Fanfic: Roubando Corações *AyA* ( Terminada) | Tema: Alfonso e Anahí

A loira voltou o rosto para ele e mediu-o por alguns segundos. Depois estreitou os olhos azuis.

- Isso é chantagem, sabia? Com tanta gente nesse hotel, eu tinha de encontrar logo um chantagista...

- Na verdade, sou contador.

- Ainda pior - declarou ela, com uma careta. Mas não abriu a porta. Alfonso aproveitou a indecisão.

- Pare com isso, sim? Seja o que for, não acho que seja a hora adequada para você andar por aí. Deixe as coisas esfriarem um pouco. Por que não voltamos para o meu quarto um pouco? Estou morrendo de vontade de escutar essa sua história.

- Por quê? - indagou ela, desconfiada.

- Sou um contador, e estou na cidade por causa da convenção. O que mais tenho para fazer? Uma visita ao Pentágono?

Ela mordeu os belos lábios por um instante, como se considerasse o assunto gravemente.

- Sou obrigada a admitir que é um bom argumento. Mas acho que tem razão... quer dizer, em relação a sair de circulação no momento. E depois, você me ajudou, lá dentro, ou pelo menos não me entregou quando chegaram Tom e Jerry.

Ele sorriu, pois a imagem do gato e do rato se encaixava perfeitamente para definir os dois visitantes. Em seguida, encolheu os ombros modestamente.

- Muito bem, eu volto. Mas com uma condição.

- Qual é?

- Que você coloque as roupas novamente - disse ela, passando outra vez os olhos de alto a baixo.

- Por quê? Tenho certeza que você já viu isso antes.

Os dois começaram a caminhar na direção do quarto.

- Claro que vi, mas você... qual é? Você faz exercícios com pesos todos os dias? - perguntou ela, dando a impressão de estar acalorada. - Já vi fisioculturistas em pior forma do que você.

Ele ficou vermelho com o elogio e abriu a boca para responder.

- Não precisa dizer nada. Volto por algum tempo, mas a primeira coisa que você vai fazer é colocar as roupas.

Pararam em frente à porta. Estava fechada.

Alfonso bateu a mão na lateral da perna, onde deveria haver um bolso. Naturalmente não encontrou nem a calça, nem o bolso, e muito menos o cartão que abria a porta do quarto