Fanfic: Incompatíveis (Gackt x Yoshiki) | Tema: Malice Mizer, X Japan, Gackt, Hyde, Miyavi
Ele notou que eu estava tremendo de medo, então tentou me acalmar, mas a cada toque dele eu me sentia mais tenso. Ele retirou a camisa que até pouco tempo estava desabotoada e inclinou novamente seu corpo contra o meu, tomando meus lábios com delicadeza. Senti algo quando seus lábios deslizaram sobre o meu pescoço, mas estava assustado demais para entender se era algo bom ou ruim. Ele desceu os beijos por meu peito enquanto desabotoava sua calça, um calafrio passou pelas minhas costas e eu tentei (inutilmente) me afastar dele, apesar de tonto pude perceber um certo volume entre as suas pernas.
Ele pegou minha mão e levou até lá, seu membro estava rígido, Takashi apertou minha mão por cima do seu membro e gemeu baixo. Seus lábios agora desciam para a minha barriga, minha calça e a roupa intima foram tiradas com facilidade, ele sorriu ao ver que de certa forma eu estava excitado e me olhou nos olhos.
–tenta me rejeitar, mas no fundo está gostando... – disse pouco antes de encostar seus lábios em meu membro e começar a sugá-lo lentamente.
De todas as coisas estranhas que haviam acontecido no dia, essa tinha sido com certeza a mais louca, mas não poderia dizer que era algo ruim. Ele retirou o resto da roupa e jogou-a de lado, depois deitou o seu corpo sobre o meu, me encolhi ao sentir seu membro quente e duro roçando em minha perna.
–calma... não precisa ficar assustado. – sussurrou em meu ouvido.
Eu já não estava enxergando quase nada, encostei minha cabeça no travesseiro sentindo tudo rodar, senti seu dedo me penetrar lentamente, mas apesar da dor nada fiz, meu corpo já não me obedecia, nem força para gritar eu tinha, apenas virei meu rosto sentindo as lágrimas descerem. Ao longe eu escutei um barulho, de novo e de novo, Takashi se levantou, havia alguém na casa além de nós, não dava para saber quem era... Descansei meus olhos, depois disso não me lembro de mais nada, nada do que houve após o desmaio.
***
Não sei quanto tempo passei desacordado, a única coisa que me recordo foi de ter acordado em um quarto branco, era um hospital, era normal acordar em um hospital, passava boa parte da minha infância indo para eles, só não entendia o motivo desta vez, que eu me lembre eu não estava doente.
A primeira coisa que vi foram os olhos azuis e intensos do meu pai, nesse momento eu me lembrei do que havia acontecido comido e pela primeira vez senti raiva dele... Raiva que se dissolveu ao receber um abraço apertado.
– gomen Okabe, eu não pude chegar a tempo. – dizia em meio aos soluços.
As lágrimas manchavam o seu belo rosto, seus olhos estavam levemente avermelhados, eu nunca vi meu pai naquele estado, ele sempre se mostrou um homem tão forte... Eu apenas limpei o seu rosto com as minhas mãos pequenas e o abracei, não importa o que havia acontecido ele estaria comigo para me proteger sempre.
***
Minha mãe ficou aterrorizada com o que havia acontecido, e nos primeiros meses culpou meu pai, mas ambos sabiam que a culpa cabia apenas ao meu tutor. As brigas logo acabaram quando minha okaa-san soube que estava grávida do segundo filho; no começo me senti um pouco enciumado, pois gostava de ter a atenção dos meus pais apenas para mim, depois acabei aceitando melhor a idéia de ter um irmãozinho... Os psicólogos disseram que seria bom ter um irmão por perto, isso ajudaria a curar meus traumas.
Depois do que havia acontecido na casa do meu tutor eu nunca mais havia encostado em um piano, creio que o simples fato de olhar para um me lembrava o Takashi. Tornei-me uma criança mais calada do que já era e sempre tinha pesadelos, eram raras as minhas noites de bom sono.
***
O tempo passava e eu sempre freqüentava terapeutas, mas nenhum conseguia me ajudar, talvez pelo fato de que eu não queria ser ajudado, eu não confiava em mais ninguém.
Tudo se tornou relativamente pior quando se iniciou uma guerra no Japão, e por ser muito pequeno eu não entendia a dimensão de tudo que estava prestes a acontecer.