Fanfics Brasil - Choque de realidade Gravitation (Glee)

Fanfic: Gravitation (Glee) | Tema: Glee


Capítulo: Choque de realidade

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Após o breve papo um tanto constrangedor com o seu companheiro de trabalho a sua chefe, Rachel foi se trocar, deixando a calça, a camisa social e o colete preto de lado para enfim voltar para casa. A morena vestiu o seu jeans já um pouco velho, uma camiseta preta, calçou o par de tênis e agradeceu por não ter esquecido a jaqueta, pois a noite estava realmente fria. Depois pegou a mochila e rumou para casa, pois já estava tarde.


 


Rachel pegou o mesmo caminho de sempre, andou por uma praça que sempre parecia deserta, também somente um fantasma pra andar pelas ruas de Lima a essa hora.


 


“Eles até que se esforçam... Mas nem sempre o apoio da família e dos amigos é suficiente...” pensou a morena enquanto caminhava distraída – Vê se pode... Será que preciso mesmo arranjar um namorado? – falou baixinho para ela mesma.


 


A pequena retirou a letra que estava escrevendo do bolso traseiro da calça e começou a analisá-la enquanto andava, um pequeno sorriso surgiu em seus lábios ao lembrar dos elogios de alguns garotos que leram alguns dos seus escritos. Talvez não fosse uma má idéia pedir que Santana lhe apresenta-se algum amigo.


 


Um vento frio soprou e a pequena morena espirrou com o gelo terrível que estava fazendo; como conseqüência a letra acabou voando da sua mão o que fez com que ela se apressasse para recuperá-la, mas quando se deu conta ela não estava sozinha. A sua frente, não muito afastada havia uma mulher abaixada; seus cabelos dourados caiam sobre o rosto no momento em que ela pegava o papel que pertencia a Rachel... A loira trajava uma roupa social que parecia bastante cara, mesmo longe a morena podia ver que ela era muito bonita, seus olhos carregavam um grande mistério e o cigarro preso em seus lábios lhe dava um ar ainda mais charmoso... Se é que era possível. Foi então que um arrepio desconfortável percorreu o corpo da judia, aquela mulher estava lendo a “sua” letra.


 


“O... O que eu faço?! Ela está lendo aquela letra melosa... P-Peraí, o que uma mulher tão bem vestida está fazendo aqui de madrugada...? Será que ela é da máfia? Se for, acho que eu estou lascada...”



-Foi você quem escreveu isso? – perguntou a loira ainda com o cigarro entre os lábios.


 


-Hã...? A-Ah...! S-Sim, senhora! – afirmou a pequena começando a suar frio.


 


-Esse texto é mais ridículo que o de um aluno de primário. – disse a loira jogando a letra de Rachel novamente no chão. – chamar isso de música seria um insulto a qualquer compositor. – a mulher agora havia virado de costas e retirado o cigarro dos lábios muito bem desenhados, mas antes de ir embora ela deu o seu último golpe. – seu talento é nulo. Desista!


 


“Pre... Precisava humilhar tanto, é?”



***


 


-Já começou, sabia? – Santana estava na entrada da sala com uma Rachel totalmente entediada. A latina analisou a programação do dia, dedicando total atenção a parte onde indicava o concurso de bandas na quadra coberta da escola. – que tal dar uma olhada? E aí? Não é uma boa desculpa para nos livrar desse trabalho forçado inútil? – insistiu a latina.


 


-Já topei! –respondeu Rachel sem precisar de mais nenhum argumento da amiga, qualquer coisa era melhor que aquilo. – agora vamos arranjar os substitutos...


 


Rachel deixou a mesa que estava sobre sua responsabilidade e se preparou para encarnar a personagem, estava na hora de despertar a pequena diva dentro dela. A morena colou o seu corpo no da latina e chamou por dois rapazes que passavam por ali enquanto fazia leves círculos com o dedo indicador sobre a pele exposta do colo da latina.


 


Os dois ficaram completamente fascinados com a cena entre as duas, se tinha algo que todos os garotos rezavam para ser verdade era que Rachel e Santana tivessem algo a “mais” que amizade.


 


Minha amiga e eu estamos com um enorme problema. – disse Rachel com uma voz cheia de insinuação. – queríamos tanto, mas tanto ficar a sós... Mas parece que não vamos ter nenhum tempinho só pra gente...


 


Os dois só faltavam babar olhando para as duas, estava na hora de Rachel dar a sua última cartada, a morena fez a carinha mais angelical possível e se afastou um pouco de Santana, dando total atenção aos garotos:


 


-Será que poderiam cuidar da lojinha pra gente? Fariam esse favor?


 


-Claro! Pode deixar com a gente! – responderam de forma eufórica.


 


-Que sorte, Rachel... Vamos nos divertir muuuuito, não é? – Santana que não era boba nem nada e adorava provocar os rapazes fez um leve carinho no rosto da amiga e correu a ponta da língua pela orelha dela.


 


-UI!- Rachel ficou vermelha e quase deu um pulo ao ser pega desprevenida. – para com isso Santana! Está todo mundo olhando...


 


Logo após uma pequena demonstração do que todos os rapazes – e algumas garotas – queriam ver, Rachel e Santana rumaram para a quadra coberta, onde estava tendo o quarto concurso escolar de bandas. As duas se sentaram no fundão, escoradas na parede enquanto os alunos tentavam se divertir com os péssimos grupos que buscavam pelos seus 15 minutos de fama.


 


-San, você me apresenta um garoto? – perguntou Rachel entediada, colocando uma das mãos como apoio para o queixo.


 


-Que foi garota? Ta na seca? – perguntou a latina que parecia mais largada que a amiga, tinha os braços cruzados por de trás da cabeça e parecia um tanto intrigada com aquele súbito pedido da menor.


 


-Não... É que... É algo meio psicológico, sabe? – começou a morena após dar um longo suspiro, Rachel estava um tanto aérea. – às vezes sinto falta de uma palavra de consolo e afeto... Entende?


 


-Como é?! Que bicho mordeu nossa “technomaníaca” Rach?! – rebateu a latina se ajeitando ao lado da amiga e ficando um pouco preocupada. – Não foi a primeira nem a última vez que você perdeu os arquivos. Não está na hora de se acostumar... Não? – a latina foi bem direta, não gostava de ver a amiga naquele estado, não era algo comum.


 


-Se eu for procurar consolo em você, estou ferrada, né? – comentou Rachel, olhando para a outra de lado. Santana era tão “sensível” às vezes. – Sei lá. A solidão é cruel, é duro lutar sozinha, me apoiando apenas no meu talento entende? Claro... Chega uma hora que até a grande guerreira acaba fraquejando.


 


A cheerio revirou os olhos e se deitou no chão da quadra com a programação do dia na sola do seu tênis que estava estendido para cima agora, Rachel havia começado com as duas divagações e quando isso acontecia a morena simplesmente não sabia o significado do ponto final.


 


-Mas tudo bem... Tem razão, Rachel, você tem se dedicado. – a latina sabia que quanto mais rápido interrompesse as divagações da amiga, mais rápido elas deixariam aquele assunto de lado. – você não bebe e nem namora, e mesmo morando na casa dos seus pais, trabalha toda noite até tarde; e todo o seu dinheiro é gasto em aparelhagem de som! É normal se cansar às vezes.


 


Nessa hora a quarta banda havia acabado de subir no palco, mas as duas pareciam tão entretidas na conversa que acabaram nem percebendo que as outras bandas já haviam tocado.


 


-Mas não esquenta, sei que você vai chegar lá. – San de um sorrisinho sedutor em direção a amiga e completou como se estivesse fingidamente ofendida. – apesar de saber que minhas palavras cheias de amor não são suficientes para consolar você.


 


-Claro que são! Captei todo o carinho que você tem por mim, San... Mas... Não é bem isso que eu queria dizer, sabe? – disse Rachel recuperando parcialmente o seu ar bobo e fazendo um coração com os dedos indicadores e os polegares. – ontem, quanto eu estava voltando pra casa, encontrei uma...


 


Bem, Rachel até estava disposta a acabar logo com aquele assunto, mas o barulho terrível e a falta de afinação da quarta banda fez com que as duas parassem a conversa de imediato. Com tal estado de calamidade as duas acabaram deixando aquela interessante conversa sobre a crise existencial de Rachel para depois para poder levantar um pouco o astral do pobre público de estudantes.


 


Um pouco mais afastados, na banca, estavam Finn, sua namorada Sugar e alguns amigos que estavam ajudando com a organização. Uma das garotas comentou sorridente que a sua irmã estava por lá, a princípio o quarterback não ficou preocupado, afinal ela havia comentado antes que daria uma breve passada; mas sua preocupação surgiu quando a mesma garota disse que Rachel estava no palco.


 


-Aí, galera! – gritou Rachel no microfone, enquanto Santana chutava o guitarrista da banda para escanteio e pegava sua guitarra. – somos a banda três mil seiscentos e nove: “mestre Rach e sua amante”!!!


 


Infelizmente a confirmação chegou rapidamente aos olhos e ouvidos de Finn e sua namorada, que ficaram completamente paralizados e assustados com aquilo.


 


-Como a gente acabou perdendo os arquivos da música que iríamos apresentar... – começou Rachel já levando os alunos a loucura; Santana apenas acenava para os garotos e garotas que suspiravam na platéia. – agora a gente vai cantar... “Coelhinho”!! Vamos lá! Todo mundo!


 


Todos os alunos começaram a cantar animadamente junto com a dupla que estava em cima do palco “Coelhi-nhoooo se eu fosse como tu, tirava a mão do bolso... E enfiava no...”.


 


Alguns dos organizadores reconheceram as duas como a tão falada dupla dinâmica do 3ºB. Já outras pessoas viam as duas como baderneiras, mal pareciam uma banda e sim uma dupla de comediantes; estes eram os que mais se preocupavam com bronca que viria da comissão organizadora.



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Assim que Rachel e Santana deixaram o palco Finn foi diretamente falar com as duas, a irresponsabilidade da sua irmã mais velha havia chegado ao limite e ele precisava fazer algo.   -Suas idiotas! – gritou ele enquanto Rachel se encolhia um pouco envergonhada e Santana apenas revirava os olhos com as mãos nos bolsos. -... Agora já era! ...


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