Fanfic: ˙·٠•●* Um casamento Diferente·٠•●* [Terminada]

Alfonso tinha trabalhado duramente para levantar as empresas familiares que tinha herdado, a herança dos Andreakis. Ninguém lhe tinha dado nada, nem lhe tinha feito favores. E ele não fazia tampouco. Mas seguia a seus inimigos até a morte, e quando tinha a sua presa, retornava vitorioso. Lutava constantemente por sua supremacia.
    Esse tinha sido o aspecto do caráter do Alfonso que Max tinha valorado mais. E finalmente lhe tinha servido ao Alfonso em bandeja de prata, tratando de convencer a de que embora ele não tivesse falado de amor, seria um perfeito marido.
    De que marido falava seu pai? Ela jamais tinha tido um marido. Mas cinco anos atrás ela não tinha podido adivinhar o futuro.
    O curioso era que suas lembranças dos primeiros encontros não coincidiam absolutamente com o dele. Tinha terminado a escola secundária, e tinha aperfeiçoado a técnica em acertos florais, que tolice! Deveriam lhe haver ensinado melhor, um curso sobre homens...
    Alfonso tinha aparecido na entrada da sala de música, sem que ninguém o houvesse convidado ou chamado. Tinham-no feito esperar por Max na sala de espera e ele devia havê-la visto pela janela, porque para chegar à sala de música tinha que sair da sala de espera, atravessar o hall, passar pela outra habitação e entrar na sala de música através de um hall. Assim, Como podia ter o descaramento de lhe dizer que ela tinha preparado o encontro?

    Tinha-o visto de repente na entrada e, apaixonou-se por ele a primeira vista. Sua presença a tinha impressionado. Era como um deus grego que lhe tinha aparecido em todo seu esplendor.
É uma baforada de ar da primavera nesta triste paisagem de inverno  lhe havia dito Alfonso.
E provavelmente o tinha copiado de alguém, mas ele tinha pronunciado essas palavras.
    A ela não lhe tinha ocorrido que ele estivesse interessado nela, a não ser nas novelas. Porque tinha surtido uma conversação entre eles. Não tinha demonstrado sua falta de juro e ignorância para o mundo vegetal, e ela se deixou enganar.
    Inclusive lhe havia dito que seus olhos faziam jogo com as violetas, e esse completo lhe tinha saído tão torpe como o primeiro, o que deu a impressão a Anahi de ser um homem tímido, apesar de dissimulá-lo com certa sofisticação.
        - Tímido Alfonso?
Não lhe havia dito nada sobre sua entrevista com seu pai. Parecia havê-lo esquecido mas bem, até que a empregada tinha ido dizer lhe  que seu pai lhe chamava e então se ficou desconcertada ao encontrá-la com o Alfonso.

Direilhe que o está esperando – havia dito Anahi a Alfonso, e tinha subido rapidamente até a biblioteca de seu pai.
      - Quem é ele? – tinha-lhe perguntado a seu pai com alegria e fantasia.
      - Alfonso Herrera– seu pai a tinha cuidadoso esgotando os olhos.
      - Leva aqui um montão de tempo. - Não crie que devêssemos convidá-lo para jantar?
      - Parece que teve êxito...
      - Está casado?
E o tinham convidado para jantar. Tinha sido culpa dela, inteiramente culpa dela. Seu pai tinha pedido desculpas a Alfonso e logo os tinha deixado sozinhos, e nesse momento Alfonso lhe tinha feito um montão de perguntas pessoais a Anahi. Não se tinha incomodado em averiguar se tinha a idade apropriada. Sabia perfeitamente a idade que ela tinha.
Ao dia seguinte a tinha levado a dar uma volta em carro, mas seu pai duvidou em lhe dar seu consentimento. Este fato a tinha posto em evidencia diante de Alfonso, quem não teria tido a menor duvida a respeito da super proteção de seu pai.
        - Tenho a suspeita de que seu pai te vai olhar de cima abaixo a ver se tiver rastros digitais em algum lugar quando voltar, assim não te beijarei. - Não sei o que estou fazendo aqui contigo. - É muito jovem para mim.

E ela tinha sofrido muito na semana seguinte a seu encontro com ele, porque ele não a chamava nem dava sinais de vida. Ao Max a história o fazia pouca graça, e lhe tinha aconselhado que era melhor que não entregasse seu coração.
Herrera pode ter à mulher que queira. Mas não quero que te ronde, a menos que tenha na cabeça a idéia de casar-se contigo.
E o há dito? – perguntou-lhe alarmada.
        - Pode ser que você não te valorize. - Mas eu sim. - Enviei aos melhores colégios para me assegurar que tivesse um lugar digno com quem estivesse. - Quero que te case bem. - Um escarcéu amoroso com o Herrera  é algo que não está em sua agenda. - E pode estar segura de que não oferecerá nenhuma outra coisa, a não ser que lhe resulte rentável.
Alfonso tinha aparecido na segunda semana inesperadamente, com uma atitude agressiva com ela. Voltou-se a ficar jantando. Max se encontrava de um bom humor incrível. Max estava muito tranqüilo, e os observava todo o tempo, adicionando pouco à conversação.
Dois dias mais tarde, seu pai a tinha feito ir a sua biblioteca e lhe tinha informado que ele era o dono de inumeráveis ações em uma companhia naval chamada Petrakis International, ações nas que Alfonso tinha um desejo extremo.
      - Assim que as ofereci a ele grátis como presente de casamento – concluiu Max.
Anahi se tinha ficado consternada. Sim, ela estava louca pelo Alfonso. Mas que seu pai lhe tivesse devotado um capital por casar-se com lhe parecia humilhante.
       - Alfonso é grego. Compreende este tipo de trato – lhe tinha assegurado. - E espero que você também compreenda que um homem tão duro como Alfonso jamais tivesse pensado no matrimônio a não ser que fosse uma vantagem econômica para ele. Essas ações serão seu dote. - A escolha é tua. -  Quer ele ou não?

Anahi tinha saído correndo da habitação, chorando de raiva e desespero.
No dia seguinte, Max lhe tinha informado a respeito de sua deficiência cardíaca. Havia-lhe dito que não sabia quanto ia viver, e que estava sinceramente preocupada com seu futuro. Era outro golpe para Any. Max tinha posto a Alfonso pelos céus. Segundo Max, Alfonso era como um diamante bruto pelo meio social no que se criou, mas a ia tratar com respeito e honra como a sua esposa. Esse tipo de acerto era algo comum na Grécia. Se se casasse com o Alfonso estaria a salvo, segura pelo resto de sua vida.
      - Mas ele não me ama! – tinha protestado.
Max a olhou friamente e lhe disse:
      - Deseja-te...
      - Não tanto como a essas ações – protestou em voz baixa.
      - Depende de ti que este casamento resulte. - Estou te dando a oportunidade de te casar com o homem que amas.
Anahi voltou para presente, e se retorceu as mãos. Seu pai lhe tinha servido Alfonso em bandeja de prata. O tinha dado encadeado e algemado a conta de uma chantagem. Como não o tinha suspeitado!
Ouviu-se um golpe na porta. Era uma criada anunciando o jantar. Anahi não podia acreditar que fosse já a hora do jantar. Paul a chamava todas as noites às oito. Sabia que ela jamais saía de noite. Haveria lhe dito Petros que se foi a Paris? Levantou o telefone da habitação e marcou o número de seu apartamento.
       - Onde diabos está? – respondeu Paul imediatamente. - Petros me há dito que “o senhor e a senhora Herrera não estavam”. - O que quer dizer isso?
      - Voamos a Paris...
      - Vocês dois?
      - Olhe, havia um problema com a herança de meu pai e tive que vir. - Amanhã estarei em casa, querido. - Amo-te.
     - Que tipo de problema?
     - Nada importante – ocultou Anahi. Não queria contar os detalhes sórdidos do assunto ao Paul, ao menos por telefone.
     - Vai mostrar te as maravilhas de Paris, então? – burlou-se Paul.
     - Sair com o Alfonso? - Está brincando – forçou uma risada, aliviada de que Paul não estivesse zangado. – Sinto muito a sua falta. Pensei em ti todo o tempo.
     - Não vejo a hora de que chegue amanhã.
     - Me fará eterno... – disse. “Mas não posso usar novamente ao Charlie”, pensou, recordando ao Boyce, e perguntando-se como podia tirar-se de cima o guarda-costas.

Mas Anahi se sentia um pouco culpada de seus encontros com o Paul, já que quando ela se casou na igreja, fazia umas promessas nas que então acreditava...
     - Por que é tão covarde e não lhe expõe o divórcio, já que lhe importa tão pouco?  – dizia-lhe inumeráveis vezes.
Anahi suspirou fundo, baixou o telefone em um gesto que queria relaxar sua tensão.
Um calafrio percorreu todo seu corpo depois de deixar cair o telefone. Alfonso estava de pé, silencioso e quieto, como uma estátua.Anahí ficou paralisada ante semelhante visão.
Quis dizer “Alfonso...”, mas não pôde articular uma palavra.
     - O jantar... – murmurou Alfonso. - Mas termina  primeiro a chamada.
Levantando o telefone como um autômato disse:
    - Adeus – e pendurou.

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