Fanfics Brasil - 016 Amanhecer contigo [Adaptada AyA] (Finalizada)

Fanfic: Amanhecer contigo [Adaptada AyA] (Finalizada) | Tema: Rebelde


Capítulo: 016

318 visualizações Denunciar


 


Tampouco acreditava que pudesse dizer nada a Christopher a respeito disso. Como iria repreendê-lo quando ele se limitava a se mostrar amável? Amava sua esposa, Anahí estava segura disso. Sentia afeto e admiração por seu cunhado. Mas, ainda assim, Anahí sabia que não se equivocava ao interpretar sua atitude para com ela.

Outras vezes havia sido objeto de atenções indesejadas, mas aquela era a primeira vez que essas atenções não eram óbvias. Ignorava como encarar a situação. Sabia que Christopher jamais tentaria nada com ela, mas Dulce estava muito ciumenta.

Anahí se sentia em parte (em uma parte profundamente feminina de seu ser) bajulada por seu interesse. Se Dulce tivesse dedicado a seu marido a atenção que merecia, nada daquilo teria acontecido.


 


Mas tudo aquilo carecia de importância, dizia a si mesma. O único que importava era Alfonso, que começava a sair da prisão de sua paralisia, e se revelava cada vez mais como o homem que havia sido antes do acidente. Anahí esperava que um mês depois fosse capaz de se levantar. Não de caminhar, mas sim de sustentar em pé. Assim suas pernas se acostumariam a suportar de novo o peso de seu corpo. O que estava fazendo era assentar os cimentos, devolver-lhe a saúde e aumentar suas forças o suficiente para que fosse capaz de se pôr em pé quando ela pedisse.

Encheu de água quente um recipiente de plástico e meteu dentro para o frasco de óleo que usava para a massagem que, em um esforço por impedir que se resfriasse, lhe dava sempre antes dele se entrar na piscina. Não era provável que se constipara um dia de verão em Phoenix, onde as temperaturas superavam os trinta e sete graus, pensou Anahí com ironia, mas estava ainda tão magro e tão débil que não queria se arriscar. Ademais, Alfonso parecia gostar da massagem com o óleo morno, e desfrutava de muito poucas alegrias em sua vida.

Inquieta, Anahí passeou sem rumo pela academia, detendo-se para fazer alongamentos. Necessitava fazer exercício para liberar parte de sua energia, pensou, e se colocou no banco de pesos.

Gostava de levantar pesos. Seu objetivo era ganhar força, não desenvolver a massa muscular, e a tabela de exercícios que seguia estava desenhada para esse propósito. No caso de Alfonso, havia alterado o programa para reconstituir sua massa muscular sem inflá-lo como Mister Universo.

Se concentrou no que fazia, regulou cuidadosamente sua respiração e começou a fazer seus exercícios. Cima, baixo. Cima, baixo.

Acabou os exercícios de pernas e ajustou o sistema de polias e pesos para exercitar os braços. Começou de novo, ofegando. Quando as exigências que fazia a seus músculos alcançavam seu limite, experimentava uma sensação quase prazerosa. Outra vez. E outra.


 


- Maldita trapaceira! - aquele bramido a sobressaltou, e se endireitou bruscamente, alarmada.

Ficou olhando Alfonso com surpresa. Estava sentado na cadeira de rodas, ao lado da porta, a cara muito corada e crispada pela fúria.

- O que está acontecendo? - balbuciou ela.

Ele apontou para os pesos.

- Você levantas pesos! - gritou, tão zangado que até tremia - É uma trapaceira. O dia que fizemos guerra de braço, já sabia que iria ganhar. Diabos, quantos homens poderiam ganhar de você?

Ela ficou vermelha.

- Nem todos - respondeu modestamente, o qual pareceu fazê-lo se zangar ainda mais.
- Não posso acreditar! - cada vez gritava mais - Sabia como eu me sentiria porque me ganhou no braço, e ainda assim você apostou, e me enganou!
- Em nenhum momento eu disse que não me daria bem - pontualizou ela, tentando não cair na gargalhada.

Alfonso estava maravilhoso.

Se a raiva pudesse devolver a ele o movimento, teria começado a andar nesse momento. Deixou escapar uma risadinha, e Alfonso ao ouvi-la começou a esmurrar com o punho o braço da cadeira de rodas. Por desgraça, golpeava os comandos, de modo que a cadeira começou a se mover para frente e para trás como um potro selvagem que tentava se livrar de um jóquei inoportuno.

Anahí não pôde evitar: deixou de tentar se por séria e caiu na gargalhada até que lhe saltaram as lágrimas. Uivava. Golpeava o banco de pesos com o punho, imitando de brincadeira a maneira em que Alfonso havia esmurrado os comandos da cadeira; cruzou os braços sobre o estômago e boquejou, buscando ar, mas cada arrebato de raiva de Alfonso lhe produzia um novo paroxismo.

- Pare de rir! - gritou ele, e sua voz ricocheteou pelas paredes - Sente-se! Veremos quem ganha desta vez.


 


Ela estava tão débil que lhe custou chegar até a mesa de massagem, donde Alfonso havia apoiado o cotovelo e a estava esperando com cara de poucos amigos. Todavia rindo, se deixou cair contra a mesa.

- Isto não é justo! - protestou, dando-lhe a mão - Não estou preparada. Espere até que pare de rir.
- Foi justo me deixar acreditar que eu iria enfrentar uma mulher normal? - replicou ele.
- Sou perfeitamente normal! - contestou Anahí - Venci você limpamente, e sabe disso.
- Eu não sei nada parecido. Foi uma trapaça, e quero revanche.
- Está bem, está bem. Me dá só um minutinho - sufocou rapidamente o riso que teimava por sair e lhe apertou a mão. Começou a tencionar os músculos - De acordo. Estou pronta.
- No três - disse ele - Um! Dois! TRÊS!


 


Anahí, por sorte, havia adivinhado que ele se contrairia a toda pressa. Pôs todo seu corpo no esforço, consciente de que o peso que Alfonso havia ganhado e os dias que levava levantando pesos haviam aumentado suas forças. Não muito, talvez, mas o ímpeto que lhe dava a raiva e as gargalhadas que ela dera, talvez bastassem para que conseguisse vencê-la.

- Você me enganou! - lhe acusou com os dentes apertados enquanto oponia-se com todas suas forças ao empuxo de seu braço.
- Você merecia!

Passaram vários minutos ofegando, bufando e grunhindo, e o suor começou a correr pelos seus rostos.

Estavam bem próximos, quase cara a cara, e seus braços se tencionavam cada vez mais.

Anahí grunhia em voz alta.



 



Compartilhe este capítulo:

Autor(a):

Este autor(a) escreve mais 25 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

  O primeiro arrebato de força de Alfonso a havia superado, mas não havia bastado para por fim à guerra. Agora era uma questão de resistência, e ela acreditava que poderia vencê-lo. Podia tê-lo deixado ganhar para aplacar seu ego, mas não tinha valor para enganá-lo desse modo. Se Alfonso ganhasse, faria &agr ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 118



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • maria_cecilia Postado em 19/12/2012 - 22:01:16

    aaa a web é lindaaaaaaaaaaaaaa

  • ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:03

    Ainh que pena que acabou =(

  • ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:03

    Ainh que pena que acabou =(

  • ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:03

    Ainh que pena que acabou =(

  • ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:03

    Ainh que pena que acabou =(

  • ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:02

    Ainh que pena que acabou =(

  • ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:02

    Ainh que pena que acabou =(

  • ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:02

    Ainh que pena que acabou =(

  • ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:02

    Ainh que pena que acabou =(

  • ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:02

    Ainh que pena que acabou =(


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais