Fanfic: ˙·٠•●* Um casamento Diferente·٠•●* [Terminada]

- Algo que devia fazer faz anos – Alfonso se tirou a camisa deixando-a junto à jaqueta.
      - Pode voltar a te pôr a roupa, por favor? – disse. Anahí sabia perfeitamente que suas palavras soavam ridículas, um fato que pouco a ajudava nessa situação.
      - Assusta-te ver algo que talvez você goste? - Deus! E pensar que estive a ponto de esbanjar meu tempo em cortejar a minha esposa. - Pensar que tinha pensado em fazer coisas estúpidas, como comprar flores ou te convidar a sair! - Sobe nessa cama.
       - Tornaste-te louco?
Antes que pudesse mover-se, Alfonso a tinha erguido e a tinha depositado em um divã que havia detrás dela. Subiu em cima dela com tanta rapidez que não ficou nem a mínima esperança de poder escapar. A situação a ultrapassava.
       - É minha esposa – a voz do Alfonso soou como um grunhido, e pelo tom empregado parecia que com essa afirmação estava justificado.
       - Sai de cima! – Está me esmagando! – gritou-lhe Anahi furiosa, rechaçando-o com força. - Vá te buscar uma garota bonita das tuas. Pelo menos com ela não precisará mentir.
       - Não minto. - Como ia mentir?
Alfonso se apertou contra ela, colocando uma de suas pernas entre as dela. Movia-se desavergonhadamente, lhe fazendo notar adura protuberância de sua masculinidade.
       - Não é nenhuma mentira.
       - É desagradável. – disse-lhe ela acalorada, enquanto notava um calor entre suas pernas.
       - Desejo-te – disse ele afundando sua boca na curva do pescoço do Anahi.
       - Não! – disse Anahí com pânico, de uma vez que sentia que uma espiral de sensações de calor se apoderava dela.
Ele levantou sua cabeça morena, e a olhou com desejo. Então a beijou apaixonadamente, com um gesto que indubitavelmente queria expressar sua posse sobre ela e um intento por dominá-la. E ela sabia perfeitamente; e lutava por não sentir o que sentia. Mas em cada movimento de sua língua, lhe demonstrava que ela queria mais e mais. Anahi elevou as mãos até a pele acetinada dos ombros de Alfonso, abraçando-o.
 Rodaram pela cama, e lhe tirou a camiseta, deixando ao descoberto seus seios, que ao roçar o pêlo do peito do Alfonso lhe fizeram articular um gemido selvagem. Um segundo depois, ela estava arremesso de costas novamente, e as mãos dele acariciavam as tenras colinas que tinha descoberto um momento antes.
Ela fechou os olhos. Faltava-lhe o fôlego, e a tinha abandonado totalmente sua parte racional. A boca do Alfonso por fim alcançou os mamilos, e ela se arqueou de prazer, com uma ferocidade que jamais tinha conhecido antes. Seu coração galopava. Alfonso a acariciava com a língua e com os dentes, atormentando-a com o prazer de sua boca nos mamilos, que já se ergueram para ele.
Então ela dirigiu seus próprios dedos à cabeleira de Alfonso, e gemeu pela quebra de onda de sensações que a invadia.
       - É minha.- disse ele em um gemido, de maneira que ela apenas se deu conta que falava em inglês.
    De todos os modos ela não o estava escutando atentamente. Então Anahi elevou a cabeça e tocou a boca sensual dele com seus lábios, e logo, de maneira mais descarada, com a ponta de sua língua, imitou inconscientemente o que ele acabava de lhe ensinar. Alfonso se estremeceu e aceitou o convite, reagindo com uma paixão que a transbordou. Os braços dele a apertaram tão forte, que logo que podia respirar.
Rodaram novamente, envoltos e uma excitação que nenhum dos dois podia controlar.
Anahi ouviu o rasgo da voz de Alfonso. Ela estava perdida totalmente na onda de calor e a fragrância de seu corpo. Ele estava tão excitado, que sua fragrância era como um afrodisíaco que lhe punha a pele arrepiada. Cada parte de seu corpo musculoso em contato com a pele de Any a deixava louca de prazer. Cada carícia era uma incitação a mais.
Seus seios se tornaram incrivelmente sensíveis  de repente, e ele jogava com ela com a maestria erótica que o caracterizava. Alfonso jogou também com os cachos de seu púbis, e entrou no coração de sua feminilidade lhe arrancando um gemido de prazer.
 Ela não podia ficar quieta; não dominava seus membros. A onda de desejo se deu procuração dela. Seus quadris se moviam com um ritmo que acabava de descobrir. Uma sensação de prazer quase intolerável ia lhe crescendo, até que por fim a obrigou a pronunciar o nome dele uma e outra vez.
Alfonso disse algo em grego e gemeu contra sua boca vermelha e torcida dela.  - “Não posso esperar”.
 Então ele entrou onde ela mais o desejava. Subiu-lhe as pernas com impaciência, deslizando-se pela tenra bem-vinda que ela dispensava graças aos preparativos dele. Abriu os olhos grandes, seus olhos azuis, intensos de paixão. Podia senti-lo, tão quente, como suave e duro de uma vez e por momento tão ameaçadoramente masculino. Ela procurou os rasgos tensos da cara de Alfonso, e por um momento viu nele tal expressão de vulnerabilidade, que seu coração deu um salto. E então lhe desejou tanto que quase lhe doeu. 

Ele entrou nela lentamente, brandamente, com um gemido afogado por momentos. Ela sentiu uma leve dor, que lhe esqueceu em meio de uma tormenta de desenfreada paixão que a derreteu por completo. Cada vez sentia mais, e ia em busca de uma nova satisfação. Ele se moveu mais rápido. Ela o abraçou. O coração do Anahi bombeava cada vez mais rápido, e então ocorreu uma explosão de calor e prazer que a transportou, deixando sua mente em branco.
       - S`agapo... s`agapo - disse Alfonso penetrando nela violentamente, logo seu corpo inteiro tremeu, com espasmos de prazer, com toda a força de quem por fim se deixa arrastar.
Anahi ainda não tinha voltado para a terra, seguia flutuando em seu próprio prazer. Pegou-se a ele, cheirando sua fragrância, pressionando seus lábios sobre os morenos ombros dele. Foi a luz. E um silêncio caiu sobre os dois. Anahi estava exausta, e passou da irrealidade ao sonho, com o corpo estendido em cima de Alfonso.

Ouviu a voz de Alfonso, falando em grego. Mas ela estava na cama, como era possível? Pestanejou para voltar para a realidade. Logo centrou sua atenção no Alfonso. Estava de pé, olhando pela janela, com um telefone móvel em uma mão. Anahi se sentiu confusa. A sua mente acudiram imagens da noite anterior.
Não podia explicar como tinha ocorrido. Isso era o pior. Primeiro lhe tinha estado gritando furiosa, e logo...
Enquanto ficava rígida debaixo dos lençóis, uns músculos pouco familiares se queixaram e uma leve moléstia lhe recordou toda a paixão que tinha surtido entre ambos na noite anterior.
Anahi se ruborizou. Desde não ser porque Alfonso estava presente, tivesse pensado que era um sonho. Ou um pesadelo...
De repente sentiu certa identificação com as atrativas garotas que rondavam ao Alfonso, mas ela certamente esta à cauda.
Porque as garotas de Alfonso certamente saberiam no que se metiam. E ela, em troca, tinha sido se separada de seu caminho sem saber como. Tinha tomado a decisão de abandonar ao Alfonso e isso lhe tinha dado fortaleza. Mas então ele a tinha levado a cama, tinha-a beijado, e inexplicavelmente a balança de poder se inclinou do lado do inimigo. Porque ele era o inimigo. Qualquer pessoa capaz de reduzi-la a esse nível era o inimigo.

Sua vista, por outra parte, recreava-se nele. Em sua cabeleira negra, no largo de seus ombros que desenhava o tecido da jaqueta, nos quadris estreitos que nesse momento desenhavam as mãos que se metiam nos bolsos da calça do traje, nas pernas largas que se separavam levemente. Então compreendeu como tinha ocorrido.
Deu-se conta então, de que tinha reprimido toda atração sexual pelo Alfonso, como medida de autodefesa. Mas tinha sido pior, porque no momento em que tinha tido a liberdade de aflorar, tinha-o feito com soma intensidade. Traiu a si mesmo nos braços de Alfonso. Como sempre havia dito ele que ocorreria.
Sentiu vontades de chorar. Mas se absteve.
Alfonso se deu a volta, e foi para a cama. O depredador lhe sorriu. Tinha um ar de autocomplacencia, e a olhou expressando-lhe sentou-se então na borda da cama, e lhe disse:
       - É uma manhã estupenda.
Ela ouviu a chuva golpeando nos cristais.
       - Em Atenas – adicionou. - E se me diz que não vais vir... não, não te atreveria. - Não, depois do que ocorreu ontem à noite.
       - Isso foi sexo, nada mais – disse Any com gesto severo.
Alfonso sorriu e baixou a cabeça para lhe dizer:
       - Só sexo não. - Sexo fabuloso, maravilhoso, incrível. - Se não fosse porque o jato nos está esperando, seguiria na cama.
       - Ontem te deixei – disse Anahí com os dentes apertados.
       - Meu deus! - E hoje estamos mais perto que nunca. - A vida é imprevisível. - Pensa nisto como se fosse o primeiro dia de nosso casamento.
       - Não quero ir a Atenas – protestou Anahí.
       - Mas o fará – lhe disse ele incorporando-se. - Minha família se reunirá para te conhecer na casa de minha mãe. - Não me importa se tiver que te levar a rastros e gritando todo o tempo. - Para que saiba, tomaste a decisão ontem à noite!
      - Tem-no feito de propósito – se queixou Anahi.
       - Sim – respondeu ele. - Bom, e agora, por que não te veste? Dava-lhe instruções à criada para que te fizesse a bagagem. - Pensei que o que tivesse aqui não te serviria para a Grécia.
Anahi se incorporou na cama. Sentia-se mal realmente.
Foi ao quarto de banho. Sua própria estupidez  a tinha levado a este suplício.
Ela tinha acreditado que Paul estava apaixonado. Tinha sido Paul para ela uma forma de evasão de seu matrimônio? O teria utilizado para sentir as forças necessárias para abandonar ao Alfonso? Porque a idéia de que alguém a amava lhe tinha dado forças, tinha-lhe dado confiança em si mesmo.
Paul não a amava. Mas, ela o tinha amado realmente?
Tinha sido muito doloroso descobrir que ele a tinha visto somente uma vez como um objetivo rentável. Mas, o tinha saudades ela ainda? Não. Tudo tinha terminado. Não queria voltar a ver o Paul. Tinha-o amado realmente? Ou tinha sido produto de sua grande solidão?

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