e tinha arrumado um emprego.
Fiquei arrasada. Eu não acreditava que tinha feito aquilo, não acreditava que tinha estragado tudo... Tudo! Por uma tampa de privada! Odiava-me. Odiava minha TPM. Odiava ser mulher. Odiava a tampa da privada. Odiava o mundo! E dois anos depois, mais uma vez, me esqueci da injeção e aqui estou eu, de novo, sofrendo mais uma vez com os ‘alarmes’ de que o ‘sangue’ está por vir.
Continua...


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Autor(a): traumadadyc

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Se pararmos para avaliar até que não estou tão mal. Até agora só quebrei meu abajur, o despertador, e chorei por três horas seguidas ouvindo musica e vendo as minhas antigas fotos com o Chris.Eu até que não estou tão mal, não é mesmo? Também acho.—Ô tiozão, sai da frente, se ...



Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 6



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  • vittyrbd Postado em 27/04/2008 - 02:43:47

    Muito engraçada sua web,Amei!!

  • gerciane Postado em 02/01/2008 - 06:44:16

    eu li ela no kut e simplismente:
    amêeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeei
    cê escreve super, ultra, mega, power bem !!!
    até minha amiga que naum gosta de ler web's, leu...
    Bjos

  • TraumadaDyC Postado em 28/09/2007 - 13:40:46

    Acabou assim a temporada, agora tem que ler a segunda

  • staucker Postado em 28/09/2007 - 13:08:34

    kd o resto?
    gostei tanto da web...

  • Ellen Postado em 02/09/2007 - 00:27:37

    aaaaaahhh

    POSTA MAIIS!...
    TO AMANDO A WEBA XD

  • Stef Postado em 01/09/2007 - 21:04:28

    Kaayy ! é vc ?


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