Fanfic: O amor de William Bonner e Fátima Bernardes.

Mário virou a cabeça e olhou Fátima durante alguns minutos. Ele tinha uma expressão calma. Não demonstrava arrependimento algum.

-É. Eu fiz isso de propósito, sim. Por que?

-Como você pode fazer isso? Eu podia ter recebido uma advertência!!!

-Eu queria que você fosse demitida, isso sim!!!

-Pra quê? Me diz, pra eu ficar aqui nesse apartamento como se eu fosse uma condenada fazendo tarefas domésticas? Então quer dizer que eu me formei pra nada? Você quer que eu jogue o meu diploma no lixo? Pois quer saber de uma coisa? EU NÃO VOU FAZER ISSO SÓ PARA REALIZAR AS SUAS VONTADES!!!

-Não é uma questão de ter uma mulher em casa fazendo tarefas domésticas, é uma questão de honra!!!

-Mário, nós não vivemos mais no século passado!!! Eu simplesmente já estou cansada de tanta cobrança de você!!! Eu não aguento mais!!! Chega!!! Eu desisto!!!

-O que você quer dizer com isso?-Perguntou Mário se levantando.

-Eu acho que você sabe muito bem o que eu quero dizer.

-Não. Eu sinceramente não sei!!!

-Eu quero o divórcio!!! Estou me separando de você!!! 

-O QUÊ? ENTÃO QUER DIZER QUE VOCÊ QUER PULAR FORA?

-Eu já queria pular fora há muito tempo!!! Eu nunca quis admitir, eu queria salvar o meu casamento. Queria continuar com você. Mas depois de hoje, depois do que você fez, foi o cúmulo!!! O cúmulo do cúmulo!!! Eu quero o divórcio, Mário!!!

-Você...durante todo o tempo que estivemos casados...nós nunca fizemos....-Mas Fátima o cortou.

-Nós nunca fizemos e não vai ser agora que nós vamos fazer!!!-Disse ela passando por ele e indo para o quarto e trancando a porta.

Fátima se deitou na cama e deu um suspiro de alívio. Antes, parecia que ela carregava o mundo nas costas, agora ela se sente muito mais leve. Agora sabia o que era o peso. Mário era um gande fardo em suas costas. E agora estava livre dele.

Fátima se levantou e foi tomar banho. Decidiu que quando Mário acordasse, já teria ido embora e iria contratar um advogado para cuidar da papelada do divórcio. Arrumou as suas malas silenciosamente. Deixou tudo pronto para ir embora amanhã. Ouviu um ronco alto da sala, na certa, Mário tinha dormido no sofá mesmo. E também ele não levou a sério o que ela havia dito a ele. Só que ele vai ter uma surpresa amanhã, pensou ela, se deitando na cama e começando a pensar em outra pessoa: William.

Aquele homem realmente havia encantado ela. Ele era bonito, um ótimo profissional, inteligente, e simpático. Ela se sentia atraída por ele de uma forma incrível, mas não podia admitir isso.

William estava deitado na sua cama. Ele tinha um apartamento perto da Globo. Ele não parava de pensar em Fátima. Tentava tirar ela da sua cabeça, mas de alguma forma ela sempre voltava. 

Ela era linda, simpática, uma pessoa adorável. Como ela tinha o encantado. Nunca havia sentido isso por uma mulher antes. É claro que ele já tinha tido outros relacionamentos, mas ele nunca tinha sentido nada parecido como ele sentia por ela. Mas ela era casada, não podia fazer nada além de pensar nela. No perfume dela...era um perfume bom, de Lavanda. Já tinha visto ela antes no vídeo. Sempre achou desde a primeira vez em que a viu muito bonita. Agora ela era mais do que isso, ela era linda. Como queria parar de pensar nela, mas não conseguia.

William acabou dormindo pensando em Fátima. E Fátima Também dormiu pensando nele.

Fátima acordou ás seis horas da manhã. Se levantou com cuidado para não fazer nenum barulho e abriu a porta do quarto. Foi a sala e viu que Mário ainda estava dormindo. Tomou um banho e se arrumou, pronta para ir trabalhar. Pegou as suas malas e, com cuidado, saiu do apartamento. Agora sim, pensou ela, eu estou livre.

Quando chegou ao estacionamento, ela colocou as suas malas no porta-malas do carro. Ela não percebeu que o porteiro do prédio estava perto dali e tinha se aproximado dela.

-Vai viajar, Dona Fátima?-Perguntou seu Sidney.

-Ah! Não, não seu Sidney. Eu estou indo embora mesmo.

-Pra onde?

-Isso eu não posso dizer, desculpe. Mas mesmo assim, obrigada por perguntar. Posso pedir um favor?

-Claro que pode.

-Eu queria que o senhor não falasse nada para o Mário. Que o senho não me viu sair e nem me viu aqui. 

-Pode deixar, eu não falo nada.

-Obrigada de novo, seu Sidney.

Fátima entrou no carro e saiu do prédio. Resolveu ir para o seu apartamento que ficava no Jardim Botânico, perto do seu local de trabalho. Ninguém nunca soube da existência daquele apartamento, nem mesmo a sua mãe sabia. Era seguro ficar lá, porque, além de ficar longe da casa do seu ex-marido, ele não sabia que ela tinha um apartamento lá. Deu graças a Deus porque ninguém sabia da existência daquele apê.

Chegando no edifício, ela entrou no seu apartamento e desfez as malas. Estava tudo do mesmo jeito que tinha deixado. Olhou para o relógio da cozinha, eram sete e meia da manhã. Como agora morava perto, podia dormir até ás oito e quarenta e cinco. Foi para o seu quarto, se deitou nas suas grandes almofadas confortáveis e dormiu.