Fanfic:  Submarino.com.br Rebaixa de Games com Jogos a partir de R$29,90 - Submarino.com.br Você tem tu | Tema: Harry Potter Dramione

- Ah, eu já estou cansado do balanço desse trem.... Eu não queria ter tido que voltar ! –reclamava Rony sentado em um dos bancos da Maria-fumaça que desde sempre levara o trio de bruxos para Hogwarts

- Como assim não queria ter tido que voltar, Ronald ? –questionava Hermione sem entender os motivos do ruivo – É a nossa única chance de nos formarmos e você não queria ter vindo?

- E você realmente acha necessário ter um diploma e uma festa especial de formatura quando já passamos anos e anos lutando contra coisas que nenhum bruxo da nossa idade teria lutado? Isso é ridículo...

- Para com isso, Rony. Todos nós tivermos grandes perdas com essa guerra. Não voltar para nosso último ano é desperdiçar a oportunidade que nós estamos tendo, mas que todos aqueles que morreram do nosso lado nunca terão!

-A Hermione esta certa, Rony... Você sabe muito bem disso – Disse Harry ainda com a cabeça apoiada na janela. Não estava frio, mas o menino tinha as mangas da blusa esticadas até que cobrissem as mãos. Ele estranhamente tinha permanecido quieto por quase todo o trajeto, se permitindo falar apenas naquele momento.

-Obrigada Harry, e outra Rony, nós já tivemos tempo o bastante para descansar depois de tudo isso... Eu estou mais que ansiosa para começar o 7º ano de novo !! Tem tanta coisa para acontecer ainda... As novas aulas, os N.I.E.Ms, o baile de inverno, o baile de formatura...

     Hermione parecia sonhadora, a cada minuto mais extasiada em perceber que as montanhas que abrigavam a antiga escola de magia se aproximavam. Ela sentia falta de tudo, dos corredores, de ser monitora, dos professores, das aulas... sentia falta do dormitório (apesar de ansiar conseguir sua vaga no dormitório dos monitores), sentia falta de ser Hermione Granger!

-Bom, fiquem ai com seus pensamentos todos leais à escola... eu realmente não aguento mais! –  esbravejou Rony interrompendo os sonhos de Hermione – Eu vou ver se acho algo mais interessante pelos corredores. Quem sabe alguém que me dê realmente bons motivos para querer continuar nessa escola quando eu já deveria estar de férias!  

      O menino saiu deixando que a porta da cabine aberta ligeiramente escorregasse até o trinco. O estalo quando essa se fechou fez com que Harry se desgrudasse  da janela. Ele estava mudado com tudo que acontecera no último ano. A vitória do bem contra as forças do mal não era concreta. Pelo menos não para ele. Não quando tantos foram mortos... não quando qualquer bruxo oportunista e ambicioso resolvesse tentar forçar o renascimento de ideias do morto Lord Voldemort.
     Mesmo assim ele estava feliz de voltar... sabia que as coisas seriam diferentes, principalmente por serem um trio mundialmente famoso. Mas no fundo ainda preferiria que nada disso tivesse acontecido. Que pudesse ter se formado no ano anterior, ao lado de todos os Weasleys e ter seu diploma bruxo entregue pela mão de sua sorridente mãe, ter o abraço apertado de seu orgulho pai, ao contrário de ter tido que enterrar amigos e familiares.

-Harry, o que esta acontecendo com você ? A guerra acabou agora... Nós vencemos e estamos voltando para casa!

-Não é bem assim, Hermione... você tem mais motivos para ficar feliz agora, não é? Mas para mim parece que sempre será assim... No final de tudo, eu sempre perco aqueles que amo.

-Hey – disse Hermione se levantando e indo sentar ao lado do amigo no banco a sua frente – Eu e Ron ainda estamos aqui. Nós ficaremos juntos para sempre... Aqueles que se foram não veem em você o culpado, muito menos aqueles que permaneceram vivos... Harry, hoje é apenas o começo do resto das nossas vidas, sem que nenhum bruxo das trevas venha atrapalha-las!

     Harry apoiou a cabeça no colo de Hermione, que o abraçou e ligeiramente depositou as mãos no cabelo sempre bagunçado do amigo. Era bom para ele saber que Hermione sempre teria uma palavra de sabedoria... fora assim desde o primeiro ano e era óbvio que seria assim no último também. A amiga se tornou mais do que uma irmã e faria tudo que estivesse ao seu alcance para evitar que qualquer coisa a machucasse... da mesma forma como entraria frente a qualquer avada no mundo se esta estivesse na direção de Gina Weasley.

-E outra, Harry... Agora que as coisas se acalmaram não há mais motivos que te faça ficar longe de Gina! A guerra acabou e nenhum de vocês dois correm mais perigo. – disse a morena com um sorriso materno no rosto como se tivesse adivinhado por onde a mente de Harry vagava.

     O empurrão deferido contra a porta da cabine fez com que os dois se assustassem e se afastassem ligeiramente. A voz reconhecida era um tanto quando inesperada pelos amigos, mas era quase como uma utopia acreditar que não teriam que conviver com a presença do sonserino durante mais um ano.

-Olha só que cena mais deplorável... Achei que depois de tudo que aconteceu a sujeitinha de sangue ruim acabaria com o pobretão Weasley. Mas pelo que vejo você resolveu pular de jogador em  jogador de quadribol, não é Granger ?

-Malfoy... (apenas só mais um ano) Você não devia estar visitando seus lindos pais em Askaban? –disse Hermione com um sorriso vencedor no rosto. Mas esse se desfez quando viu que o sorriso nos lábios do loiro se tornou maior e mais irônico ainda.

-Pensei que fosse inteligente... não inteligente mas, pelo menos, mais sábia. Meus pais não foram julgados a Askaban, Granger! Deve ter passado tanto tempo em beijos e abraços de comemoração com o ruivo e Potter que não parou para ler os noticiários bruxos...

     Harry, em um impulso, retirou a varinha do bolso e já estava postado frente a Malfoy preste a lançar um feitiço, quando sentiu as mãos de Hermione em seu ombro como se quisesse o puxar de volta ao assento no banco.

-E, a propósito Granger... –Disse Malfoy a centímetros de distancia do rosto da morena, mas com o corpo quase que virado em direção a saída da cabine- Eu não sabia que era tão saidinha assim... foi só perceber que o Weasley já esta no corredor com alguma garota mais nova e gamada no “heroizinho” que deixa de lado a posse de santa e parte pra cima do Potter, não é ? –ele de vira de costas para ela e sai da cabine, mas se vira novamente apenas para dar a tacada final- Se eu soubesse que seria tão fácil assim poderia ter até tirado uma casquinha...

-NUNCA MALFOY ! –grita Hermione ao mesmo tempo em que a porta da cabine de fecha e o feitiço disparado por Harry faz com que o vidro desta se quebre- Pena que esses cacos não são os seus, Malfoy...

-Desculpa Hermione, eu devia ter agido mais rápido... Reparo –diz Harry apontando para a porta, que magicamente se restaura- Sabe que não da pra levar a sério nada do que aquele verme fala, não é?

-Claro que sei, Harry. Mas ele consegue sempre tocar na ferida mais recente, sempre no ponto certo pra me atingir. E o que me deixa p da vida é que eu não sou capaz de me segurar e deixá-lo falando sozinho...

-Deixa isso pra lá, Mione. Ele não passa de um idiota. Pense em tudo que ele teve que se submeter... É um covarde que nem deveria poder voltar para se formar. Eu não acho a redimição dos pais dele um ato de coragem ou de amor à família. Mas se o novo ministério pensa assim... Mas algo que ele disse me fez pensar, Mione... O que aconteceu com você e Rony durante esse tempo de descanso?

    Hermione se levanta novamente, abre a porta e põe a cabeça para fora apenas o suficiente para ver o ruivo prensado por uma menina qualquer se cabelos escuros contra a parede interna do vagão em que estavam. Ela se vira e Hermione percebe que não a reconhece, mas o uniforme é da grifinória. A menina puxa Rony para dentro de sua cabine e, nesse ponto, Hermione decide que não precisa saber o que o casal irá aprontar lá dentro. Não é e nunca foi da conta dela... Em seu interior mais profundo ela teme que nunca será.