Fanfic: Roubando Corações *AyA* ( Terminada) | Tema: Alfonso e Anahí

Como se fosse sincronizado, o serviço de quarto bateu à porta. Alfonso foi atender, não sem antes espiar pelo visor. Afinal, podiam ser Tom e Jerry.

Infelizmente, ela não se despiu depois que o garçom partiu. Sentou-se e começou a comer com apetite. Enquanto isso, ele foi verificar os bolsos da calça.

- Não precisa ter medo, não peguei mais nada na sua carteira - garantiu ela, espetando um pedaço de peito de frango.

Alfonso acomodou-se na única poltrona, observando-a comer na pequena mesa ao lado da entrada. Ela realmente parecia ter apetite. O seu não era por comida, no momento. Serviu-se de uma segunda dose de vodca com suco, pois suas batatas estavam salgadas demais, um truque dos estabelecimentos para aumentar o consumo de bebidas.

- Qual é seu nome? - quis saber ele.

- Desculpe, acabei não dizendo, no elevador. Mas também, como eu podia prestar atenção se você estava nu? - respondeu ela, largando o garfo e estendendo a mão. - Muito prazer, Anahí Filkins.

Ele apertou a mão num gesto formal, como se estivessem numa recepção ou algo parecido.

- Então, a garota que se chama Anahí não roubou nada?

- Muito engraçadinho. Não, não roubei. Nem aqui no quarto, nem lá embaixo. Não se pode roubar o que já é nosso.

- Isso é o que você pensa. Em minha profissão, conheço várias formas de fazer isso, boa parte delas totalmente legalizada - disse ele. - O termo técnico é "lavagem de dinheiro", e tenho muitos colegas que deveriam estar na cadeia por praticar essa especialização. Mas por que você não conta sua história desde o começo, Anahí?

- Que tal nem começar? - sugeriu ela, de boca cheia.

- Por que não quer me contar o que a trouxe até meus braços? Falar faz bem, e uma consciência aliviada fica leve como um passarinho.

- Quem ainda fala desse jeito? - comentou Anahí. - E respondendo à sua pergunta, que tal: não é da sua conta.

Alfonso suspirou e deu um gole em seu hi-fi, reunindo paciência.

- Foi você quem me envolveu. Fui transformado em seu álibi. Acho que, no mínimo, me deve uma explicação - afirmou Alfonso, observando com interesse os bicos dos seios, visíveis contra o tecido fino da camiseta. - Ou pelo menos...

- Calma, tio. Eu dou o serviço, está bem?

- Só se parar de usar essa gíria policial, Anahí Filkins. E se prometer nunca mais me chamar de tio.