Fanfic: Roubando Corações *AyA* ( Terminada) | Tema: Alfonso e Anahí

Aquela mania de Anahí misturar provérbios era irritante, pensou ele. Mas não disse nada. Se ela soubesse, era capaz de fazer só para provocá-lo.

- Nesse caso, considere que estou fazendo uma pesquisa; ou que prefiro saber do que não saber; ou qualquer outro motivo. Não foi uma arma nem nada parecido, foi? Porque se for, vou ter de atirar você porta afora, mesmo com esse traseiro bonitinho.

- Calma aí, parceiro, ainda tenho alguns escrúpulos! - protestou Anahí. - E não, não foi uma arma, nem nada parecido. Foi...

- Abram a porta! - bradou uma voz no exterior, acompanhada de batidas fortes.

Os dois tiveram um sobressalto ao escutarem o som inesperado.

- Não se pode acusar esse hotel de ser um lugar monótono - comentou Alfonso, recuperando-se da taquicardia. Em seguida, gritou: - O que é, agora?

Em sua sala de vigilância, Ron tinha os olhos grudados ao monitor do sexto andar, e observava o gerente e o hóspede à porta do quarto onde estivera não fazia muito tempo. Mal podia acreditar que existira uma queixa de roubo real, e não era ele a tratar do assunto. Na verdade, fora proibido de tratar do assunto.

E justo no quarto onde estivera pouco tempo antes. Com aquela loira que ele não se importaria de levar para casa, para tratar de um furto nos cofres pelos quais ele era o responsável!

Não acreditava que tivesse ocorrido um arrombamento nos cofres com todo o sistema digital de segurança. Já examinara quase doze horas de gravações aceleradas dos cofres e não encontrara registro algum. Aquele hóspede idoso devia estar senil, ou então queria aplicar um golpe no hotel. Ken não sabia nada sobre o assunto, e era bem capaz de pedir desculpas ao ladrão, se o encontrasse.

E se existisse tal ladrão, pois ainda estava para nascer o homem, ou a mulher, capaz de enganar Ron, o olho-vivo. Se fosse homem, iria diretamente para a cadeia, como vigarista; se fosse mulher, era preciso dar a ela a chance de agradá-lo, numa sessão particular de interrogatório. As coisas poderiam ser negociadas, era apenas uma questão de preço.

Na tela à sua frente, o homem acompanhado pelo gerente batia outra vez à porta.