Fanfics Brasil - O que ele faz aqui? ˙·٠•●* Um casamento Diferente·٠•●* [Terminada]

Fanfic: ˙·٠•●* Um casamento Diferente·٠•●* [Terminada]


Capítulo: O que ele faz aqui?

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Queria dedicar este capítulo a vitoria10 e rbdteamo.Bjos.


Anahí desceu depressa  os degraus que davam ao bar e entrou. Estava escuro e cheio de  bebedores que aproveitavam a hora do almoço para tomar um trago. Não via a  Paul; não era o suficientemente alta como para divisá-lo entre as cabeças de homens de negócios trajados que tinha a seu redor. Enquanto se abria caminho entre os clientes, sentiu um estremecimento. A idéia de que a vissem ali, de que a reconhecessem a aterrorizava. Por isso foi um alívio distinguir entre a multidão no extremo oposto do local a cabe-leira  loira de  Paul. Paul, alto, sofisticado e atraente, pôs-se de pé ao vê-la aproximar-se dele. Anahi se sentiu orgulhosa.

        - Chegou tarde – se queixou ele.
        - Sinto muito, não pude escapar antes  – explicou ela ofegando, enquanto se deixava  cair no assento e dava  outra  olhada  no lugar, temerosa de encontrar alguma cara conhecida.
         - Não siga. Está em outra parte da cidade.
Anahi baixou a cabeça, escondendo a cara ruborizada detrás do cabelo loiro.
        - Esse homem dali me está olhando!
        - A maioria  dos homens olham às  mulheres bonitas...  e você é extremamente  bonita,  meu amor  –  murmurou  Paul  em  voz baixa, adotando um tom  íntimo enquanto tomava-lhe a  mão.  – Chateia-me ver que todos te olham quando passa.
        - De verdade? – perguntou ela assombrada por seus ciúmes.
        - Por que não vamos para o meu apartamento?  – sorriu Paul desenhando lhe o lábio inferior com o dedo.
Any ficou rígida.
 - Não posso.  - Ainda não.  -  Já sabe como me sinto – murmurou. O medo se apoderou dela.
Ele trocou sua expressão por um gesto frio e duro.
       - Paul, por favor...
      - Por isso se vê, está  brincando comigo enquanto seu marido es-tá de viagem.
       - Amo-te – os olhos dela se encheram de tristeza e ansiedade.
      - Então quando vais dizer lhe que quer te divorciar? – exigiu ele.
       - Logo. Estou procurando o momento apropriado. – Anahi se havia posto pálida,  e  nos traços  bonitos  de  sua  cara  expressava certa tensão.
       - Tendo em conta que ele só dorme contigo uma noite ao mês, posso esperar sentado aqui até o ano que vem, segundo você. Talvez o ame ao desgraçado...
       - E acha que é possível? - Você sabe bem que nosso matrimônio não é como outros.
      - E não querem os Jornais aproveitar-se dessa situação? – riu Paul zombador.
       - Não me faz nenhuma graça, Paul.
      - Bom. O único que me tranqüiliza é saber que se eu não for seu amante, ele tampouco o é. - Um verdadeiro mistério. - Te olhe. -     A esposa virgem depois de cinco anos. - E entretanto a ele é estranho uma vez que se vê com uma jovenzinha pendurada no braço. – Possivelmente seja um homossexual não declarado.
O estômago dela se revolveu. Pensou que tinha sido uma loucura lhe contar ao Paul a verdade sobre seu


casamento. Não se tratava de que fosse usar o em seu contrário. Tinha verdadeira confiança em Paul, mas se dava conta de que sua confissão podia resultar perigosa, embora servia para acalmar o ciúmes do Paul para com Alfonso.
       - Não fale assim dele! – queixou-se Any.
- Acaso não está cansada dele? Não acredito que jamais tenha a valentia de lhe dizer que quer ser livre novamente. Pareceme que estou perdendo o tempo contigo.
      - Não, isso nunca – disse ela aterrada ante a idéia de perdê-lo.
Não podia imaginar-se voltar para os tempos de sua vida sem o Paul. Uma vida aborrecida, vazia. Dias intermináveis. Sem nenhuma vida social. Não tinha amigos. Observavam-na em todos os lugares em que ia. A porta de seu cárcere se fechou no dia de seu
casamento, e ela tinha sido tão tola, tão ingênua de não dar-se conta até que tinha tentado quebrar as grades.



 



     - Então quando? – pressionou ele.
     - Logo. - Muito em breve. - Prometo-lhe isso.
      - Não entendo por que não recolhe suas coisas e vai. Não se pode dizer que não tenha motivos para te divorciar dele. O adultério não vai passar se de moda enquanto ande por aí Alfonso Herrera .
      - Tenho que fazê-lo bem, Paul. - Não crer que lhe devo isso ao menos?
     - Não acredito que lhe deva nada. - Nem sequer é seu marido ante os olhos da igreja nem da lei – Paul insistiu.
      - Tenho-me que ir! – disse Anahi olhando o relógio de pulso.
Paul lhe rodeou os ombros e a beijou com demonstrada maestria.
      - Te ligarei – lhe prometeu. - Amo-te.
Anahi saiu correndo. Estava perto do cabeleireiro em que tinha reservado hora para uma longa sessão de massagem. Era muito arriscado encontrar-se com o Paul. E sua cabeça lhe dizia que quanto mais demorasse para confessar a verdade a Alfonso e lhe pedir o divórcio, mais se arriscava a que fosse descoberta. Mas, então, o que importaria realmente?
A Alfonso não importava o que fazia ela. Via-o uma vez ao mês quando ele passava por Londres, e no ano anterior nem sequer o tinha visto com essa freqüência. Às vezes Alfonso lhe pedia que organizasse um jantar de negócios. Mas não era freqüente. Tinha ocorrido poucas vezes, e muito espaçadas. Inclusive se estava acostumado a comunicar com ele através do pessoal de sua empresa, em caso de necessitá-lo.
Durante o tempo que estavam casados, Alfonso não a tinha convidado a sair nunca, nem sequer a tinha levado a uma festa. Estava acostumado a levar a outras mulheres nesse caso, mas a sua esposa jamais.Alfonso dormia na ala da casa que tinha acondicionado para si. E inclusive as poucas noites que tinham dormido baixo o mesmo teto, tinha-o ouvido sair tarde, e retornar ao amanhecer. Quer dizer que nem sequer se podiam contar essas noites como compartilhadas com ele. Por um momento recordou quanto tinha chorado e se perguntou o que tinha feito para que as coisas fossem assim, e que podia fazer para atrair sua atenção. Com raiva, quis apagar essas lembranças de sua mente. O tempo se ocupou de que aqueles tempos tivessem ficados sepultados. A jovem noiva tinha crescido e era mais sábia agora.
      - Sinto muito. Esqueci-me da consulta – murmurou Anahi na recepção do salão de beleza, e além disso insistiu em pagá-la de todos os modos.
O proprietário, Charlie, ofereceu-lhe começar com ela uma sessão imediatamente, mas ela se desculpou dizendo que se o fazia tarde, e se sentou a esperar a seu cabeleireiro.
       - Oh! Senhora Herrera, seu guarda-costas deixou uma men-sagem para você – lhe disse Charlie baixando a voz e a cabeça.
Any ficou tensa e pálida.
       - Tranqüilize-se – Charlie a olhou com cumplicidade. – Eu lhe disse que estava na sessão de massagens.
       - Obrigada – agora Any se pôs rubra.
       - Será melhor que o da mensagem. O senhor Herrera lhe está esperando
em casa.
Que Alfonso o que? Alfonso a estava esperando.... Alfonso, que alguma vez a tinha esperado em cinco anos? Alfonso estava em casa quando não o esperava até a seguinte quinzena? Involuntariamente, Alfonso se estremeceu; lhe revirou o estômago. Sentiu terror.
Charlie se sentou a seu lado, e lhe disse:
      - Pequena, sei que não é o tipo de garota para jogar com isto.
      - Não sei o que está...
      - Leva vindo a este salão há cinco anos. E há dois meses não faz mais que te pôr tinta – suspirou.  - E não queria passar para a histó-ria como um estúpido capaz de facilitar um álibi à senhora Herrera  - Dá-me a impressão de que seu marido é um tipo capaz de lhe romper os dedos a quem faz uma falta assim. - Dão-me tremores de só pensá-lo.
      - Sinto muito – Anahi se sentiu envergonhada.
      - E eu sinto não poder te ajudar mais, porque foi bonito ver-te feliz por um tempo.
      - Senhora Herrera?
Anahi olhou ao Boyce, seu guarda-costas, que projetava uma sombra grande e escura sobre ela que ficou de pé, Boyce jogou um olhar de desconfiança ao Charlie, quem se encontrava muito perto da esposa de seu chefe.
    Logo que se acomodou na limusine se desmoronou. Charlie sabia que ela estava vendo alguém. Sentia-se tão humilhada. E também se sentia terrivelmente culpada. Seu cabeleireiro além disso tinha medo de ver-se envolvido em um escândalo matrimonial. Embora o certo era que nada disso seria possível, já que Alfonso não tinha nem a menor idéia do que fazia ela. Mas o brincalhão Charlie, que tantas vezes se riu de suas depressões, estava sinceramente assustado.
    Todo mundo tinha medo ao Alfonso. E entretanto ela jamais o tinha ouvido gritar. Durante os primeiros tempos de seu matrimônio, Anahi tinha sentido terror de Alfonso, mas com o tempo esse terror se foi esfumando, e adquirindo a forma real da indiferença de Alfonso para ela. Simplesmente parecia que Anahi não existia na escala de seres humanos importantes para Alfonso. Ele se tinha casado com Anahí  para obter as ações que seu pai tinha dado a ela. Sua esposa era parte de um acordo de negócios, nada mais.
    E entretanto, ela tivesse jurado que tinha havido momentos, no princípio da relação, em que Alfonso a tinha tratado com muito ódio; um tempo em que cada palavra dele soava como uma ameaça para ela, quando a só presença de Alfonso a fazia sentir em perigo. Então tinha aprendido a evitá-lo sempre que podia. Tinha aceito casar-se com ela pelas ações. Mas não obstante o divórcio não parecia ser uma idéia que o convencesse. E isto era algo que Anahí não alcançava a compreender.
    E agora Alfonso, que não tinha dado o mínimo sinal por volta dela em cinco anos, tinha voltado para casa e a estava esperando. Era algo que a punha nervosa. Subiu os degraus da enorme casa obstinada a sua bolsa como se procurasse amparo em algo.
    “ A esposa infiel “, pensou com tristeza.


 


    Mas ela não era sua esposa na realidade, recordou-se, como o tinha feito desde que tinha conhecido ao Paul. Teria que lhe haver pedido sua liberdade muito tempo atrás.  Mas seu pai se pôs fora de si, e se houvesse sentido terrivelmente decepcionado.
    Anahí se tinha passado os primeiros dezessete anos de sua vida agradando a seu pai, Max. E fazia cinco anos, por conselho dele, casou-se com Alfonso, e esse tinha sido o maior erro de sua vida. Alfonso lhe tinha tirado a liberdade, e não lhe tinha dado nada em troca. Mas tudo isso era história passada, recordou a si mesmo. Fazia apenas dois meses que seu pai tinha morrido, por causa da enfermidade coronária que tinha prejudicado sua saúde durante anos.
        - O senhor Herrera a está esperando na sala – lhe informou Petros, o mordomo.
Anahí ficou mais nervosa ainda. Como norma geral, ela não via Alfonso  até a hora de jantar, por isso suspeitou que algo não ia bem.
Alfonso estava de pé, perto da chaminé recoberta de mármore. Era um homem alto, que irradiava uma presença extremamente masculina. Alguma vez havia sentido que seu coração se estremecia ao olhá-lo, que lhe afrouxavam as pernas, e que lhe custava pronunciar qualquer palavra frente a ele. Agora em troca, Anahi o via como se entre eles houvesse um biombo de cristal. Tinha aprendido a distanciar-se dele, como primeira medida.
    Alfonso Herrera, o legendário magnata grego, possuidor de um grande poder e uma grande fortuna. Tinha uma elegância natural que aumentava com o delicioso gosto na escolha da roupa: sapatos de pele acabados a mão, ou um fabuloso traje em tecido de mohair e seda. Era um homem pelo que qualquer mulher morreria, tinha pen-sado Anahi com a ingenuidade e excitação dos dezessete anos.
    E Alfonso em efeito, era um atraente homem, sedutor por onde o olhasse. Um cabelo grosso cor ébano, a pele dourada, os olhos negros. E sabia, gostava que assim fosse, e se valia disso quando lhe vinha bem. Uma vez, embora ela quase não o recordava, ela tinha sido o branco dessa energia sexual que irradiava.
    Mas logo tudo tinha mudado.
    Anahi entrou na sala. A tensão flutuava no ambiente. Os profundos olhos negros de Alfonso a olharam atentamente.




Continuo ou não?Comentem.




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Autor(a): mariahsouza

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- Tem o batom borrado – e os dedos dele voaram para sua boca. Logo franziu o cenho e lhe disse - Não temos muito tempo, assim vou ser muito breve e direto. - Vamos a Paris.       - A Paris? – perguntou Anahí  como um eco, mais que surpreendida.Mas Alfonso já tinha aberto a porta, e lhe dizia impaciente:  ...



Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 114



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  • gabybrody Postado em 07/03/2009 - 20:00:07

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    A web foi linda, perfeita, MARA!!!
    Triste que acabou!
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    Mas AMEI DEMAIS!!!
    Amo suas webs!
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  • vitoria10 Postado em 24/02/2009 - 11:43:14

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  • vitoria10 Postado em 24/02/2009 - 11:43:13

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  • theangelanni Postado em 19/02/2009 - 17:42:48

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  • theangelanni Postado em 19/02/2009 - 17:42:35

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  • theangelanni Postado em 19/02/2009 - 17:42:24

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  • theangelanni Postado em 19/02/2009 - 17:42:13

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  • theangelanni Postado em 19/02/2009 - 17:42:01

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