Fanfic: Roubando Corações *AyA* ( Terminada) | Tema: Alfonso e Anahí

O elevador chegou ao saguão. Os dois saíram.

- Pois não, senhor.

- Não sou seu sargento, Ron. E já é a segunda vez que tenho esse tipo de problema numa semana. Não se trata de duvidar das pessoas. Basta agir quando existe um roubo, ou quando alguém pede ajuda. É a última vez que vou com você até o quarto de um hóspede, baseado no que você acha. Da próxima, o melhor é procurar outro emprego.

- É que...

Os dois entraram no escritório, e o gerente fechou a porta.

- Nosso trabalho é receber bem os outros. Não podemos perturbar a paz que eles pagam caro para ter... e muito menos impor nossa presença a nenhum hóspede. Só podemos incomodar um hóspede se ele invadir o quarto alheio, está claro?

- Está claro, Ken.

- Espero que sim. Não quero que pense com a cabeça de baixo também. Nem ao menos que olhe de uma forma desrespeitosa para qualquer hóspede, por mais atraente ou suspeito que possa ser.

- Está certo, Ken.

- Ainda não escutei o que queria.

- Não vai acontecer mais, Ken.

- Ótimo. A única exceção a isso, é um flagrante, Ron. Não uma imagem dessas câmeras que você fica olhando o dia inteiro para tirar conclusões precipitadas. Um flagrante de verdade. Ao vivo. Como dizem vocês, apanhar alguém com a mão na massa.

- O termo que usamos é...

- Não me interessa o termo que usam na delegacia! Mesmo no caso de um flagrante num criminoso de verdade, um ladrão profissional, por exemplo, tudo deve ser tratado da forma mais discreta possível. Nosso ramo não é espreitar e apanhar ladrões, é agradar às pessoas que se hospedam aqui. E ninguém vai querer se hospedar num lugar onde existem ladrões, não acha?

- Acho, senhor.

- Bem, se tivermos que conversar outra vez, o fato de conhecer o cunhado de um acionista não vai ser capaz de manter seu emprego aqui. Estamos conversados?

- Perfeitamente, sen... Ken

- Ótimo. Boa noite.

Ron saiu do escritório desfiando mentalmente toda a sorte de palavrões para qualificar o gerente, e acima de tudo, os hóspedes que haviam provocado a ira de Ken. Sabia que escondiam alguma coisa. Seu instinto dizia isso.

Já em sua sala, repleta de monitores, descontou seu mau humor no assistente de meia idade, Barney, depois trancou-se. Pensando no corpo da loira, acalmou-se um pouco. Aquilo sim é que era mulher. Precisava descobrir o que ela escondia.

Naquele caso, talvez ela se dignasse a olhar para um segurança. Alguém como ele, por exemplo, cuja boca precisasse ficar fechada. Precisaria agradá-lo. Se Ron soubesse algo sobre ela, não fecharia a porta em seu nariz. Pelo contrário, iria pedir que ele entrasse, para esclarecer o caso...

Como policial, sabia que todo mundo tinha algo a esconder, algo do que se envergonhar... algo que podia ser usado contra a própria pessoa. Ou a favor dele...