Fanfics Brasil - 023 Amanhecer contigo [Adaptada AyA] (Finalizada)

Fanfic: Amanhecer contigo [Adaptada AyA] (Finalizada) | Tema: Rebelde


Capítulo: 023

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Anahí voltou a encolher os ombros.

Dulce fez uma careta triste.

- Já sei. Pensa que eu o deixo agoniado. É verdade, admito. Eu... lamento como me portei quando você chegou. Não acreditava que fosse capaz de ajudá-lo, e não queria que o iludisse para sofrer depois um desengano. Mas, ainda que não volte a caminhar, sou consciente de que a terapia lhe está fazendo bem. Tem ganhado peso. Volta a parecer são.

Surpreendida pela desculpa, Anahí não soube o que dizer, mais além da resposta convencional.

- Não tem importância.


 


- Sim, sei que tem. Christopher apenas me fala, e não posso reprová-lo. Levo dois anos tratando-o como o homem invisível. Desde o acidente de Alfonso. Deus saberá como pode ter tido tanta paciência. Mas agora não consigo me aproximar dele, e é culpa minha. Ainda assim, respeita a Alfonso, sou irracional. Ele é minha âncora, meu apoio.
- Pode ser que Christopher mereça essa honra - murmurou Anahí, ainda que na verdade não quisesse zanzar numa discussão acerca dos problemas conjugais de Dulce.

Não tinha esquecido que Dulce acreditava que Christopher talvez tivesse uma amante, ela mesma talvez, e não lhe parecia sensato misturar-se em suas coisas. Sentia uma enorme simpatia por Christopher, e Dulce tinha se portado muito bem depois de sua desastrosa apresentação, mas ainda assim não se sentia a gosto falando de Christopher como se o conhecesse muito melhor do que em realidade o conhecia.

- Oh, sei que é assim! O problema é que Alfonso está muito bem cotado. Foi o irmão maior ideal - suspirou - Era forte, carinhoso, compreensivo... Quando minha mãe morreu, se converteu em uma rocha. Às vezes creio que, se lhe acontecesse algo, eu morreria no ato.
- Isso não seria muito considerado - comentou Anahí, e Dulce a olhou com dureza antes de desatar a rir.
- Não, verdade? Tinha ciúmes de você - prosseguiu ao ver que Anahí não dava mostras de retomar o elo da conversa - Tenho estado com Alfonso quase constantemente desde o acidente. Logo você pratica¬mente me proíbe de vir, menos quando decide que era bom momento. Estava lívida! E quase desde o princípio Alfonso se virou na terapia, e não me presta atenção nem sequer quando estou com ele. Estava tão perto de você, era tão evidente que estava fascinado por ti... Você conseguiu que faça coisas nas quais com os outros terapeutas nem sequer pensava.

Anahí se remexeu, incômoda, temendo que Dulce começasse a falar de Christopher. Não parecia ter modo de impedi-lo, de maneira que decidiu defender sua postura.


 


- Sabia que você se sentia assim. Lamentava-o, mas não podia fazer nada a respeito. Alfonso era o primeiro. Você estava interferindo, e eu não podia permitir.

Dulce arqueou suas sobrancelhas negras com um gesto tão parecido ao de Alfonso que Anahí ficou observando-a, assombrada pela semelhança.

- Você tinha toda a razão - disse Dulce com firmeza - Fez o que tinha que fazer. Tardei umas duas semanas em começar a ver mudanças em Alfonso, e então tive que admitir que estava incomodada por mim mesma, não por ele. Se deveras queria a Alfonso, tinha que deixar de me comportar como uma pirralha malcriada. Sinto muito, Anahí. Gostaria de verdade que fossemos amigas.



Anahí ficou surpreendida de novo. Se perguntou fugazmente se por trás da desculpa de Dulce havia algum motivo interior, mas decidiu tomar em sério suas palavras. Afinal de contas, ela estava ali de passagem; assim pois, nada do que Dulce dissesse podia afetá-la muito tempo.

As amizades que fazia não se cruzavam em seu caminho porque não deixava que ninguém se aproximasse muito dela. Nem sequer Alfonso, por mais cerca que estivesse nesse momento e por mais que acreditasse conhecê-lo e ele soubesse da vida dela.

Quando tudo aquilo acabasse, ela iria e quase com toda probabilidade não voltaria a vê-lo. Não tinha por costume manter-se em contato com seus antigos pacientes, ainda que às vezes recebia algum cartão de Natal.

- Se você quiser - disse a Dulce com calma - Mas não era necessário que você se desculpasse.
- Para mim é - insistiu Dulce, e talvez fosse assim.

Era a irmã de Alfonso, e se parecia muito com ele. Alfonso tampouco se esquivava das questões desagradáveis.


 


Anahí estava cansada depois do impacto emocional daquele dia, e não foi ver Alfonso antes de se deitar. Ele estava de tão mau humor que seguramente havia ficado acordado, esperando ver se ela apareceria para arrancar uma mordida. Fosse o que fosse o que o incomodava, Anahí se ocuparia disso pela manhã. Sumiu em um sono profundo que não perturbou nenhum sonho.

Quando um sobressalto a despertou com uma voz que gritava seu nome, teve a sensação de que aquele som havia se repetido várias vezes antes de penetrar seu sonho. Se levantou a duras penas ao ouvi-lo outra vez.

- Anahí!

Era Alfonso, e por sua voz rouca e crispada parecia ter dores. Ela correu a seu quarto e se aproximou da cama. Ele estava se retorcendo, tentando se sentar. O que estava acontecendo com ele?

- Me diz o que você tem - disse com insistência e apoiou as mãos em seus ombros nus para empurrá-lo para trás.
- Cãibras - gemeu ele.

Claro! Deveria ter imaginado!
Havia se esforçado muito, e agora estava pagando o preço.

Anahí passou as mãos por suas pernas até encontrar os músculos contraídos. Sem dizer nenhuma palavra subiu na cama e começou a massagear suas pernas. Seus dedos fortes trabalhavam com eficiência.

Primeiro conseguiu relaxar uma de suas pernas; logo, a outra. Alfonso suspirou, aliviado. Ela continuo massageando-o as panturrilhas, consciente de que podia voltar a ter cãibras.

Sentia por baixo dos dedos o calor de seu corpo, a pele que o pêlo das pernas fazia mais áspera. Subiu-lhe as pernas do pijama por cima dos joelhos e continuou massageando-o. Talvez ele voltasse a dormir sob seu suave contato.

Ele se sentou de repente e lhe afastou as mãos.

- Já chega - disse em tom cortante - Não sei por que você gosta tanto apalpar entrevados como eu, mas vai brincar com as pernas de outro. Tente com Christopher. Tenho certeza de que te servirá melhor que eu.


 


Anahí ficou boquiaberta de estupor. Como ele se atrevia a dizer algo assim?

Ela havia levantado a camisola ao subir na cama para ter mais liberdade de movimentos, e a abaixou de repente para tampar as pernas.

- Você merecia uma bofetada - disse com a voz trêmula pela ira - Que droga, o que há com você? Sabe que não me vejo com Christopher, e fico triste que jogue isso na minha cara. Foi você quem me chamou, lembra? Não entrei aqui para me aproveitar de ti.
- Custaria fazer isso, não? - replicou ele com ironia.
- Está muito seguro de si mesmo desde que se sente mais forte, né? - disse ela sarcasticamente.

Ela ficava duplamente furiosa que ele se comportasse assim depois do que havia ocorrido entre eles esse dia. Havia beijado ela. Naturalmente, ignorava que era o único homem que a havia tocado desde os dezoito anos, fazia doze anos, mas ainda assim... Aquilo era tão injusto que se pôs de joelhos sobre a cama e se inclinou para ele enquanto o apontava com o dedo.

- Escuta aqui, maldito resmungão. Me esforcei muito para te ajudar e você não deixou de me por obstáculos. Não sei o que acontece com você e nem me importa, mas não penso deixar que interfira em sua terapia. Se acredito que suas pernas precisam de uma massagem, darei ainda que tenha que te amarrar primeiro. Você entende que é um cabeça dura?
- Quem você pensa que é? Deus? - bramou ele. Seu rosto havia se entristecido tanto que Anahí podia vê-lo apesar de que pelas janelas entrava uma luz muito tênue - O que você sabe sobre o que quero ou que preciso? Só pensa em sua maldita reabilitação. Há outras coisas que necessito, e se não posso...

Se deteve e virou o rosto. Anahí esperou que continuasse, e ao ver que não o fazia disse:

- Se não pode... O que?
- Nada - resmungou toscamente.
- Alfonso! - disse, exasperada, e agarrando-o nos ombros começou a balançá-lo - O que está acontecendo?

Ele se soltou e deitou de costas. Girou a cara para as janelas com expressão sombria.


 



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  - Acreditava que aprender a caminhar de novo era a resposta - sussurrou - Mas não é. Meu Deus, Annie, você leva semanas aqui, às vezes passeia pela casa meio nua ou com essas camisolas quase transparentes. Ainda não notou que não posso...? Quando sua voz se apagou de novo, Anahí acreditou que ia explodir. - Não ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 118



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  • maria_cecilia Postado em 19/12/2012 - 22:01:16

    aaa a web é lindaaaaaaaaaaaaaa

  • ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:03

    Ainh que pena que acabou =(

  • ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:03

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  • ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:03

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  • ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:02

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  • ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:02

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