Fanfic: Segunda Chance - AyA [Adp] {Finalizada} | Tema: AyA

Após dirigir a curta distância entre até o consultório do dr. Steve Lambert, entrou e pediu para falar com o médico.
— Olá, Alfonso! Está doente?— quis saber a recepcionista.
— Não, sra. McCallister. Quero apenas conversar com ele. Ah! E quero pagar a conta de Anahi Portilla também.
Alfonso obteve dela a mesma reação que vira no hospital. E sabia que os comentários seriam quentes aquela noite.
— A srta. Portilla já acertou um plano de pagamento, Alfonso. E até mesmo já pagou a primeira prestação no dia em que procurou o dr. Steve.
— Quando ela o contatou? Pensei que Anahi estivesse indo a um médico em Buffalo.
— A srta. Portilla veio aqui há duas semanas.
Aquilo deixou Alfonso até mais ansioso para falar com o médico.
— Dê-me o total do que ela deve, sra. McCallister, mais o custo de hoje. — Alfonso já tinha o talão de cheques em mãos.


Depois de pagar, sentou-se na sala de espera, de mau humor, observando os outros pacientes. Diversas mulheres estavam ali com os filhos pequenos e, sem nenhum esforço, Alfonso conseguiu visualizar Anahi naquele consultório, no futuro.
Anahi e a menina. Nem mesmo sabia o nome da pequena, mas estava certo de que Anahi já escolhera um. Ela parecia ter se preparado bastante para a chegada da criança.
Poucos minutos depois, a recepcionista o chamou:
— O doutor o receberá agora.
Alfonso foi levado para o consultório de seu amigo. Steve se levantou quando ele entrou e lhe ofereceu a mão,
— Ei, rapaz! Há quanto tempo! Como vai?
— Quero conversar com você sobre Anahi Portilla .
Steve o fitou, impassível.
— Por quê?
— Porque foi o parto de minha filha que você fez hoje. — A expressão de Steve não mudou.
— Imaginei.
— Eu não sabia até que fui ao hospital para visitar Maite . A enfermeira entrou no berçário com o bebê e vi a etiqueta de identificação, enquanto admirava meu sobrinho. — Alfonso não queria que Steve achasse que abandonara Anahi , como fez, embora não tivesse sabido da gravidez.
— Lamento que tenha descoberto dessa maneira. Quando ela veio aqui pela primeira vez, há quinze dias, perguntei sobre o pai, mas Anahi se recusou a falar qualquer coisa.
Alfonso não se surpreendeu. Na verdade, a coisa surpreendente era que Anahi tivesse colocado o nome dele na etiqueta.

Mas de repente lembrou-se da conversa dela sobre ter sido uma criança renegada, um bebê que ninguém queria. Nenhuma certidão de nascimento, nada de pais. Deu-se conta de que Anahi não faria a mesma coisa com o próprio filho, mesmo que isso tornasse as coisas mais difíceis para ela.
— Por que Anahi não o procurou antes, Steve? — O médico deu de ombros.
— Suponho que para esconder a gravidez...
— Ela fez mesmo o pré-natal em Buffalo? — Steve não se moveu para pegar a ficha dela.
— Você sabe que não é ético, nem legal, comentar formulários médicos, Alfonso.
— Sou o responsável por Anahi estar naquele hospital, Steve! Tenho o direito de saber.
— Pelo que sei, são necessárias duas pessoas para fazer um bebê.
Alfonso se levantou e pôs-se a caminhar pela pequena sala.
— Apenas me diga o que preciso fazer. Anahi está muito pálida e me parece triste demais. As duas estão bem?
— A criança está.
 Aquela Resposta Doeu no coração de Poncho.

A resposta doeu no coração de Alfonso.
— E Anahi ? — Respirando fundo, Steve falou:
— Teve diabete gestacional e pressão alta. A recuperação é demorada e difícil. — Franziu a testa. — A srta. Portilla perdeu muito sangue. Tivemos de fazer uma transfusão.
— Mas irá se recuperar?
Steve continuou a olhar para o papel. Então encarou Alfonso.
— Anahi foi avisada de que deveria parar de trabalhar por seis meses. Porém, trabalhou até uma hora antes do parto.
— Por quê? Por que ela faria isso? Não se importava com a criança? — Alfonso sabia que aquilo não fazia sentido, que Anahi não era assim.
— Eu diria que agiu assim porque precisava do dinheiro para conseguir sustentar a criança e a si própria.
— Deveria... — Alfonso começou a protestar, mas parou no meio da frase.
Anahi nem mesmo lhe contara sobre seu estado, muito menos lhe pedira auxílio. Mas como culpá-ia? O comportamento dele sete meses antes não fora nada amistoso.
— Mas Anahi vai ficar bem?
— Se se der tempo para se recuperar... Decerto precisará de ajuda nas duas primeiras semanas. Gostaria que ela não voltasse ao trabalho, pelo menos por seis semanas. Mas suspeito que recusará meu conselho.
— Você já lhe disse isso?
— Não conversamos desde o parto. Passarei no hospital para examiná-la ainda hoje, antes de ir para casa.
Alfonso estava ali fazia meia hora. Sabia que Steve era um médico dedicado, querido por todos em Franklin por não medir esforços em benefício dos outros.
— Contratarei alguém para cuidar dela, Steve. Anahi não ficará sozinha.