Fanfic: Roubando Corações *AyA* ( Terminada) | Tema: Alfonso e Anahí

O saguão estava repleto. Mas esse fato não incomodou Alfonso, que procurou olhar acima das cabeças dos convencionais, para enxergar a cabeleira loira que ele procurava. Com certeza, não estava no saguão. Dispôs-se a continuar correndo, quando reparou que muitos o observavam, com um sorriso divertido. Entrou no banheiro, onde limpou o batom do rosto e passou um pente no cabelo. Estava longe de apresentar uma aparência decente, mas pelo menos parou de chamar atenção. Dirigiu-se para a porta giratória, na entrada, e saiu para a rua.

- Viu passar por aqui uma loira de olhos azuis? - perguntou ao porteiro.

- Vejo muita gente, senhor... - começou o homem, um irlandês, também de cabelos vermelhos.

- Nos últimos dois minutos - esclareceu ele.

O homem sacudiu a cabeça, numa negativa, e Alfonso olhou para os dois lados da avenida. Nem sinal de Anahí.

Enfiou a mão no bolso e retirou uma nota de dez dólares.

- Fique de olho, está bem?

- Pois não, senhor - concordou o homem, com um sorriso.

Alfonso voltou para dentro, desanimado. Pelo menos, Anahí não saíra.

Caminhou para a portaria, que ficava em frente aos elevadores, ainda que do outro lado do saguão. Repetiu a pergunta, obtendo nova resposta negativa. Mais uma nota de dez para o recepcionista.

Parou e pensou um instante. Se nenhum dos dois a vira, o mais certo seria que Anahí ainda se encontrasse no hotel. Poderia ter descido antes de chegar ao térreo e continuado pelas escadas, concluiu ele. Talvez, até tivesse voltado ao quarto que partilhavam.

Poderia subir para lá, pelas escadas; nesse caso, ela poderia descer de elevador e passar por ele. Mas não acreditava que Anahí desistisse tão fácil de roubar o tio, que ainda devia estar no hotel. Foi até o bar, onde uma olhada geral bastou, pois não havia ninguém de cabelos loiros. Em seguida, caminhou até o restaurante, onde uma olhada geral mostrou apenas uma loira, cerca de vinte anos mais velha do que a que ele procurava. Para seu espanto, porém, reconheceu o companheiro dela. Era o tio Rick.

Precisava parar de pensar nele assim. Não era seu tio.

Apesar de tudo, dirigiu-se para lá. Era preciso admitir que precisava de ajuda.