Fanfic: O amor de William Bonner e Fátima Bernardes.

Ela começou a derramar lágrimas quando tomou aquela decisão. Seu coração dizia que ela não deveria fazer aquilo, que iria sofrer. Mas ela não tinha saída. Ela tinha que romper tudo com ele. Tinha que protegê-lo e para isso teria que fazer aquele sacrifício. 

Fátima começou a sentir ódio de Mário. Por que ele não me deixa em paz? Só para me ter de volta? Pois se ele pensa que, com esse rompimento, eu queira reatar o casamento, está muito enganado. Antes só do que mal acompanhada. Pensou Fátima, com raiva.

Se sentou no sofá e ficou esperando até a hora de ir para o trabalho. Ficou pensando em uma forma de jogar uma indireta para William saber que aquilo era uma chantagem, uma ameaça. Após chegar a uma conclusão, ela se levantou, enxugou as lágrimas e olhou o relógio, ainda era muito cedo, mas resolveu que já iria.Fátima pegou a bolsa e saindo do apartamento.

Ela se dirigiu ao estacionamento e viu que o carro de Alice ainda estava ali. Decidiu que não iria esperá-la. Entrou no carro e saiu do edifício. Durante todo o caminho, Fátima ficou pensando em  todos os momentos bons e felizes que passou com William. Como a vez em que eles foram á praia de noite em um fim de semana. Na vez em que saíram para jantar, enfim, foram tantos programas que eles fizeram em dois meses que não daria tempo de lembrar de todos.

Chegando no prédio onde funcionava a Rede Globo, Fátima estacionou o carro no estaconamento e foi para a redação. Chegando lá, foi cercada por ninguém mais ninguém menos que Dan.

-Oi.-Cumprimentou Dan.

-Oi.

-Cadê a Alice?

-Ainda não chegou. Ah, Dan... eu já estou sabendo da notícia, parabéns, e que sejam felizes.

-Obrigada, Fá. Eu também estou muito feliz.

-E o William? Aonde está?

-No camarim dele.

-Ótimo. Eu vou lá.

-Tá.

Fátima saiu da redação e foi para o camarim de William. Se pudesse, mandava outra pessoa ir no seu lugar. Mas aquilo era necessário.

Ela entrou de fininho no camarim dele e trancou a porta. Ele estava de costas para ela e não percebeu quando ela entrou. Ela falou:

-William.

Ele se virou para responder. Mas Fátima não deixou. Pois quando ele ia falar, ela foi até ele rapidamente e o beijou com mais paixão e amor do que nunca. William também retribuiu, se esqueceu do mundo e se importou só com Fátima. Suas mãos percorriam por toda a costa e cintura e a dela também percorria a dele livremente. 

William levantou Fátima e a sentou na mesa que ficava em um canto. Eles se beijavam calmamente, mas com um certo entusiasmo.

Fátima fez uma coisa que jamais faria: Desabotoou a camisa de William por completo. William ficou um pouco surpreso, mas... vamos dizer.... excitado. Ele também desabotoou a blusa dela até o meio da barriga, deixando a mostra o sutiã preto que ela usava. Ele começou a distribuir pequenos beijos no pescoço dela. Ela também beijou o pescoço dele. Queria ficar assim com ele, junto. Mas ela tinha que abrir o jogo.

-William, olha pra mim, me escuta.-Disse Fátima, parando tudo.

-O que foi? Pensei que estivesse gostando.-Disse William, sem entender.

-E eu estava mesmo gostando, mas...-Disse Fátima olhando pra ele.-Em primeiro lugar, aqui é o nosso ambiente de trabalho, e em segundo lugar, eu preciso ter uma conversa séria com você.

Eles se soltaram e se arrumaram direito. William fechou a camisa e Fátima a sua blusa. Quando ela terminou, falou:

-É por causa dele que eu estou fazendo isso, dele.

-Quê? Quem? Fátima, eu não estou entendendo nada. O que aconteceu, meu amor?

-Acontece que.... eu estou.... rompendo com você.

William arregalou os olhos. Não podia acreditar.

-O quê? Rompendo? Mas por que? Isso tem que ter uma explicação.-Disse William sem entender.

-Eu já disse. Eu estou fazendo isso por causa dele. Ele é o causador disso.

-Quem?! Me diz, quem?!

-Eu não vou dizer. Sabe por que? Porque ele me fez abrir os olhos sobre como você é. Ele me fez ver que eu mereço coisa melhor. E ele tinha razão-Disse Fátima com o tom de voz mais frio que pôde.

-Como assim? E o que acabou de acontecer aqui entre nós?

Fátima riu.

-Isso? Ah, isso, foi o que eu queria desde o início do namoro. Tirar uma casquinha. Agora que eu consegui, não preciso mais ficar presa nesse namoro idiota com você.-Disse ela se dirigindo a porta, mas antes, ela parou e completou:-Eu nunca amei você, William. Eu menti. Está tudo acabado entre nós.-E completando saiu rapidamente do camarim e fechou a porta. Ela ouviu ele chamá-la antes da porta bater.

Fátima saiu correndo em diração ao seu camarim que, graças a deus, era longe do dele. Sabia que Alice estaria lá, esperando por ela. Quando ela entrou, viu a amiga sentada na cadeira em frente ao espelho.

-Fátima? O que houve? Aconteceu?-Perguntou Alice olhando para ela.

-Acabou, Alice! Acabou!-Disse Fátima aos prantos.

Alice se levantou e foi abraçá-la numa tentativa de conforto. A sentou na cadeira que estava e pegou outra e se sentou nela.

-Como foi?

Fátima demorou um pouco para responder.

-Foi horrível. Eu tive que terminar com ele como se aquilo fosse a coisa mais normal do mundo. E também tive que dizer isso em uma voz fria, dizer que eu estava apaixonada por outro homem, falar que eu nunca o amei.... Alice, foi horrível! Eu tive que ser uma pessoa que eu não sou! Eu tive que agir como se eu não estivesse sofrendo!

-Ai, amiga. Eu te disse que você não devia ouvir o que o Mário fala. Você mesmo disse que ele era parafuso solto. 

-Pois justamente ele sendo parafuso solto que ele é capaz de fazer aquilo que ele disse que ia fazer.

-E agora, o que você vai fazer?

-Tentar não sofrer mais. Tentar... viver em paz.-Disse Fátima enxugando as lágrimas.

-Eu espero que você fique bem. Vai ficar, não vai?

-Eu acho que vou. Eu quero voltar para a redação. Quero distrair a minha cabeça.

-Espera aí. Você tem que retocar o pó compacto. Toma.-Disse Alice entregando um estojo para ela.

Fátima se retocou, escondendo a aparência de que tinha chorado. Assim que terminou, seguiu com Alice para a redação.

Ela esperava, que depois daquilo que Mário a fez passar, não aparecesse nunca mais na sua vida.