Fanfic: Roubando Corações *AyA* ( Terminada) | Tema: Alfonso e Anahí

- Desmancharam um noivado? Engraçado, não pensei que você fosse desse tipo. O que aconteceu? Quer dizer... não se incomoda de falar sobre isso?

- Agora não me incomodo mais. Seis meses atrás, se você dissesse o nome dela, eu era capaz de gritar de raiva, ou cair no choro.

- Por quê? Você foi enganado? Era muito apaixonado por ela?

- Na época eu acreditava em tudo que ela dizia e fazia, e ainda achava que seria completamente incapaz de viver longe dela. E, claro, minha história não é diferente da história comum, na qual os rapazes honestos são enganados por moças vulgares e mentirosas.

- Pegou ela com outro cara?

- Foi. Quer dizer, um dia a gente tinha ido ao apartamento que estávamos montando para o casamento, já marcado.

Os dedos de Anahí começaram a acariciar o tornozelo dele, enquanto ela usava as mãos para evitar que ele percebesse o rubor em seu rosto.

- Eu e ela ainda estávamos decorando o apartamento e combinamos de nos encontrar lá para esperar o marceneiro que ia fazer o orçamento dos armários no closet - contou Alfonso. - Mila chegou antes de mim, e antes de entrar, percebi que ela estava no telefone, marcando um encontro para duas horas depois; pensei que estivesse falando com o marceneiro e entrei. Mila ficou muito sem jeito, com o rosto vermelho, e desligou logo. Perguntei quem era, e ela respondeu que era a mãe dela.

- Aí você entendeu tudo.

- Mais ou menos. Sabe como é, quando a gente se apaixona, é capaz de acreditar em qualquer coisa, e eu estava apaixonado. Pelo menos achava que sim. Mas fiquei desconfiado e, enquanto ela falava com o marceneiro, fui até o telefone e apertei a tecla de rediscagem. Não preciso dizer que atendeu uma voz de homem. Saímos pouco tempo depois, e ela disse que ia visitar uma amiga. Quinze minutos depois da hora que escutei ela marcar, fui até nosso apartamento. Para encurtar a história, os dois estavam no quarto, no colchão novo. Não se deram nem o trabalho de tirar o plástico da embalagem.

- Uau!

- Não foi bem isso o que eu disse na hora. Acho melhor não repetir, mas não pensei que meu vocabulário fosse tão grande. Tomei a chave dela e expulsei os dois.

- Bateu nele?

- Bem que eu tive vontade, mas achei que não valia a pena. O pior é que o sujeito era parente dela. Primo em segundo grau.

- Praticamente um incesto - comentou Anahí, imaginando a decepção dele. - Mas ainda bem que isso não abalou sua fé no sexo.

Movida por um impulso, baixou a cabeça e beijou o centro do peito dele, sentindo os pelos no rosto. Cada vez ficava mais difícil de se controlar.