Fanfics Brasil - Corna, eu?

Fanfic: Corna, eu?


Capítulo: 1? Capítulo

16 visualizações Denunciar


Eram nove da noite e nem sinal dele. Eu já até podia imaginar o que ele estava fazendo, e garanto que não era nada bom. Pelo menos não bom para mim.

—Cachorro, safado, adúltero! —Saí pela casa quebrando tudo que eu via pela frente.

Sei que eu não deveria estar o insultando tanto só por um atraso de meia hora, afinal gravação de novela sempre tem dessas. Mas nas circunstancias atuais, todo cuidado é pouco.

Fui à sala e peguei o telefone. Eu iria ligar de novo para o seu celular, na esperança de que se ele estivesse me traindo nesse exato momento, eu estragaria todo o clima e ele teria que vir para casa. — Não que eu tivesse muita certeza de que ele estava me traindo. Quer dizer, nada de muito concreto, mas segundo a May, esses foram os primeiros sinais que Guido deu a ela quando estava traindo-a com a garçonete.

—Cuidado, Dulce. —Alertou-me Maite, uma semana atrás. —Quando o Guido começou com essa história de “trabalhar” até tarde sem me dar explicações; sair com “os amigos” quase todos os dias da semana, ele estava era com aquela piranha. —Ela falou, lembro-me bem, com nojo, raiva, e no fundo, sofrendo por ainda gostar dele. —Em pensar que ele a conheceu no meu trabalho. No meu trabalho! Aquele cretino!—Ela estava vermelha de raiva. Nunca imaginei que um dia a veria nesse estado. —Agora, Dul, imagine só o que o Christopher não apronta pra cima de você. O Guido nunca foi santo, mas também nunca foi galinha. E veja só! Me chifrou até dizer chega! Enquanto o Christopher, o mundo inteiro sabe que ele não é homem de uma mulher só. —Suas palavras saiam como metralhadoras me ferindo. — Você nunca pensou nisso?

Sim, eu pensava a respeito quase todos os dias (Exceto quando ele não saia nem por um segundo sequer do meu lado). Pois acreditar que ele virou santo, eu nunca acreditei. Mas no fundo eu tinha aquela velha esperança de que o sapo virasse príncipe. Com um beijo, com uma aliança, ou até mesmo quando eu disse “sim” perante Deus e a lei dos homens.

Eu queria, eu sonhava, que ele fosse fiel a mim. Mas a cada dia que passava, tudo me fazia crer justamente o contrario.

O telefone tocou. Mais rápida do que o Flash, eu o atendi.

—Christopher? —Perguntei torcendo para que fosse ele.

—Oi, amor. —Sim, era ele. —Estou ligando para avisar que vou me atrasar um pouco. Problemas aqui na televisa. —Ele suspirou, aparentemente, cansado. — Essas gravações estão me matando!

“Pensa que me engana, cachorro?”, pensei nervosa, “Pois saiba que minha amiga Maite já me abriu os olhos”.

—Hum. Sei. E você tem previsão para chegar? —Perguntei mordendo minha língua para não dizer tudo que eu estava pensando sobre esse “trabalho”.

—Pra ser sincero, não. —Ele sorriu nervoso. —As coisas por aqui estão pretas. Mas eu juro que vou tentar chegar o mais cedo possível.

“E o Papai Noel vem em janeiro”, pensei irônica, enquanto ouvia sua estória para boi dormir. Ele pensa que eu sou tão tonta assim?

—Então até mais tarde. —Resolvi acabar com a ligação da maneira mais seca possível.

—Você está brava.

—Impressão sua, Christopher. —Negar é sempre a melhor defesa.

—Você nunca me chama de “Christopher”, a menos que esteja muito brava.

Droga! Ele percebeu.

—Coisa da sua cabeça. Eu não estou brava. —Afirmei veemente. Eu não ia dar o braço a torcer.

—Dul, eu juro que antes das dez estou aí.

—Faça como você preferir.

—O que eu posso fazer para que minha linda esposa me perdoe? —O Dom Juan Christopher entrando em ação com todo seu charme. —Amor, eu sei que não estou te dando muita atenção nos últimos tempos, mas eu juro que assim que surgir uns diazinhos de férias iremos ter a nossa segunda lua-de-mel. Que tal?

O fato dele saber me agradar, não quer dizer que eu acredite em todo esse papo de “trabalhar até tarde”. Quero deixar bem claro, antes de tudo.

—Faça como você preferir. —Repeti, sem nenhuma empolgação na voz.

—Quando eu for para casa farei por merecer seu perdão.

Talvez ele não esteja me traindo. Quer dizer, isso não é coisa que um adúltero diga a sua esposa, ou é?

—Tenho que desligar. Tchau, querida.

— “Tchau, querida” —O imitei com escárnio.

Eu não iria cair nessa, senhor Christopher Safado Uckermann. Joguei-me no sofá cansada de tudo, relembrando a minha conversa com a May.

—Maite, o Christopher mudou! —Lembro-me que eu me recusava a acreditar que teria a possibilidade dele estar me traindo. —Ele não seria capaz de me trair. —Falei para a May naquele dia em que ela insinuou que eu era a maior chifruda do México. Pensando bem, ela não insinuou, pois disse com todas as letras.

—Não seria? —Ela rio debochando da minha incredulidade (que ela dizia ser normal, pois toda boa corna já passou por esse período, segundo ela). — Acorda, Dulce! Planeta terra chamando! —Ela estalou os dedos na frente do meu rosto. —Até a Anny que namorou ele menos de seis meses foi corna. Imagine o que ele não aprontou nesses quatro anos de casado com você.

—May, isso faz muito tempo. E a Anahí também o chifrou. —Afirmei, em defesa. Eu não queria, e, muito menos, podia acreditar.

—Dul, o Christopher também é meu amigo, e você sabe o carinho que eu tenho por ele, mas não deixo de ver seus defeitos só por gostar dele. E o mesmo você deve fazer. Ver os defeitos dele, mesmo o amando.

—Tudo que vocês está dizendo é um absurdo! —Exclamei incapaz de acreditar no que ela dizia.

—Estou é? —Ela rio venenosa. — Então você vai me dizer que ele não chega tarde quase todas as noites com a desculpa esfarrapada de estar trabalhando?—Eu engoli em seco, pois, infelizmente, diariamente eu passava por isso. —Ou que vocês chegam a passar meses sem “nada de nada” ? —Ela riu ao ver o rubor em minha face—Ou, talvez, ele saia quase todo final de semana com “uns amigos” que você nunca ouviu falar.

Bem, essa parte também era verdade. Pra dizer a verdade, tudo era verdade. E então naquele momento eu pude ver com clareza tudo que estava acontecendo no meu casamento.

—Corna... Eu? —Lembro-me de ter dito em voz alta, o meu pensamento incrédulo.


Compartilhe este capítulo:

Autor(a): traumadadyc

Este autor(a) escreve mais 9 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

Naquela noite ele havia chegado às dez, o horário prometido. Eu já estava deitada, com o meu pijama modelo não-pretendo-tirar-então-desista-se-pretendia-algo, com cobertores que ele era alérgico, e assistindo o primeiro filme de romance melodramático que eu vi na tevê. Resumindo: Tudo que ele não gostava, e um avi ...



Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 58



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • naths2vondys2 Postado em 20/11/2008 - 01:49:37

    volta a postar
    plixxxxxxxxxxxxxx
    bjix=)

  • naths2vondys2 Postado em 20/11/2008 - 01:49:37

    volta a postar
    plixxxxxxxxxxxxxx
    bjix=)

  • naths2vondys2 Postado em 20/11/2008 - 01:49:36

    volta a postar
    plixxxxxxxxxxxxxx
    bjix=)

  • naths2vondys2 Postado em 20/11/2008 - 01:49:35

    volta a postar
    plixxxxxxxxxxxxxx
    bjix=)

  • naths2vondys2 Postado em 20/11/2008 - 01:49:34

    volta a postar
    plixxxxxxxxxxxxxx
    bjix=)

  • naths2vondys2 Postado em 20/11/2008 - 01:49:32

    volta a postar
    plixxxxxxxxxxxxxx
    bjix=)

  • naths2vondys2 Postado em 20/11/2008 - 01:49:31

    volta a postar
    plixxxxxxxxxxxxxx
    bjix=)

  • naths2vondys2 Postado em 20/11/2008 - 01:49:31

    volta a postar
    plixxxxxxxxxxxxxx
    bjix=)

  • naths2vondys2 Postado em 20/11/2008 - 01:49:30

    volta a postar
    plixxxxxxxxxxxxxx
    bjix=)

  • naths2vondys2 Postado em 20/11/2008 - 01:49:29

    volta a postar
    plixxxxxxxxxxxxxx
    bjix=)


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais