Fanfics Brasil - 011 - Capítulo III Amanhecer contigo [Adaptada AyA] (Finalizada)

Fanfic: Amanhecer contigo [Adaptada AyA] (Finalizada) | Tema: Rebelde


Capítulo: 011 - Capítulo III

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Capítulo 3



Se submeteu aos exercícios de má vontade, mas Anahí não se importou, sempre e quando cooperava. Seus músculos não sabiam que ele permanecia com a testa constantemente franzida; o movimento, a estimulação, era o que contava. Anahí trabalhava sem descanso, às vezes exercitando-lhe as pernas, às vezes dando-lhe massagens em todo o corpo. Eram quase dez e meia quando ouviu o ruído que, sem se dar conta, estava esperando ouvir a manhã toda: o repique dos saltos de Dul . Levantou a cabeça e então Alfonso ouviu também.

- Não - disse com voz rouca - Não deixe que ela me veja assim.
- Está bem - respondeu ela com calma, e subiu o lençol para tapar-lhe. Logo se aproximou da porta e saiu ao corredor para bloquear a passagem de Dulce, que se dispôs a entrar no quarto.

Dulce a olhou com surpresa.

-Alfonso está acordado? Eu só queria ver. Ele geralmente não levanta antes do meio-dia.

«Não me estranha que estivesse aborrecido quando eu o despertei às seis», pensou Anahí divertida. A Dulce lhe disse brandamente:

- Está fazendo seus exercícios.
- Tão cedo? -Dulce arqueou as sobrancelhas, surpreendida - Bom, estou segura de que fez o suficiente. Como acordou tão cedo, já estará pronto para tomar o café da manhã. Come muito mal. Não quero que pule as refeições. Vou ver o que ele quer...

Dulce se moveu para esquivá-la e entrar no quarto, mas Anahí se virou habilmente para bloquear de novo a porta.

- Sinto muito - disse com a maior naturalidade possível quando Dulce ficou observando-a paralisada - Já tomou o desjejum. Coloquei um horário pra ele, e é importante que o respeite. Faremos uma hora mais de exercício e logo vamos descer para comer, se quiser esperar até então.

Dulce seguia observando-a como se não pudesse acreditar no que estava ouvindo.


 


- Está me dizendo...? - murmurou, e logo se deteve e começou outra vez, levantando a voz - Está me dizendo que não posso ver meu irmão?
- Neste momento não. Temos que completar seus exercícios.
- Alfonso sabe que estou aqui? - perguntou Dulce, ruborizando-se.
- Sabe sim. Não quer que o veja neste mo¬mento. Por favor, tente compreender como se sente.

Os extraordinários olhos de Dulce se arregalaram.

- Ah! Ah, compreendo! - talvez compreendesse, mas Anahí duvidava. Uma expressão de dor brilhou um momento em seus olhos; logo deu de ombros levemente - Então..., o verei dentro de uma hora - se afastou e Anahí ficou observando-a um momento.

Pressentia suas emoções feridas em cada linha de suas costas. Não era estranho que a pessoa mais próxima ao paciente sentisse ciúmes da intimidade que se criava por força entre paciente e terapeuta, mas Anahí nunca deixava de se sentir incômoda quando isso sucedia. Sabia que aquela intimidade era passageira, que enquanto seu paciente se recuperava e já não necessitava de seus serviços, passaria a outro caso e o paciente se esqueceria por completo dela. De todos os modos, no caso de Alfonso não havia motivo algum para sentir ciúmes. O único que sentia por ela era hostilidade.

Quando tornou a entrar no quarto, ele girou a cabeça para olhá-la.

- Ela se foi? - perguntou, ansioso.
- Vai esperar lá em baixo para comer com você - respondeu Anahí , e viu que o alívio se refletia em seu rosto.
- Bem. Ela... Ficou destroçada quando isso aconteceu comigo. Ficava histérica se visse como estou de verdade - à dor escureceu seus olhos - É especial para mim. Praticamente a criei. Sou a única família que ela tem.
- Não, não é - precisou Anahí- Ela tem a Christopher.
- Christopher está tão concentrado em seu trabalho que raramente recorda que está viva - bufou ele - É um grande vice-presidente, mas não um grande marido.


 


Essa não era a impressão que havia extraído Anahí. Christopher lhe havia parecido muito apaixonado pela mulher. À primeira vista, ele e Dulce eram opostos.  Christopher era reservado e complexo, enquanto ela era tão veemente como seu irmão. Mas talvez cada um deles era o que necessitava o outro. Talvez a fogosidade de Dulce o fazia mais espontâneo; e talvez sua reserva temperava os impulsos de sua esposa. Mas Anahí não disse nada daquilo a Alfonso. Começou a fazer de novo os repetitivos exercícios, obrigando a suas pernas a executar os mesmos movimentos.

Era um trabalho cansativo e tedioso; cansativo para ela, tedioso para ele. Alfonso voltou a se por de mau humor, mas esta vez, quando lhe pediu que parasse, ela obedeceu. Não queria acovardá-lo, impor sua vontade em tudo Alfonso não havia tido uma manhã tão movimentada desde o acidente, e não queria forçá-lo mais.

- Uff! - suspirou e, ao enxugar a testa com o dorso da mão, notou a umidade do suor - Necessito um banho antes de comer. É uma boa ideia fazer um descanso.

Ele a olhou, e a surpresa dilatou seus olhos. Anahí sabia que ele não havia se fixado nela em toda a manhã; havia estado muito preocupado pensando em seu próprio estado, em sua própria desesperação. Ela lhe havia dito que teria que se esforçar, mas agora, pela primeira vez, Alfonso se dava conta de que ela também trabalhava duro. Aquilo tampouco ia ser um picnic para ela. Anahí sabia que estava um desastre, acalorada e suada.


 


- Um banho lhe cairia bem - disse ele com ironia, e ela desatou a rir.
- Não seja tão cavalheiroso - brincou - Espere e verá. Dentro de pouco não serei eu a única a suar, e não penso me compadecer de você.
- Não notei que já havia feito isso até agora - grunhiu ele.
- Me portei muito bem com você. O mantive entretido toda a manhã. Me assegurei de que tomaria um bom desjejum...
- Não tente a sorte - lhe aconselhou, e lhe lançou um olhar sombrio que ela recompensou com um sorriso .

Era importante que Alfonso aprendesse a brincar e a dar risada com ela para aliviar o stress dos meses seguintes. Anahí tinha que converter-se em sua melhor amiga, apesar de que sabia que aquela amizade estava sentenciada desde o princípio porque se baseava na dependência e na necessidade.

Quando Alfonso já não precisasse dela, quando tivesse recuperado sua vida normal, ela se iria e cairia no esquecimento. Sabia disso, e tinha que preservar uma parte de si mesma, ainda que o resto de suas emoções e seu esforço mental concentraria nele por completo.


 


Enquanto o ajudava a se vestir, sem que ele se zangasse como havia acontecido durante a manhã, Alfonso disse pensativamente:

- Parece que vai passar o dia me vestindo e me despindo. Se vamos seguir esta rotina, vamos economizar muito tempo se eu só levar umas calças de ginástica. Posso por uma camiseta para comer, e Alberta pode subir aqui as bandejas.

Anahí conseguiu ocultar sua satisfação e se limitou a dizer:

- Essa é a segunda boa ideia que você tem hoje - no fundo, estava entusiasmada. Desde um ponto de vista prático, Alfonso tinha razão: desse modo poupariam muito tempo e esforço. Sem embargo, Dulce ficaria excluída da maioria das refeições. O qual seria de grande ajuda.

Na realidade, Dulce não a desagradava. Tinha a impressão de que, se a tivesse conhecido em outras circunstâncias, poderia ter gostado muito dela. Mas agora quem lhe preocupava era Alfonso, e não queria que nada nem ninguém interferisse no seu trabalho. Quando trabalhava em um caso, se concentrava em seu paciente até o ponto de que todos os demais se desvaneciam na tela de fundo e deixavam de serem seres humanos em três dimensões para converterem-se em figuras de mentira.

Depois daquela manhã, Alfonso saturava quase por completo seus pensamentos, e se sentia tão em sintonia com ele que acreditava conhecê-lo por dentro e por fora. Quase podia ler seu pensamento e adivinhava o que iria dizer antes que o dissesse. Compadecia-lhe e sofria por ele, mas, sobretudo se sentia feliz porque podia observar sua vulnerabilidade sabendo que, ao cabo de uns meses, seria de novo um homem forte e atlético. Já tinha um aspecto melhor, pensou com orgulho. Seguramente se devia mais à ira que a seus esforços, mas tinha uma cor muito melhor. Podia seguir zangado com ela todo o tempo se ele lhe servia de estímulo.

Anahí se sentia muito satisfeita com seu trabalho quando entrou atrás dele na sala de jantar, mas aquela sensação se esfumou quando Dulce se precipitou até Alfonso com a cara banhada de lágrimas.


 


Alfonso! - disse com voz entrecortada.

Ele se pôs de imediato alerta e a tomou pela mão.

- O que houve? - perguntou com uma nota de ternura que faltava em sua voz quando falava com os demais. Somente Dulce lhe inspirava aquele tom carinhoso.
- O pátio! - gemeu ela - O banco da mamãe... Está destroçado! Converteram a piscina em um manicômio! É horrível!
- O que? - perguntou ele franzindo as sobrancelhas - Do que você está falando?

Dulce apontou para Anahí com um dedo trêmulo.

- Sua academia! Puseram o pátio de pernas pro ar!
- Não creio que seja para tanto - disse Anahí em seu juízo - Pode que agora esteja um pouco desorganizado, mas não deveria haver nada de pernas pro ar. Christopher está supervisionando a instalação do equipamento, e estou segura de que não permitirá que o pátio sofra nenhum dano.

- Venha vê-lo!

Anahí olhou seu relógio.

- Creio que deveríamos comer primeiro. O pátio não vai ir a nenhuma parte, mas a comida vai esfriar.
- Está tentando ganhar tempo? - inquiriu Alfonso com frieza - Eu disse, senhorita Anahí, não quero que esta casa mude.
- Não posso nem negar nem confirmar que se tenha feito alguma mudança, porque não saí lá fora. Estive com você a manhã toda. Sem embargo, confio no bom senso de Christopher, ainda que você não o faça - disse recalcando as palavras, e Dulce ficou furiosa.
- Não é que não confie no meu marido - começou a dizer com veemência, mas Alfonso a atraiu levantando uma mão.
- Agora não - disse - Quero ver o pátio.


 


 


 


Pronto ai está os cinco capítulos e se não tiver comentarios eu irei cancelar irei dar uma semana de praso e se daqui uma semana não estiver comentario...


Ñ faço isso pq sou mal, mas isso pq é ruim vc postar uma web e ter só um comentario sendo que já postei bastante =(


 



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  Dulce se calou imediatamente, ainda que parecesse aborrecida. Evidentemente, Alfonso seguia sendo o irmão maior, apesar de sua má saúde. Sua voz tinha o timbre inconfundível da autoridade. Alfonso Herrera estava acostumado a dar ordens e a que estas se cumprissem imediatamente. A manhã que havia passado com ela deveria ir absolutame ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 118



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  • maria_cecilia Postado em 19/12/2012 - 22:01:16

    aaa a web é lindaaaaaaaaaaaaaa

  • ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:03

    Ainh que pena que acabou =(

  • ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:03

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  • ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:03

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  • ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:02

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  • ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:02

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