Fanfic: Roubando Corações *AyA* ( Terminada) | Tema: Alfonso e Anahí

Ouviu seu nome sendo chamado do interior do quarto, e olhou para trás, tocando o controle que chamava o elevador, que se acendeu. Esperava que ele não viesse atrás dela. Não estava com a menor disposição para escutar desculpas esfarrapadas. Sem dúvida tratava-se de algum tipo de tarado ou coisa parecida. Com tantos quartos disponíveis e vazios, tinha de escolher logo o dele!

Depois disso, ainda confirmara sua escolha, ao voltar quando ele pedira, nu no corredor. Fora uma espécie de chantagem, mas voltara por causa da aparência dele, não podia enganar-se sobre isso. Como costumava dizer seu avô, não podia culpar nada nem ninguém por suas próprias escolhas. Só podia aprender a escolher direito.

O elevador chegou, ao mesmo tempo que Alfonso saía do quarto e se punha a correr na direção dela. Reparou que o rosto dele estava todo manchado de batom. Será que o sujeito não conhecia a palavra decência? Entrou e apertou o comando para o térreo. As portas pareceram demorar várias horas a fechar, enquanto ele vinha a toda velocidade para alcançá-la.

A diferença de poucos segundos acabou por favorecê-la. Suspirou, aliviada. Não fora daquela vez. A lucidez começou a voltar, e Anahí pressionou um andar, na metade do caminho. A escadaria não trazia luminosos que indicassem sua presença, e estaria livre para escolher seu caminho, como sempre fazia. Se ele estivesse olhando o indicador luminoso dos andares, imaginaria que outra pessoa entrara no elevador.

Desceu e abriu a porta que dava acesso às escadas. Parou e escutou. Acima dela, alguém descia pelas escadas, de dois em dois degraus. Seria Alfonso, que não tivera paciência de esperar outro elevador, nem teria observado o mostrador. Só teve o trabalho de voltar para o corredor e esperar que ele passasse, ofegante, com certeza em direção ao térreo.

Quando o ruído só podia ser ouvido ao longe, Anahí voltou para a escadaria, começando a subir. Só havia um lugar onde poderia ir para pensar com clareza. Onde ninguém iria molestá-la.