Fanfic: Amanhecer contigo [Adaptada AyA] (Finalizada) | Tema: Rebelde
O primeiro arrebato de força de Alfonso a havia superado, mas não havia bastado para por fim à guerra.
Agora era uma questão de resistência, e ela acreditava que poderia vencê-lo. Podia tê-lo deixado ganhar para aplacar seu ego, mas não tinha valor para enganá-lo desse modo.
Se Alfonso ganhasse, faria às custas de todos seus esforços.
A determinação estava dando para notar no rosto dela, porque Alfonso grunhiu:
- Maldita seja, agora você deveria me deixar ganhar!
Ela ofegava, buscando oxigênio.
- Se quiser me ganhar, vai ter que se esforçar - disse - Eu não deixo ninguém ganhar.
- Mas eu sou um paciente!
- É um oportunista, isso sim!
Ele apertou os dentes e empurrou mais forte.
Ela abaixou a cabeça de modo que a apoiou no oco do ombro de Alfonso e contra-atacou com todas suas forças.
Começou a notar que o braço de Alfonso ia retrocedendo bem devagar.
A exaltação que sempre lhe produzia vencer atravessou suas veias, e derrubou o braço de Alfonso sobre a mesa de golpe, deixando escapar um grito de júbilo.
Suas respirações encheram o lugar.
O coração trovejava nos ouvidos de Anahí como os cascos de um cavalo à galope. Seguia recostada contra ele, com a cabeça apoiada sobre seu ombro, e notava o batimento do seu coração através de todo seu corpo. Se afastou dele lentamente e deixou cair seu peso sobre a mesa.
Alfonso se colocou em frente e caiu também sobre a mesa como um fantoche, inalando profundas baforadas de ar enquanto sua cara ia perdendo seu rubor até adquirir um tom quase normal.
Ao cabo de um momento, ele apoiou o queixo no braço dobrado e a olhou com uns olhos verdes nos que, todavia havia nuvens de tormenta.
Anahí respirou fundo e o olhou.
- Você fica muito bonito zangado - lhe disse.
Ele pestanejou, surpreendido. Ficou olhando para ela com estupor um momento tão largo que pareceu ficar suspenso no tempo; logo escapou de sua garganta um estranho murmúrio. Tragou saliva. O seguinte que se ouviu foi uma gargalhada a pleno pulmão. Jogou a cabeça para atrás e levou as mãos ao estômago. Anahí começou a rir de novo.
Alfonso se retorcia de tanto rir, balançando-se para frente e para trás. Tornou a golpear os comandos com o punho, e o brusco movimento da cadeira, combinado com seus balanços, bastou para atirá-lo no chão.
Foi uma sorte que não tenha se machucado, porque Anahí não teria podido parar de rir ainda que sua vida tivesse dependido disso. Se deixou cair do banquinho e se deitou ao seu lado, levantando as pernas até o ventre.
- Chega! Chega! - gritou enquanto as lágrimas lhe rodavam pela rosto.
- Chega! Chega! - repetiu ele e, agarrando-a, fundiu os dedos em suas costelas.
Nunca haviam feito cosquinhas em Anahí. Não sabia o que era brincar. Ficou tão surpreendida pela euforia insuportável que produziam os dedos de Alfonso em suas costelas que nem sequer se assustou ao sentir seu contacto.
Gritava com todas as suas forças e se estava se torcendo pelo chão para tentar se separar daqueles dedos que a atormentavam quando outra voz se interpôs entre eles.
- Alfonso!
Dulce não se deteve a interpretar a cena que tinha lugar ante seus olhos. Viu seu irmão no chão, ouviu Anahí gritar e supôs no mesmo instante que havia ocorrido um terrível acidente. Somou ao alvoroço um grito angustiado e se lançou até Alfonso, o agarrou com ânsia e o fez rodar até ela.
Ainda que Dulce não tivesse permissão para ir à casa durante o dia, Anahí lhe agradeceu a interrupção. Se separou tremendo de Alfonso e se sentou. Só então se deu conta de que Dulce estava à beira da histeria.
- Dulce, não está acontecendo nada - dizia energicamente Alfonso, que havia notado antes que ela o estado de ânimo de sua irmã - Só estávamos brincando. Não estou ferido. Não estou ferido - repetiu.
Dulce se acalmou e sua cara pálida foi recuperando parte de sua cor. Alfonso se sentou e recorreu à manta com que tampava as pernas. Enquanto se cobria, perguntou com aspereza:
- O que você faz aqui? Já sabe que não deve vir durante o dia.
Dulce andou para trás bruscamente e o olhou paralisada, como se lhe tivessem dado uma bofetada. Anahí mordeu o lábio. Sabia por que Alfonso lhe havia falado com tanta dureza. Havia se acostumado a que ela o visse, e em sua presença podia se mover pela casa só de cueca ou com calças curtas de ginástica, mas ficava envergonhado que outros vissem seu corpo. Sobretudo, Dulce.
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Ela se recobrou e levantou o queixo com ar desafiante. - Pensei que isto era uma terapia, não um recreio - lhe espetou com a mesma aspereza que ele, e se pôs em pé - Desculpem a interrupção. Tinha um motivo para vir te ver, mas pode esperar. A raiva se refletia em cada linha de suas costas retas quando saiu do cômodo, ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 118
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maria_cecilia Postado em 19/12/2012 - 22:01:16
aaa a web é lindaaaaaaaaaaaaaa
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ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:03
Ainh que pena que acabou =(
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ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:03
Ainh que pena que acabou =(
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ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:03
Ainh que pena que acabou =(
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ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:03
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ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:02
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ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:02
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ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:02
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ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:02
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ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:02
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