Fanfics Brasil - 23 - Todo Mundo Odeia o Dia dos Pais Nem Todo Mundo Odeia o Chris - 1ª Temporada

Fanfic: Nem Todo Mundo Odeia o Chris - 1ª Temporada | Tema: Todo Mundo Odeia o Chris


Capítulo: 23 - Todo Mundo Odeia o Dia dos Pais

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TODO MUNDO ODEIA O DIA DOS PAIS – T1E22


 


POV. LIZZY (Brooklin - 1983)


                Eu nunca tinha comprado nada no Dia dos Pais, nunca. Então, eu não fazia a mínima ideia do que comprar. Eu não sabia os gostos do meu pai e se eu perguntasse agora, tava muito em cima da hora e ele ia notar. E eu queria que fosse surpresa. Tive a ideia de ligar pra Cibele pra pedir uma dica e ela me disse que ele gostava de beisebol e golfe. Mais tarde acabei descobrindo que nem se eu vendesse um rim eu ia conseguir comprar tacos de golfe pra ele, quanto mais com o dinheiro que eu tinha juntado. Eu passei as três primeiras semanas do mês de Junho tentando descobrir ou inventar o que dar pra ele. Resultado: NADA. Esse ano eu não queria deixar passar em branco; não depois do que ele fez por mim. De não deixar a mãe me tirar da Corleone, de ter começado a cuidar de mim. Ele até tava me dando presentes.


Na semana passada ele chegou do trabalho com uma caixa na mão, me deu e disse que não era pra eu deixar a mãe ver e abrir no meu quarto. Subi correndo, fechei a porta do quarto e abri a caixa. Tinha um par de botas novinhas dentro. Só faltei gritar de felicidade! Então eu precisava dar alguma coisa pra ele, como agradecimento por ele se importar comigo. Pensei mais um pouco sobre o assunto e decidi perguntar pro Chris. Ele devia ter uma ideia do que eu poderia comprar.


No outro dia eu me arrumei cedo e desci pra esperar o Chris. Ele apareceu no horário de sempre com cara de quem não queria ter se levantado. Resolvi perguntar sobre isso depois.


“Chris, você tem alguma ideia do que eu compre de presente pro meu pai?” Ele me olhou com cara de ‘também to nessa’.


“Você também? Eu não tenho a mínima ideia.”


“O que você deu pro seu pai nos últimos anos?” Ele fez uma careta.


“Eu não tinha dinheiro então fazia coisas com macarrão.” Olhei pra ele e comecei a rir. “Pode rir, eu deixo.”


“Foi mal. É que eu também não sei o que dar. É o primeiro presente que tenho que comprar pro meu pai.”


“Do que ele gosta?” Minha vez de fazer careta.


“Beisebol e golfe. Procurei por tacos de golfe, mas nem sonhando tenho dinheiro pra comprar aquilo.”


“É tanto assim?”


“Você não faz ideia. Também não tive coragem de perguntar pra ele o que ele queria.”


“Eu perguntei.”


“E?”


“E ele disse que queria uma folga de tudo e todos. Um dia em casa sozinho pra fazer o que quisesse. Mas eu ainda quero comprar alguma coisa pra ele.”


“Idem.”


“Mas e o beisebol?” Fiz cara de incrédula.


“O que eu vou comprar de beisebol que ele já não tenha?”


“Aí fica difícil.”


A conversa se estendeu até a gente chegar na escola, aí o Greg se juntou na discussão.


“Eu já sei o que vou dar pro meu pai.”


“O que é?” Eu e o Chris perguntamos juntos.


“Bem, não é exatamente dar, é mais o que eu vou fazer pra ele.”


“E o que é?” Ele começou a descrever umas coisas tão malucas que eu não vou nem falar pra não levar crianças indefesas e desavisadas a fazer o mesmo.


“Não rola fazer isso, Greg. Nem o meu pai nem o do Chris gostam desse tipo de coisa.”


“Tentem descobrir o que eles precisam e deem isso pra eles.” O Chris fez uma cara de ‘eu vou te matar, Greg’.


“Mas é justamente esse o problema: a gente não sabe!”


“Ah. Então ferrou.”


“Agora você disse tudo.” Eu.


“E o Dia dos Pais é amanhã.”


“Nem me lembra.” Chris.


Depois da aula, eu e o Chris fomos no Doc’s pra ver se encontrávamos alguma coisa. Resultado de sempre: NADA.


“É sério, eu to quase desistindo.”


“Eu também, Chris. Amanhã é a última esperança. O que vai fazer amanhã já que seu pai vai ter a casa só pra ele?”


“A gente vai sair, só não sei pra onde.” Uma ideia me ocorreu.


“Ótimo! Diz pra sua mãe que você vai sair comigo pra procurar um presente pros nossos pais.” Ele sorriu pra mim.


“Boa! Vou falar com ela.”


“Tá bom.” Ele segurou minha mão e me olhou.


“Até amanhã.” Fiquei vermelha até a raiz do cabelo, o que não é difícil considerando que eu sou ruiva. Ele soltou minha mão e eu entrei em casa, o coração batendo descompassado. Respirei fundo algumas vezes e subi.


Lá pras 21:00h o Chris me chamou pelo buraco da parede e me disse que eles iam sair às 9:00h da manhã. Então ficou combinado que eu encontraria ele na calçada a essa hora. Acabei indo dormir cedo por que a Cibele ia chegar lá em casa com o David bem cedo pra dar feliz Dia dos Pais pro papai.


Acordei com alguém me sacudindo. Abri os olhos devagar e me deparei com a Cibele.


“Acorda, Lizzy.”


“Cibele? Que horas são?”


“7:40h. O papai ainda tá dormindo. Anda, levanta e me ajuda com o café.” Levantei morrendo de sono, mas como eu não tinha comprado nada pro papai, me senti na obrigação de ajudar.


A gente fez o café e quando estávamos terminando a mãe veio ver como estava e dizer que ele ainda estava dormindo. Levamos a bandeja pro quarto e acordamos ele com um enorme ‘Feliz dia dos Pais’. A mãe tinha comprado pra ele os tacos de golfe que eu pensei em comprar e ele fez uma festa digna de final de campeonato. Cibele deu um perfume e um boné dos Dodgers, o time preferido dele. Eu fui bem discreta, dei um abraço nele, desejei ‘Feliz dia dos Pais’ e saí de fininho pra me arrumar.


Nove em ponto eu tava lá em baixo esperando o Chris e ele não demorou.


“Oi. Teve alguma ideia durante o sono?” Ele riu.


“Pior que tive.”


“Qual?”


“Quando eu perguntei o que meu pai queria, antes de dizer que queria ficar só em casa ele disse que eu podia pagar uma conta pra ele. Acho que vou fazer isso.”


                “É bem a cara do seu pai mesmo. Sem ofensa.”


                “Tudo bem. E você?”


                “Sem ideias. Vou improvisar.”


                A gente rodou em todas as lojas perto de casa e nada. Fiquei sem total ideia do que fazer. Depois de três horas fazendo isso eu me desanimei geral. O Chris foi pagar uma das contas como presente pro pai dele e eu fiquei esperando na calçada. Ele saiu exatamente quando passou em uma loja de televisões lá perto o comercial anunciando o jogo do Dodgers contra os Yankees.


“Lizzy, seu pai não gosta de beisebol?”


Uma luzinha brilhou na minha cabeça na hora. Carreguei ele pra bilheteria do estádio. O Bronxs não era tão longe de lá então em 20 minutos a gente chegou.


                Sabe quando você tem uma sorte enorme? Eu senti isso naquele momento. Só tinha mais cinco ingressos nos melhores lugares e com o dinheiro que eu tinha, eu comprei dois ingressos e ainda sobraram 20 dólares. Pura sorte!


                Como a gente tinha a tarde toda sem nada pra fazer e dinheiro no bolso, fizemos a festa. Fliperama e sorveteria a tarde inteira. Poucos dias foram mais divertidos. Acabamos chegando em casa quase 17:00h.


                “Finalmente deu certo.” Eu ri.


                “Pois é, nem acredito.”


                “Valeu por ir comigo, Chris.”


                “De nada.” Ele segurou minha mão outra vez e sorriu pra mim. Meu coração descompassou de novo e eu não pude deixar de sorrir de volta. “Eu tenho que entrar e...”


                “Dar o presente pro seu pai. Tá bom. Até depois.” Ele ia entrar, mas virou de novo. “Droga!”


                “O que foi?”


                “Não posso entrar em casa agora. Não até dar 17:00h. Foi esse o acordo.”


                “Vem comigo, então.”


                “Não vou atrapalhar?” Rolei os olhos.


                “Imagina.” Foi a minha vez de puxar ele pela mão.


POV. CHRIS       


Subimos e vimos o pai dela na sala sozinho assistindo TV.


                “Pai.” Ele nos olhou.


                “Oi, Lizzy. Chris.”’


                “Oi, Sr. Jackson.”


                “Pai, eu lhe trouxe uma coisa.”


                “Lizzy, não precisava.”


                Ela entregou o envelope com os ingressos e quando ele abriu, deu um salto de alegria que pareceu com o do meu pai quando descobriu que tinha ganhado na loteria.


                “Eu procurei em todo lugar e não encontrei mais nenhum desses! E são nos melhores lugares! Foi o melhor presente que eu ganhei hoje!” Ele veio e a abraçou. Ela ficou um pouco envergonhada, mas abraçou de volta. “Obrigado, minha filha.”


                “Você merece, pai.” Me senti extremamente deslocado e ia saindo de fininho quando ela me chamou.


                “Chris, não precisa sair.”


                “Eu não queria atrapalhar.”


                “Não tá atrapalhando.” Ela veio até mim e me puxou pela mão. Senti um formigamento quase familiar subindo pelo meu braço outra vez. “A ideia foi dele, pai.” O Sr. Jackson sorriu pra mim.


                “Obrigado, então. Mas eu tenho dois ingressos, quem eu vou levar?”


                “O senhor pode chamar o David.”


                “Não. Ele volta com a Cibele hoje à noite.” De repente ele olhou pra mim. “Chris, seu pai torce pra que time de beisebol?”


                “Pros Dodgers.” Ele fez uma cara parecida com a que a Lizzy fazia quando tinha uma ideia muito boa e tava se coçando pra contar.


                “Você sabe se seu pai gostaria de ir ao jogo?” Dei um sorriso involuntário.


                “Ele ia adorar. Mas o senhor quer ir com ele?” Ele riu da cara que eu fiz e eu pude ver que a Lizzy tava tão pasma quanto eu.


                “Claro. Gostaria muito de conhecer o pai do melhor amigo da minha filha.” Ele me deu um ingresso e disse pra eu entregar pro meu pai.


“Obrigado, Sr. Jackson” Ele sorriu.


“Diga a ele que depois falarei com ele pra combinar os detalhes.” Assenti e a Lizzy me levou até a porta.


                “Lizzy, tem certeza que esse é o seu pai?” Ela riu um pouco.


                “Espero que seja por que eu to adorando.”


                “Valeu.”


                “Pelo quê?” Ela fez cara de desentendida.


                “Você sabe.” Senti um frio na barriga e, antes que a coragem me deixasse, me aproximei dela e dei um beijo no rosto. Olhei pra ela e vi que ela tava da cor do cabelo; se eu fosse branco também estaria. “Boa noite.” Ela sorriu sem jeito pra mim e entrou.


                Entrei também, me preparando pra ouvir os gritos de felicidade do meu pai pelos dois presentes e tentando entender o que me fazia gostar cada dia mais daquela garota.


***


Por: LivyBennet




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Autor(a): LivyBennet

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 13



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  • livybennet Postado em 08/10/2012 - 19:27:04

    Pessoal, eu vou continuar tá! Tem mais uma temporada à vista!

  • giovana74 Postado em 07/07/2012 - 21:49:00

    continuaaaa parou?

  • livybennet Postado em 22/06/2012 - 14:43:16

    Adicionado!

  • hedu Postado em 22/06/2012 - 14:29:10

    Então para organizarmos a estréia me adiciona no msn: hadartv@hotmail.com. Muito obrigado pelo interesse.

  • livybennet Postado em 21/06/2012 - 14:20:32

    gostaria muito que fosse publicada e agradeço o interesse. Qualquer duvida é só perguntar... ^.^

  • hedu Postado em 20/06/2012 - 14:05:57

    Olá, eu tenho um blog www.hadartv.wordpress.com , e gostaria muito que esta série fosse publicada no mesmo, com todos os creditos ao "fanfics" e ao autor. Aguardo resposta atravez deste comentário ou pelo e-mail hadartv@hotmail.com Agradeço desde já!

  • manolorhcp Postado em 11/06/2012 - 12:51:33

    Muito bom kkkk

  • livybennet Postado em 10/06/2012 - 16:13:40

    Obrigada! Postando mais um cap agora!!!! ^.^

  • manolorhcp Postado em 10/06/2012 - 16:03:25

    Muito bom!!! Tava na hora de alguém criar uma fanfic sobre algo que preste rsrs

  • livybennet Postado em 10/06/2012 - 12:06:45

    Wlw!!!!!! ^.^


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