Fanfic: Segunda Chance - AyA [Adp] {Finalizada} | Tema: AyA

Alfonso avisara aos pais que a visita não seria possível porque Anahi tivera uma recaída. Não mencionou se tratar de uma fuga por ele tê-la ignorado.
Anahi não reclamaria para eles. Ela nunca exigira nada de Alfonso.

E não estaria passando por aquele mau momento se não tivesse sido forçada a concordar em voltar para o rancho. Fora preparada pela vida para lidar com tudo sozinha.
Ele meneou a cabeça. Anahi era uma mulher forte, determinada. Merilee também o fora, mas sempre quisera as coisas a seu próprio jeito. E sempre exigira sua dedicação. Detestando-se por pensar aquelas coisas sobre a esposa, afastou-se dali. Assim, não poderia mais ver Anahi com Anna.
Precisava descansar. Na manhã seguinte, levaria as duas de volta para a fazenda. E na noite seguinte seus pais iriam visitá-los.
Não contara a Anahi sobre aquela complicação. Mas contaria no dia seguinte. Quando os dois estivessem mais descansados.

Anahi acordou com o resmungo de Anna um pouco depois das sete. Com o bebê a seu lado, não precisava de muito esforço para amamentá-la. E agora que sabia que estava retornando para a fazenda de Alfonso, onde Billy cuidaria delas, sentia-se mais confiante.
Desejou poder ter Maria de novo também. Mas Alfonso teria de pagar um salário extra, por isso não pediria a ajuda de Maria.
Após ter amamentado Anna, apoiou-se nos travesseiros e começou a falar bem baixinho com a filha.
— Ela entende você? — perguntou Alfonso, surpreendendo-a. Estava encostado no batente, com um leve sorriso nos lábios.
— Creio que não. Desculpe-me se o acordamos.
— Não se importe com isso. Seu sofá pode ser ótimo para nos sentarmos, mas como cama... Faltam uns trinta centímetros. Você está com fome?
Anahi ficara mal-acostumada na casa de Alfonso. Os desjejuns de Billy eram fantásticos.
— Sinto que não haja muita coisa aqui para preparar um bom café, mas posso...
— Eu não disse que era para você se levantar. — Alfonso se aproximou da cama, como se necessitasse segurá-la. — Liguei para Billy. A refeição estará pronta quando chegarmos ao rancho. Isto é, se estiver pronta para ir.
— Sim, não desarrumei minhas coisas ontem.
— ótimo. Carregarei as malas. Embrulhe bem o bebê e vamos embora. Pode fazer isso?

— Sim. Mas tenho que me vestir antes.
— Não é necessário. Ponha apenas o robe. — Alfonso virou-se como se fosse para o quarto da criança.
Anahi começou um protesto, mas se conteve. Por que não? Ainda precisava economizar energias. Então, sentou-se e alcançou o robe que deixara ao pé do leito. Após vesti-lo, escorregou com cuidado para a beirada e se colocou de pé.
Alfonso passou pela porta dos aposentos dela, com as coisas do bebê nos braços. Anahi esperou que ele tivesse deixado uma fralda descartável no quarto, assim poderia trocar a menina. Para seu alívio, descobriu que deixara várias.
Ela trocou Anna e enrolou o bebê num cobertor. Pegando uma colcha um pouco maior, tornou a envolver a menina.
Era primavera no Wyoming, mas isso não significava calor. Em geral, nessa época, os termómetros marcavam catorze ou quinze graus. Anahi não queria que sua filha pegasse um resfriado, com todas aquelas idas e vindas.
Uma vez acomodados no carro, Alfonso dirigiu para fora da cidade.
— Maria está a sua espera.
— Não!
Alfonso lhe deu uma olhada rápida, antes de voltar a atenção para a estrada.
— Não se deu bem com ela?
— Lógico que sim. Mas já posso fazer algumas coisas sozinha. Não o quero pagando mais nada para... cuidarem de mim.
Alfonso continuou dirigindo, sem falar, por vários minutos. Anahi se indagava se estaria bravo com ela outra vez.
— Bem, acho que ficará mais barato contratar Maria do que eu ter de parar de trabalhar para cuidar das duas. Posso parar, claro, mas...
Anahi viu-se diante de uma decisão difícil. Deixar Alfonso gastar mais dinheiro com ela e Anna ou tê-lo a seu dispor vinte e quatro horas por dia.