Fanfics Brasil - O envelope pardo My Eyes (Glee)

Fanfic: My Eyes (Glee) | Tema: Glee


Capítulo: O envelope pardo

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A morena abraçou forte o oftalmologista e relaxou depois de um tempo. Ela não disse mais nenhuma palavra e estava relativamente agitada quando saiu da sala, o que fez Finn praguejar até a quinta geração de Jesse, fazendo também com que o mais alto memorizasse uma nota de que deveria dar uns tapas no amigo da próxima vez que o visse.


 


Ele sabia muito bem como era sua irmã e ninguém melhor do que ele para aceitar o seu gênio um tanto teimoso, Finn tinha a certeza de que a morena tocaria no assunto apenas quando quisesse desabafar, sempre fora assim e Rachel não iria mudar; ele ficava angustiado com aquilo, mas tentava respeitar ao máximo as vontades da morena, afinal ninguém a mimava tanto quanto ele... Finn abriu a boca apenas quando já estavam perto do parque onde a irmã adorava fazer uma leve caminhada ou corrida, o rapaz tentava quebrar o gelo com um assunto contrário ou aleatório... Algo que trouxesse novamente a sua irmã para o estado normal, nem que fosse apenas por alguns minutos.


 


–e então, já recebeu alguma notícia? – perguntou Finn olhando rapidamente para a irmã e voltando a sua atenção para o caminho logo em seguida.


 


A judia estava perdida em seus pensamentos, vagava por memórias profundas e perigosas, das quais ela preferia se manter distante, mas não conseguia evitá-las sempre. A voz do seu irmão a trouxe para um estado mais consciente e naquela pergunta ela pode notar o quanto ele estava ansioso e ao mesmo tempo preocupado, no fundo como sempre era apenas para distraí-la e Rachel sorriu com aquilo; Finn era o irmão que toda garota poderia querer (às vezes não era bem assim), o mais velho havia praticamente abandonado tudo para ficar ao lado dela; quantas pessoas deixariam para trás a sua vida mais do que estável e tranqüila? Bem, Rachel acreditava que pouquíssimos teriam a coragem de fazer o mesmo; Finn deixou sua oficina nas mãos do ex-namorado e melhor amigo Noah Puckerman, e também a casa dos pais e a cidade tranqüila onde morava com a irmã.


 


Apesar dos negócios de venda de peças estarem em um nível muito bom para o começo Rachel sabia bem que New York não era para o seu irmão, ele gostava de menos tumulto e badalação; mas mesmo assim ele fez questão de abrir mão do seu futuro certo e garantido apenas para seguir o sonho da pequena diva e ajudá-la da melhor maneira que pudesse.


 


Finn estacionou o carro no lado oposto do parque que a irmã costumava fazer os seus exercícios matinais, a morena lhe deu um leve beijo no rosto e lhe agradeceu pela carona.


 


–tem certeza de que vai ficar bem? – perguntou o irmão mais velho antes que ela atravessasse.


 


Rachel revirou os olhos, mas sem deixar de sorrir.


 


–nossa, porque isso tudo agora? Eu sei me virar muito bem, pode ficar tranqüilo ok?! – disse a garota tentando tranqüilizar o irmão, Finn era impossível às vezes, lhe protegia como tivesse 10 anos de idade e isso chegava a ser irritante. – vai jantar em casa hoje?


 


–vou deixar suas coisas no apartamento depois vou direto trabalhar, não sei que horas volto, mas vou dormir em casa hoje, então não coma tudo sozinha. – brincou o mais alto.


 


Rachel sorriu e seguiu para mais uma corrida no parque enquanto o Berry mais velho seguia para a sua rotina que andava um pouco atarefada demais nos últimos meses.


 


A morena colocou os fones de ouvido e se deixou levar pelas músicas enquanto dava suas passadas firmes pelo caminho já conhecido, aquilo fazia com que o corpo e mente da pequena diva se ficassem em harmonia. Rachel gostava de passar àquela hora da manhã em meio ao pedaço de natureza que se contrastava com a maravilhosa selva de pedra que era New York.


 


Depois de mais ou menos uma hora Rachel comprou uma garrafa d’água e bebeu praticamente todo o líquido de uma só vez; antes de partir ela sentou em um dos bancos mais afastados, onde o movimento de pessoas era bem menor. Seu peito ainda arfava devido a atividade física, mas aos poucos a sua pulsação foi se estabilizando, ela fechou os olhos e ficou atenta a cada som ao seu redor; o canto dos pássaros, o barulho da água da fonte e das folhas das plantas balançando com a brisa fria que indicava que o inverno estava chegando, o cheiro das flores que estavam próximas a ela, ou até mesmo o calor tímido que o sol quase que escondido lhe proporcionava no rosto... a morena não pode deixar de sorrir com todas aquelas sensações, certos hábitos nunca são deixados para trás; quem sabe a vida das pessoas não fosse melhor se parassem pelo menos por um minuto para prestar atenção nas pequenas coisas que ficavam ao seu redor.


 


Novamente uma brisa fria envolveu a judia e seu corpo treme involuntariamente, esse era o aviso de que precisava se agasalhar melhor nos próximos dias se tivesse alguma pretensão de correr pelo parque. Seus olhos permaneceram fechados e seus braços envolveram seu próprio corpo no intuito de se sentir protegida, mas por questão de segundos ela teve um flash que fora suficientemente doloroso para lhe trazer novamente a realidade; Rachel não tinha noção de quanto tempo havia passado, seis meses talvez, quem sabe bem mais, ou talvez nem fosse isso tudo, o fato era que não importava quanto tempo passasse o que sentia era tão latente que chegava a sufocar o seu coração. A morena nunca foi uma pessoa com fragilidades, nem mesmo nos seus piores momentos, mas aos poucos aquele dilema lhe tirava cada vez mais a sanidade “a dor por lembrar e o medo de esquecer...” talvez o que sentisse não doesse tanto se fosse comparado ao esquecimento, pois o esquecimento trazia com ele a dura realidade de que talvez tudo o que vivera não passara de uma ilusão; mas a dor apesar de sofrida lhe lembrava como boa amiga que sim... A sua dor tinha nome, cheiro, tom e calor.


 


Rachel suspirou parecendo mais cansada do que realmente estava e resolveu retornar ao apartamento que ficava a menos de três quadras de lá. No caminho inteiro tentou não pensar mais no flash, mas uma vez que ele voltava era tão difícil de expulsa-lo de sua mente, aos poucos ela aprendeu que não adiantava lutar contra, isso apenas agravava ainda mais o seu estado.


 


A morena falou rapidamente com o porteiro e subiu para o seu apartamento, um sorriso brotou em seus lábios ao pensar que em pouquíssimos minutos estaria entregue a um maravilhoso banho quente. Rachel já estava dando a segunda volta na chave da porta de entrada quando sentiu algo perto do seu pé. Como não havia visto aquele pacote antes? E se Finn passou no apartamento antes de trabalhar porque não o levou para dentro de casa?


 


Bem, talvez o pacote não estivesse ali quando o irmão passou, enfim, a morena pegou o envelope pardo com o conteúdo não tão leve e olhou rapidamente enquanto passava pela porta e a fechava. A encomenda não havia sido enviada pelo correio, pois não havia nenhum selo ou carimbo, apenas tinha escrito “Para Rachel Barbra Berry” com uma caligrafia muito bonita e caprichada, porem totalmente desconhecida.



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