Fanfic: Roubando Corações *AyA* ( Terminada) | Tema: Alfonso e Anahí

Ao longe, escutava o coro dos convencionais, que aplaudiam o casal. Provavelmente imaginariam que se tratava de um casal em lua-de-mel. Em outras circunstâncias, teria apreciado a situação, mas no momento parecia um pesadelo. Ao menos, sua mente ficara sóbria de repente, o que não acontecera com Helena, cada vez mais concentrada em beijá-lo. Alfonso procurou contar até dez, pois afinal não era feito de ferro, e a língua dela não parava quieta.

Porém, nem tudo estava perdido, pois não foi necessário apertar o controle para chamar o elevador, que estava no local. Alfonso entrou e pressionou o botão do sexto andar, onde ficava o quarto dela... e o seu. Manteve os olhos abertos, e a última coisa que viu, antes das portas se fecharem, foi o sorriso sarcástico do segurança do estabelecimento.

Durante o trajeto para cima, interrompeu o beijo e tentou colocá-la em pé, mas percebeu que as pernas já não eram mais capazes de sustentá-la e suspendeu-a outra vez.

Helena fazia um esforço para focalizar os olhos em seu rosto.

- É você, Michael? Sabia que você parece muito o Alfonso, um namorado que minha irmã roubou? Sempre achei os dois muito parecidos...

E fechou os olhos, para alívio de Alfonso. Quando o elevador parou, desejou, com todas as forças, que a amiga gorda de Helena estivesse no interior do quarto para ajudá-lo.

Então lembrou que não sabia em que quarto ela estava. Como não havia nenhuma bolsa à vista, enfiou a mão no bolso externo do paletó que Helena usava. Nada. Experimentou o interno, obtendo sucesso. O número no cartão magnético indicava que o quarto dela estava a dois de distância do seu próprio, onde Anahí estaria descansando.

O máximo de silêncio seria pouco.

As portas se abriram, e ele segurou bem o corpo de Helena, aparentemente adormecida, em seus braços. Caminhou com cuidado e firmeza pelo corredor, maldizendo o barulho que seus sapatos sociais faziam no assoalho de madeira, sem carpete.

Em frente à porta, tentou passar o cartão com ela no colo, mas não conseguia erguer o peso dela para isso. Foi obrigado a apoiá-la em pé contra a parede, mantendo uma das mãos sob os braços dela, e colocando a perna entre as dela, para evitar que deslizasse, enquanto passava o cartão.

A porta se abriu, e Helena acordou. Fitou-o com olhar lânguido e gritou:

- Alfonso!É você, Alfonso?

Ele levou o dedo aos lábios, e ela imitou o gesto, olhando para os lados.

Levantou-a no colo.

- Shhh! Mila não pode saber... - murmurou ela, em tom conspiratório, passando os braços pelo pescoço dele.

- Isso mesmo. Não pode saber - concordou ele, levando-a direto para a cama.