Fanfics Brasil - Sensações inesperadas. ˙·٠•●* Um casamento Diferente·٠•●* [Terminada]

Fanfic: ˙·٠•●* Um casamento Diferente·٠•●* [Terminada]


Capítulo: Sensações inesperadas.

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Vlw pelos comentários.



- Ele não me revelou nada.
- E se você não o tem, deve saber quem o tem.
O chofer abriu a porta e ela quase caiu do assento. Olhou a rua do bairro residencial quase com pânico. Tivesse querido correr. Ela sabia onde estava. Era o apartamento de Alfonso em Paris onde ela tinha passado uma noite de núpcias inesquecível, sozinha.
         - Tenta-o – disse Alfonso com tranqüilidade. - Corre e verá o que acontece. - Não chegaria nem à esquina.
Aterrada, Anahi entrou no edifício frente a eles, e se meteu no elevador.
         - Lembranças... – disse Alfonso, como se pudesse ver o que ela estava pensando.
Any sabia que ainda não tinha saído do estado de choque. Não dizia nada, sabia que não estava em condições de desafiá-lo. Alfonso estava preparado. Tinha estado esperando o momento da vingança. Do mesmo modo que teria esperado a morte de seu pai para liberar-se dela.
        - Há muitas coisas que posso fazer por ordem de outra pessoa, mas compartilhar a cama contigo não é uma delas. Seu pai podia me obrigar a me casar contigo mas não podia me seguir ao dormitório e me forçar A...
        - Te cale! – gritou-lhe ela histérica.
        - Por que não lhe contou alguma vez a verdade de nosso casamento?
Any se tampou a cara em um intento de não ouvir mais.
        - Por favor, mais não... – murmurou, e não lhe importou rogá-lo.
Mas lhe sujeitou pelos ombros com firmeza e lhe disse:
        - Por que aceitou a triste realidade de sua cama matrimonial vazia durante todos estes anos e não disse nada? - Por que?
Em um ato de arrojo, Anahi saiu correndo e atravessou o hall do imenso apartamento e alcançou o dormitório no outro extremo do corredor. Meteu-se nele e passou a chave. Tinha o estômago revolto, e teve que ficar quieta um momento até que por fim pôde tirar a roupa, e meter-se na ducha.
“Meu pai, extorquia-o”, repetia suas palavras. sentia-se tão suja. Era a primeira vez em sua vida que se sentia verdadeiramente suja. E não sabia que podia fazer para sentir-se limpa novamente.
Sua mãe. Que tinha morrido quando Anahi tinha quatro anos, era uma lembrança difusa. Era a filha de um pequeno aristocrata, que se tinha afastado de sua família por casar-se com  Max. Mas Max não lhe havia dito a sua filha por que. Nunca o tinha explicado.
A infância do Anahi tinha sido uma sucessão de babás e internatos de uma idade muito nova. Max viajava incessantemente, e sempre que lhe tinha pedido para ir viver com ele. Tinha chorado muito antes de que se desse conta de que para seu pai ela era excesso de bagagem, e que um homem frio e distante. De todos os modos reconhecia que seu pai se preocupou por ela mais que por nenhuma outra pessoa.



Tinha estado sempre orgulhoso de sua beleza, de sua educação, e seu dom para a música. Agora se dava conta de que essas tinham sido umas vantagens de grande valor social para seu pai. Max tinha sido ambicioso com relação a sua filha. Tinha querido que se casasse com um homem rico e poderoso. Ele mesmo tinha vivido em contato com a alta sociedade, e queria que sua filha fosse membro de todo direito dessa mesma classe social. Mas Anahí tinha carecido de um verdadeiro calor de lar. E essa carência afetiva a tinha levado a fazer todo o possível por ganhá-la aprovação e o amor de seu pai.


Como ia imaginar se que Max não era um homem de negócios legal? Como podia imaginar-se que sua privilegiada vida tinha sido financiada com um pouco tão ruim como o conteúdo da caixa forte? E menos ainda, Como poderia ter suspeitado que tinha extorquido ao Alfonso para que se casasse com ela?. Finalmente compreendia a farsa de seu casamento, muito tarde.
Os cinco anos tinham passado, não podiam recuperá-los nem ela nem Alfonso. Não sentia saudades que a desprezasse. E que estivesse seguro de que ela conhecia o segredo que não devia conhecer-se, “para proteger a minha família”, havia dito.


O gracioso do caso era que ela não tinha a mínima curiosidade por conhecê-lo. Alfonso podia seguir guardando-o toda a vida. Em todo caso a família de Alfonso eram estranhos para ela. Não conhecia sua mãe, nem a suas três irmãs. Muitas vezes se perguntou o que lhes diria a respeito de seu casamento. Mas se teria incomodado em lhes ex-plicar algo? Como Max, Alfonso não era amigo de dar explicações.
Como podia pensar que ela o amava?  Era humilhante. Não só se tratava de um marido ao que tinham obrigado a casar a ponta de pistola, mas também além disso acreditava que sua mulher, depois de cinco anos de desprezos e infidelidades, ainda  o amava.


A água da ducha seguia caindo, e de repente Anahi sentiu que uma estranha força se apoderava dela. Inclusive começou a sentir pena pelo Alfonso. Acreditava que ela podia usar a chantagem além da morte de seu pai.  A notícia de que ela estava apaixonada por outro homem certamente seria um alívio para Alfonso.
Any tinha perdido cinco anos de sua vida, mas nem um dia mais. Seu pai tinha exercido plena autoridade sobre ela. Logo Alfonso tinha tomado a substituição, e ela o tinha aceito sem mais nem menos.
E tinha sentido medo durante tanto tempo... Medo  pelo mundo que havia fora de seu irreal mundo de privilégios. Temor pelo desprezo de seu pai. Temor de que a verdade sobre o casamento terminasse com a débil saúde de seu pai se inteirava. Mas não mais medos, disse-se.
Se Alfonso tinha sido uma vítima, ela também o tinha sido. E entretanto não armava tanto escândalo como ele. A vaidade de Alfonso a indignava.
Um golpe forte soou na porta.
      - Abre! – exigiu Alfonso.
Anahi fez um esforço por não ouvir. Já tinha bastante com o que tinha ocorrido anteriormente. Não queria saber nada dele. Alfonso não tinha uma só virtude que pudesse comovê-la. Cinco anos atrás  entretanto havia sentido uma grande atração por ele. Tinha o eleito então com o coração, não com a cabeça.
      - Anahi! – voltou a golpear Alfonso com impaciência.
Não era um homem que respeitasse às mulheres. Ia atrás de todas elas, loiras morenas, dava igual. Isso sim, todas tinham pernas longas, peitos imponentes e cabelo comprido. Anahí não tinha nenhum desses atributos, e alguma vez tinha sido um tortura para ela, já que a imagem que tinha de si mesmo, débil e insegura, não se tinha visto beneficiada com esta carência.
Mas tinha muitas outras virtudes. E devia lhe agradecer ao Paul por havê-lo descoberto. Paul lhe tinha ensinado a valorar-se, pondo-a em primeiro lugar. Ele a tinha ajudado a aceitar-se a si mesmo. Em troca Alfonso sempre a tinha humilhado e desprezado. E agora por que tinha que sentir-se culpado? Acaso não tinha pago já os pecados de seu pai?
Quando estava fechando a ducha e alargando a mão para alcançar a toalha, um golpe enérgico atirou a porta abaixo. Esta ficou pendendo da dobradiça, e deixou a figura do Alfonso ao descoberto. Seu corpo vigoroso ocupando a porta da habitação.
       - Para que te encerraste aqui? – perguntou furioso.
       - Tornaste-te louco? –Anahi se sentia intimidada pela presença dele, mas também estava furiosa.
       - Fizeram-me responsável por seu bem-estar!
Referia-se a seu bem-estar ou a sua própria segurança?. Era por isso que tinha atirado a porta como um homem das cavernas? Tinha medo de que se atirou pela janela ou de que fora a fazê-lo? Evidentemente isto último o tivesse posto em um apuro.
Anahi, lhe jogando um olhar de incredulidade, começou a recolher sua roupa.
       - Sua pele tem a cor das camélias – disse ele.
Alfonso estava olhando descaradamente, algo que a turvava terrivel-mente.
      - Tira a toalha – lhe exigiu.
Anahi não podia acreditar no que ouvia. Mas Alfonso esperava que sua ordem fosse cumprida. Demonstrava-o em seu gesto espectador.


Anahi sentiu que lhe secavam os lábios, que seus pulmões ficavam sem ar, que um calor asfixiante se apoderava de seu corpo inteiro. Seus seios de repente se voltaram pesados, seus mamilos se ergueram voltando-se mais sensíveis.
       - É tão pequena, mas guardas umas proporções tão perfeitas... – murmurou ele no denso silêncio.
Anahí não podia acreditar no que ouvia da boca do Alfonso. Este era um Alfonso que ela jamais tinha conhecido, mas que de algum modo sempre tinha suspeitado que podia existir. Era um homem que despedia uma vigorosa sexualidade. Havia  algo perigosamente fascinante na cor-rente sexual que emanava dele, algo atávico e elementar. Dava a sensação de ser predador como ele mesmo se nomeou alguma vez com candura. E o era, agora ela o podia comprovar.


 - Desculpa-me? vou vestir me, se não te importa – murmurou ela inexpressiva.
       - Não falará a sério, verdade? – disse ele como se ela fosse a que se estava comportando de modo estranho.
Anahi estava indignada. Alfonso podia deixar de lado o ódio e o ressentimento que havia entre eles e pensar no sexo. Por que? por que estava meio nua somente?. Parecia que a libido de Alfonso despertasse com pouca coisa.
       - Quero me vestir – insistiu.
       - É tímida. Mas me estiveste esperando durante muito tempo – disse ele com satisfação.
Anahi riu. Não pôde evitá-lo. Era uma risada histérica que rompia o silêncio como um cristal que se rompe.
       - Basta...
Lhe caiu a roupa das mãos ao dá-la volta e tampá-la cara com as mãos trêmulas. Era um gesto histérico, descontrolado, que a assaltava sem aviso. Estava furiosa por sua própria reação, mas sua fúria aumentou ainda mais quando sentiu os braços do Alfonso ao redor dela, assaltando-a pelas costas. Ficou paralisada.



Ele a tinha empurrado contra um corpo morno e vigoroso, ameaçando-a com um contato físico tão perturbador como desconhecido. Não podia acreditar que ele a estivesse tocando. Parecia algo irreal. Durante cinco anos se comportou como um leproso que se afasta. E agora, de repente, queria tocá-la, como se estivesse em seu direito. Mas não tinha nenhum direito, e não desejava suas mãos sobre seu corpo.
        - Talvez não saiba onde está esse certificado. Talvez o tenha destruído Max. - Mas possivelmente o tenha alguém em suas mãos esperando para ativá-lo como uma bomba...
As palavras que usou a fizeram tremer.
Alfonso lentamente ia dando a volta. Anahi  não se deu conta de quão forte podia ser um homem comparado com uma mulher, até que Alfonso a levantou do chão como se fosse uma boneca e a apertou contra ele.
Descalça não lhe chegava nem ao ombro, e antes de que ele se inclinasse para ela, as bochechas do Anahi roçaram o peito viril que aparecia pela camisa de seda, quando se abriu inesperadamente sua jaqueta. Anahi logo que podia respirar ante a essência de sua masculinidade.
      - Me olhe – lhe disse cortante.
      - Por favor, me deixe partir – atinou a dizer ela.
Alfonso tomou o queixo e ficou olhando-a, como se não a tivesse ouvido.
Anahi sabia dos fatos acontecidos essa tarde e o ataque de fúria de Alfonso, tinham sido se separados de sua mente, e que outras necessidades lhe urgiam em é momento.
Anahi sentiu um torvelinho de sensações que jamais havia sentido. Seu corpo estava tenso, e parecia recolher todos os estímulos provenientes daquela atmosfera.
           - Alfonso... – ouviu-se dizer, enquanto sentia que seus pés se apoiavam no tapete.
           - Faz tanto tempo que não te ouço pronunciar meu nome – disse ele em um tom profundo.
          - Não... – disse ela.
O dedo polegar do Alfonso percorreu o lábio inferior de Anahí, fazendo-a tremer. Ela tentou mover-se, mas a outra mão dele a sustentava com firmeza apoiada em suas costas.
Alfonso a olhou intensamente, e com o polegar separou seus lábios e se internou na boca dela, enquanto a palma lhe acariciava a bochecha. Era um gesto mais erótico que jamais tinha experimentado, e o pior era que lhe estava desencadeando uma série de reações físicas que reconhecia como uma traição de seu corpo a si mesmo.
Era evidente que ele se divertia com suas reações, mas seu olhar expressava além disso uma grande satisfação. Anahi o notava na ex-pressão de seus olhos.
Alfonso era um professor nas técnicas e na arte de seduzir, uma arte que redundava em seu próprio benefício, aumentando seu próprio prazer. E estava acostumado a procurar esse prazer sempre que aflorava o desejo.
       - Quero... – Anahi não podia dizer mais de uma palavra.
       - Mais? – Alfonso a soltou de repente, e lhe sorriu. - A próxima vez que te peça que tire a toalha, faça-o, pequena – lhe aconselhou brandamente.


Anahí sentiu que essa insinuação podia ser mais dolorosa que um murro. Quando a porta se fechou atrás dele, Anahi se desmoronou. Tinha-o desafiado, tinha-o irritado. Estava confusa. Todos esses anos, nada, e agora...
Por que agora? Recordava o que lhe havia dito momentos antes: que seu pai não tinha podido obrigá-lo a compartilhar a cama com ela. E, entretanto, quando afloravam seus instintos, parecia que qualquer mulher lhe vinha bem.
O que estava claro era que Alfonso tinha que demonstrar que era um macho. Lhe expor o divórcio nessas circunstâncias tivesse sido contraproducente, porque o tivesse levado ainda mais longe em seus intentos de intimar com ela.
Não era o melhor momento de falar do Paul.
Anahí  recolheu seus objetos novamente.
A questão era que seu marido se deu conta de que existia, embora só fora da forma que para ele contava uma mulher: sexualmente.
    Mas estava indignada. Não entendia como se atreveu a tocá-la. Não tinha direito. E além disso, certamente, era-lhe infiel a alguma mulher. E por descontado se aproveitou de seu desejo, em caso de que tivesse existido. Ele era assim. Estava acostumado a tomar, não a dar.



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Autor(a): mariahsouza

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Alfonso tinha trabalhado duramente para levantar as empresas familiares que tinha herdado, a herança dos Andreakis. Ninguém lhe tinha dado nada, nem lhe tinha feito favores. E ele não fazia tampouco. Mas seguia a seus inimigos até a morte, e quando tinha a sua presa, retornava vitorioso. Lutava constantemente por sua supremacia.     ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 114



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  • gabybrody Postado em 07/03/2009 - 20:00:07

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    Triste que acabou!
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  • vitoria10 Postado em 24/02/2009 - 11:43:14

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  • vitoria10 Postado em 24/02/2009 - 11:43:13

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  • theangelanni Postado em 19/02/2009 - 17:42:48

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  • theangelanni Postado em 19/02/2009 - 17:42:35

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  • theangelanni Postado em 19/02/2009 - 17:42:24

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  • theangelanni Postado em 19/02/2009 - 17:42:13

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  • theangelanni Postado em 19/02/2009 - 17:42:01

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