Fanfics Brasil - Conversa ..... ˙·٠•●* Um casamento Diferente·٠•●* [Terminada]

Fanfic: ˙·٠•●* Um casamento Diferente·٠•●* [Terminada]


Capítulo: Conversa .....

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A limusine viajava a grande velocidade entre o tráfico de Atenas. Pela extremidade do olho via Alfonso servir um gole. Serviu outro a ela sem que o tivesse pedido. Bebeu sem fixar-se no conteúdo. Parecia suco de laranja. A atmosfera era tensa. Ela  se sentia nova-mente ameaçada.
Onde tinha dormido ele a noite anterior? Era de madrugada e ele ainda não tinha chegado. Tampouco tinha ido almoçar. Embora ela não podia dizer que se sentisse decepcionada por sua ausência. Isso sim, tinha tido que maquiar-se a fundo para dissimular o vermelho de seus olhos. Não gostava de absolutamente conhecer a família de Alfonso nesse estado. Parecia um molho de nervos.
Ergueu-se um silêncio tenso entre eles. Por momentos o tolerava e por momentos falava de coisas sem importância para dissimulá-lo.
       - Quando voltarmos a Londres tentarei arrumar o escritório de minha mãe. - Max me disse que o cuidasse. - Talvez poderia ter um...
        - Gaveta secreta? – disse ele sarcasticamente.
Anahi estava resolvida a encontrar  esse certificado, o tinha jurado. Não era justo que ela fosse a refém para que a família de Alfonso estivesse a salvo de algo. Embora pensava que era paranóico de parte de Alfonso pensar que esse certificado fosse ainda uma ameaça, apesar da morte de Max.
Sem querer, Anahi deixou escapar esse pensamento pela boca.
        - Não penso correr esse risco – disse Alfonso.
        - Vou terminar pensando que está tampando um crime ou algo assim, um pouco verdadeiramente horroroso! – disse ela trêmula.
        - Não é nada tão dramático! – disse ele com uma gargalhada. - Pode ter a consciência tranqüila.
        - Eu gostaria que me dissesse algo sobre o certificado – disse ela duvidando.
        - E pôr a seu alcance a tentação? Pensa que não sei quão desesperada está por ser livre? Crê-me tão estúpido?
        - Não faria mal a sua família – disse Anahi pálida.
        - Espera a conhecê-los.
        - E isso o que quer dizer?



Alfonso se separou dela. Decididamente tinha um gesto amargo. Anahí começou a pensar que a reunião familiar que iam ter, não ia ser muito tranqüila. Ou estava equivocada?
Por que se obstinava em atuar como se para ela as fotos com o Paul não tivessem sido uma surpresa? Os novos e frágeis laços que eles tinham esboçado se viram destruídos pela lembrança brutal do passado.
Any reconhecia que em sua intenção de defender-se, tinha usado essas fotos para desafogar-se, e que talvez tinha sido um engano.
Estava furiosa. A culpa  não era de Alfonso. Estava furiosa porque não era capaz de tomar as rédeas de  sua vida. Sentia-se vítima de seu pai, de quem havia tentando ganhar a aprovação até o fim de sua vida, e inclusive vítima de Paul Woods.



Devia aceitar que a frustração, o arrependimento e a humilhação tinham sido produto de sua passividade. Alfonso não tinha participado de sua decisão de aceitar o matrimônio que lhe tinha proposto seu pai. Essa era uma realidade devastadora. E o pior era que ela não a tinha querido ver até esse momento.
Em nenhum momento, durante os cinco anos de casamento, atreveu-se a discutir a situação, e Alfonso não tinha estado em posição de exigir sua liberdade. Em parte não era estranho de que Alfonso pensasse que ela tinha estado obcecada com ele, ou que não queria perder seu status e sua folgada posição econômica.
E agora pensava como se teria sentido ela se lhe tivessem mostrado uma série de fotos íntimas com outra mulher... haveria se posto furiosa. Mas Alfonso tinha sido sempre muito discreto. Nunca se tinha deixado surpreender em uma atitude desse tipo com uma mulher. Tinham cheio as revistas de intrigas e suspeitas, mas nunca tinham tido nenhuma prova de que ele tivesse uma relação íntima com uma mulher. Reconhecia que jamais tinha tido a intenção de machucá-la.
Alfonso lhe tinha dado o status que seu pai tinha querido para ela, como preço de seu silêncio. Que mais podia esperar? O amor não tinha sido parte do trato nem sequer então. E de um modo ou outro ela ia ter que suportá-lo.



        - Ontem... – disse ela sem saber muito bem o que ia dizer, mas com a firme intenção de cortar o abismo que se elevou entre ambos.
        - Queria te matar – murmurou Alfonso com uma entonação neutra.
- Mas não me tinha dado conta do que quão amargurada estava. - Nunca me tinha ocorrido me pôr em seu lugar. - Você sempre parecia contente. - Não mostrava nenhum sinal de infelicidade.
       - Não estava ali para vê-lo, e além eu aprendi a esconder meus sentimentos.
       - Por que ficou comigo? - Preciso saber – disse Alfonso. - Agora me dou conta de que não podia ser por dinheiro, quando estava disposta a perdê-lo tudo e ir com o Woods. - Então por que seguiu do meu lado durante tanto tempo?
Anahi tinha as bochechas acesas. O olhar dele era como uma acusação que pesava sobre ela.


 



- A primeira vez que te vi... bom, sei que te parecerá estúpido agora, mas para mim foi amor a primeira vista.
       - Não me parece estúpido – disse ele.
Era difícil lhe dizer essas coisas, e Alfonso queria ajudá-la fazendo ver o que estava dizendo não era uma tolice. Mas a Anahí custava falar dos sentimentos. Tinha sido tão fácil dizer “te amo” ao Paul quando ele o havia dito a primeira vez...
       - Aconteceu-te alguma vez? - Quero dizer, algo assim, como um amor a primeira vista? – sussurrou ela, de modo quase inaudível.
       - Sim – respondeu ele. - Foi algo instantâneo, e me deu muito medo. - Estava como atordoado, tinha perdido o controle. - Eu não gostei.
Anahi baixou a cabeça. Era evidente que se referia a Dulce Kiriakos. Ele tinha então dezoito anos, recordou Anahi. Mas lhe doía de todos os modos saber que outra mulher tinha sido capaz de despertar no Alfonso um sentimento tão intenso. E se imaginou que se Dulce não tivesse estado tão preocupada com seus estudos, Alfonso tivesse seguido apaixonado por ela.
       - Estava-me contando como se sentia... – recordou-lhe Alfonso.
       - Era tão inocente... - No princípio pensei que você sentia o mesmo. - Você sozinho estava falando comigo, mas eu não tinha experiência, e não me dava conta – disse ela com amargura. - Assim pode me jogar a culpa pelo que Max fez. - Se não me tivesse apaixonado por ti e o tivesse demonstrado tão claramente, talvez ele não tivesse pensado nunca em te chantagear...



       - Não foi tua culpa, sei que te joguei a culpa no banco, mas disse o que primeiro me ocorreu. -  Você não tinha a culpa, mas foi a filha de Max, e a pressão com a que tinha vivido até sua morte combinada com o descobrimento da caixa que não continha o que eu procurava, fizeram-me perder a cabeça. - Talvez seja um pouco tarde, mas lamento o modo em que se inteirou dos entendimentos de seu pai.
Anahí estava estranhando de que não tivessem chegado já à casa de sua mãe. Por isso tinha dado a entender Alfonso, que não era muito longe. Mas logo pensou que talvez não queria que conhecesse sua família em um momento de tensão como esse que atravessavam: preferia guardar as aparências.



       - Acredito que é importante que sejamos sinceros um com o outro. – Havia me dito que você me amava no princípio de nosso casaamento... - Quando deixou de me amar? – perguntou ele baixando o olhar.
       - Simplesmente te excluí de minha vida. - Não recordo quando.
       - Então por que seguiu comigo?
       - Meu pai estava tão orgulhoso de meu casamento contigo, que também queria ganhar seu amor.
Alfonso suspirou profundamente.
        - Olha Alfonso, de todos os modos não pretendo que se sinta mal por isso. - Teve a má sorte de se encontrar comigo, e que eu estivesse apaixonada por ti. – Meu pai nunca me fez conta, e logo você tampouco. - Não foi um trato vantajoso. - Mas era algo ao que estava acostumada, a que me organizassem a vida.
        - Mas te fiz mal. - Devo te haver feito muito dano continua-mente – a voz do Alfonso soava severo.
        - Se não ter grandes aspirações e o suficiente respeito por ti mesma, aceita que lhe firam, porque de certo modo acho que por isso que o provoquei. - E eu o provoquei.
       - Você não provocou nem dez por cento de tudo o que eu te tenho feito passar.
Anahi deixou de olhar para o nada e fixou os olhos em Alfonso. Passava-se nervosamente os dedos pelo cabelo, e estava pálido.
       - Por que te tem que sentir culpado? – perguntou ela confusa. - Nós não estávamos casados realmente.
       - Mas agora o estamos. - Tem o copo vazio. - Me deixe que te sirva outro gole – disse ele.
Anahi se sentia um pouco enjoada. Se não tivesse sido porque estava bebendo suco de laranja, teria jurado que estava afetada pelo álcool.
       - Passamos por esta rua antes? – perguntou ela vendo uma igreja que resultava familiar.
       - Talvez Giorgio esteja tratando de encontrar um atalho – disse Alfonso
       - Dá-me a sensação de levar toda uma vida metido neste carro.
       - As conversas importantes podem ter esse efeito.
       - Pensei que eram indignas de ti.
       - Não, quando meu casamento está em jogo.
Anahi não podia acreditar no que ouvia. Não era o tipo de afirmação que pudesse fazer Alfonso Bebeu novamente o suco.
       - Sabe? - É magnífico... – murmurou Anahi como se falasse sozinha, e era verdade, não havia mais que vê-lo tão alto, moreno.
Alfonso se sentou mais perto e tomou a mão.
       - Quero que me perdoe por minha atitude de ontem.
Anahi sentia que Alfonso lhe estava dizendo o que ela queria ouvir. E havia algo que lhe dizia que não era sincero. “Meu casamento está em jogo”. Não podia ser.
De repente se deu conta de que até que o certificado não aparecesse, Alfonso quereria seguir casado com ela. No dia anterior, ela, pela primeira vez, enfrentou-se ao Alfonso. E talvez ele temesse que Anahí estivesse disposta a separar-se sem medir as conseqüências para sua família e para ele mesmo.
       - Não deve dizer isso. - Na realidade eu fui um pouco insensível.
       - Não, fui eu o insensível.
       - Mas eu...
       - Foi culpa minha – a voltava a interromper, um pouco irritado.
       - Mas eu devia...
       - Não quero ouvir uma palavra mais – disse ele com um sorriso incrivelmente atraente.
Mas Anahi notava a irritação que ele logo que podia reprimir e que esticava a atmosfera.
       - Alfonso... - Não vou te deixar outra vez – lhe disse ela, sentindo-se culpado pelo fato de que ele se visse obrigado a frear seus supostos impulsos a partir de seu lado. - Sei que não posso, a não ser que encontre esse certificado.
       - Impossível – disse ele, cortante.
       - Mas você me deixaria ir imediatamente se aparecesse.
       - Eu não diria isso.
       - Abrirá uma garrafa de champanha e dançará, então?
       - Não diga tolices.
Alfonso sustentou o copo que ela esteve a ponto de atirar, e logo o deixou a um lado.
       - É essa a mesma igreja de antes? Não estará perdido Giorgio?
Alfonso desprendeu o telefone e lhe disse algo ao chofer.
Anahí  moveu os ombros e se tirou os sapatos.
Logo se perguntou por que tinha feito algo assim. E a verdade era que se sentia muito relaxada, e de uma vez excitada.
Alfonso a observava. Logo tomou a mão. O sangue do Anahi se acelerou. Seus seios ficaram alerta. Seus mamilos se tornaram mais sensíveis.
Houve um silêncio longo. E logo, Alfonso, em um movimento rápido, aferrou-se aos quadris de Anahi, e a pôs em cima dele. Então a beijou apaixonadamente, desesperadamente.
Anahi lhe olhava como se estivesse à margem da cena.
      - Alfonso?
      - Não sabe o que está fazendo... – murmurou ele.
       - Sei o que quero fazer – então Anahi riu, e lhe lambeu a linha da boca.
As mãos de Alfonso se posaram nos antebraços dela, e em um movimento que pareceu afastá-la, apertou-a ainda mais contra ele. Voltou-a a beijá-la com paixão.Anahi desfrutava de seu beijo, e a excitação crescente se ia dando procuração dela como uma onda que a envolvesse.
De repente ele parou, apoiando sua cara contra a dela, e lhe disse.
       - Sou um desgraçado... - Sou tudo o que você me chamaste e mais, e agora daria dez anos de minha vida por fazer o amor contigo. - É uma agonia...
Any pensou que à frase certamente seguiria um “mas”.
       - Em seu suco de laranja havia vodca, Anahi.
       - OH!
       - É algo desagradável o que tenho feito, mas necessitava que falasse e que estivesse relaxada. O carro, além disso, está girando  todo o tempo, fazendo círculos. - Por favor, me perdoe.
Quando Anahi se afastou, Alfonso tremeu, como uma reação que contrastava com a tensão e a excitação desse momento. E Anahí riu, porque de repente ele lhe pareceu muito gracioso. Sabia que essa duplicidade nele devia incomodá-la, mas a imagem de Alfonso feito uma autêntica confusão de sensações, o fazia graça.
       - Tem consciência...
       - Sim, e agora mesmo me está matando. - Theos! - Sempre é assim contigo. - Desejo-te tanto, que faria tudo.
Anahi descobriu nas palavras de Alfonso um poder dele que não conhecia. Não lhe tinha ocorrido que fosse tão desejável para ele. Mas ela se dava conta de que excitação era mútua. Não obstante, ele era um macho que procurava, sobre tudo, sensações físicas. Certamente não tinha nada que ver com as fantasias adolescentes que Any  tinha albergado durante tanto tempo, mas igual gostava do que ele dizia, e se dava conta de que nunca tinha valorado seus próprios encantos.
       - Não tenho seios grandes.
       - O que?
       - Ou pernas longas.


 


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Autor(a): mariahsouza

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 114



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  • gabybrody Postado em 07/03/2009 - 20:00:07

    AMEI! AMEI! AMEI!
    A web foi linda, perfeita, MARA!!!
    Triste que acabou!
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  • vitoria10 Postado em 24/02/2009 - 11:43:14

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  • vitoria10 Postado em 24/02/2009 - 11:43:13

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  • theangelanni Postado em 19/02/2009 - 17:42:48

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  • theangelanni Postado em 19/02/2009 - 17:42:35

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  • theangelanni Postado em 19/02/2009 - 17:42:24

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  • theangelanni Postado em 19/02/2009 - 17:42:13

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  • theangelanni Postado em 19/02/2009 - 17:42:01

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