Fanfic: Segunda Chance - AyA [Adp] {Finalizada} | Tema: AyA

Duas vezes durante a noite, Anahi foi acordada por Anna querendo mamar. Na primeira, saiu da cama com dificuldade. Quando já estava em pé, Alfonso aparecera à porta do quarto, com Anna nos braços.
— Não precisa se levantar — dissera ele, passando o bebê para o colo dela.
Anahi o fitara, tentando alinhar os pensamentos. Será que ele esperava que amamentasse o bebê diante dele?
Como se tivesse lido sua mente, Alfonso falara:
— Estarei no escritório. Basta chamar quando ela estiver pronta para voltar para o berço. — E desaparecera.
Quando ela olhara para o relógio e vira que era quase meia-noite, decidira que Alfonso ainda deveria estar acordado, lendo. Assim, concentrara-se em alimentar sua filha. Depois, cobrira-se, chamando por Alfonso.
Com um sorriso, ele pegara Anna e a levara de volta para o berço. Anahi adormecera de imediato.
Às quatro, repetiram o processo, Alfonso de novo aparecendo antes que Anahi pudesse sair da cama, trazendo Anna.

— Agora, ela está mesmo faminta, Anahi . Chorou com toda a força de seus pequenos pulmões.

— É provável que precise ser trocada, — Anahi esfregou as pálpebras.
— Eu deveria ter pensado nisso. Estaremos de volta em um segundo.
Alfonso se virou e se foi. Anahi o ouviu conversando com o bebê e também quando o choro de Anna se transformou em leves murmúrios. Então, retornaram ao quarto.

— Anna está pronta para mamar, mamãe. — E estendeu-lhe a criança.

— Obrigada. Eu poderia ter feito isso. — Alfonso deu de ombros e deu-lhe as costas.

— Como consegue ouvir Anna do seu quarto, lá em cima?

— Eu estava no escritório. — Então, deixou-as.

Anahi ponderou sobre o que ele dissera. Será que tinha adormecido enquanto lia? Alfonso estaria exausto pela manhã. Talvez Anna pudesse dormir com ela. Assim o bebe não acordaria Alfonso.
Quando notou que Anna estava satisfeita, Anahi decidiu que deveria colocá-la no berço sem perturbar Alfonso. De qualquer forma, ele já deveria ter ido dormir. Tirando as cobertas e sem se importar em vestir o robe, levantou-se, com Anna nos braços.
— Por que não me chamou? — exigiu Alfonso, da soleira.
Anahi virou-se rápido e titubeou. Alfonso a apoiou antes que tivesse tido tempo até mesmo de pensar.
— Volte para o leito antes que desmaie — ordenou-lhe, com severidade. Tirou Anna dos braços dela e segurou as cobertas para Anahi se deitar.
— Mas você não dormiu quase nada...
— Nem você. — Então, Alfonso se inclinou e a beijou na face outra vez, antes de sair do quarto, levando Annia.
Anahi fechou os olhos. Aqueles toques suaves poderiam virar um hábito, que ela necessitava evitar. Uma imensa tristeza a invadiu até mesmo quando o sono tomou conta de seu corpo.

Alfonso deixou o estábulo e entrou apressado na cozinha.
— Você ouviu Anahi ou Anna, Billy?.
— Nem sinal.
— Certo, bem, apronte o café para daqui a quinze minutos. Vou lavar as mãos e dar uma olhada nas duas.
— Você manda, chefe. — Billy sorria.
Alfonso não tinha certeza se Billy estava de acordo com sua nova programação. Não que os argumentos do caubói fossem fazê-)o mudar de opinião, mas aquilo significava um trabalho extra para o homem.
Alfonso decidira levantar-se em seu horário normal, beber apenas uma xícara de café e executar as tarefas no estábulo antes que Anahi acordasse. Em seguida, voltaria para casa para tomar o desjejum com ela, antes de sair para o trabalho.
Depois de lavar as mãos, seguiu até a porta do quarto de Anahi . Em vez de bater, abriu-a e espreitou. Anahi ainda dormia, relaxada sob das cobertas.
O súbito desejo de juntar-se a ela, de acordá-la pressionando aqueles lábios macios, tomou conta dele. Mas se deteve. Ele e Anahi não eram mais namorados. E não eram um casal. Não eram nada, na realidade.
Ora, aquilo não era verdade. Estava cuidando dela naquele momento. E era o pai de seu bebe.
Como que para dar-lhe certeza, Anna choramingou. Alfonso saiu correndo dos aposentos de Anahi antes que ela percebesse que ele a observava. Dessa vez, trocou a fralda de Anna antes de levá-la para a mãe.
— O que está fazendo aqui? — perguntou Anahi , assim que ele entrou. — Já passa das oito.
Alfonso sorriu.
— Voltei depois de cuidar da cocheira para tomar o café da manhã com você.
Anahi franziu a testa.
— Alfonso, não quero que você mude sua rotina por minha causa. E nós precisamos conversar sobre ontem, também.

Anna tornou a chorar. Alfonso deu-a a Anahi .

— Amamente esta criança insistente. Depois comeremos juntos e conversare-mos sobre o que você quiser. — E saiu antes que ela pudesse contestar.
Entrou na cozinha, onde Billy tirava biscoitos do forno.
— Quer ajuda para alguma coisa? Anahi está amamentando o bebê.
— Por que não serve um copo de leite para Anahi ? Ela precisará tomar muito leite enquanto estiver amamentando.
— Não me diga que leu livros sobre amamentação também — brincou Alfonso, enquanto fazia o que Billy sugerira.
— Não. Mas sua mãe me informou isso ontem. E nada de cafeína. Por isso, fiz um café daquele pó que você trouxe para Leigh.
Alfonso franziu o cenho.
— Não foi o que tomei hoje cedo, foi? Será que é por isso que ainda estou dormindo? Café sem cafeína?
— Não! — Billy soltou uma gargalhada.
— Se você está com sono — disse Anahi , entrando — é porque acordou a noite inteira com Anna.
Alfonso ignorou o que escutou e correu para o lado dela.
— Venha sentar-se. Anna voltou a dormir?
— Sim. Mas não deveria ter acordado tantas vezes por causa dela. Não pode fazer isso e trabalhar o dia inteiro, Alfonso. Com ou sem cafeína.
Billy colocou a forma de biscoitos na mesa.
— Comam enquanto estão quentinhos.
Alfonso se sentou na frente dela e lhe estendeu a forma. Depois, serviu-lhe ovos mexidos com bacon enquanto Billy se juntava a eles.