Fanfics Brasil - 042 - Capítulo VIII Amanhecer contigo [Adaptada AyA] (Finalizada)

Fanfic: Amanhecer contigo [Adaptada AyA] (Finalizada) | Tema: Rebelde


Capítulo: 042 - Capítulo VIII

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Capítulo 8



No dia seguinte, sem dizer a ninguém, Anahí começou a fazer os preparativos para aceitar outro caso. Concederia a si mesma algum tempo para se recobrar da dor de perder Alfonso e para se acostumar ao feito de acordar sabendo que ele não estava no quarto ao lado. Começaria no final de janeiro, se disse. Alfonso pensava voltar ao trabalho depois de Ano Novo, e seguramente ela iria por essas mesmas datas.

Agora que tinha o êxito ao alcance da mão, Alfonso se esforçava ainda mais.
Anahí se deu por vencida e deixou de tentar por freio em sua energia. Via-o se esforçar nas barras, coberto de suor, maldizendo constantemente como antídoto contra a dor e o cansaço, e quando estava muito cansado para continuar ela massageava seu corpo exausto, metia-o na banheira e dava-lhe outra massagem.

Vigiava sua dieta mais que nunca, consciente de que necessitava nutrição extra. Quando pelas noites tinha cãibras nas pernas, as tirava na base da esfregação. Não havia nada que o detivesse.

Era hora de que deixasse a cadeira de rodas. Anahí fez levar um andador, uma armação metálica com quatro patas que lhe permitia manter o equilíbrio e a estabilidade e ao mesmo tempo desfrutar do prazer de se mover pela casa por seu próprio pé; um prazer tão intenso que suportava de bom grado a lentidão de seu passo e o esforço. Não disse nada da repentina ausência de Dulce na hora do jantar, ainda que Alberta ajustou imediatamente tanto os menus como as quantidades que cozinhava. Já quase nunca se reuniam todos para jantar, e Alberta começou a preparar ceias ligeiras.

Apesar de tudo, Anahí se encontrava com a mesa posta com velas e um decantador de vinho. Aquela atmosfera íntima era outra espinha que se cravava em seu coração, mas do mesmo modo que Alfonso aceitava de bom grado a dor da terapia, ela aceitava a dor de sua companhia.
Era tudo o que tinha, e os dias passavam tão rapidamente que tinha a impressão de estar tentando se aferrar a umas sombras.


 


No dia de Ação de Graças, seguindo as instruções de Alfonso, levou-o de carro a jantar na casa de Dulce.
Era a primeira vez que ele saía desde o acidente, e enquanto iam no carro parecia petrificado no assento, com o corpo rígido enquanto seus sentidos lutavam para assimilar tudo. Springfield havia mudando em dois anos, os carros haviam mudado, a roupa havia mudado. Anahí se perguntava se o céu do deserto parecia a ele mais azul e o sol mais brilhante.

- Quando vou poder dirigir? - perguntou ele de repente.
- Quando seus reflexos sejam bastante rápidos. Logo - prometeu-lhe ela distraidamente.

Raramente dirigia, e tinha que se concentrar no que estava fazendo.
Levou um susto quando ele pousou uma mão sobre seu joelho e deslizou-a para cima por baixo da saia, até tocar sua coxa.

- Na próxima semana começaremos a praticar - disse ele - Sairemos ao deserto, longe do tráfico.
- Sim, está bem - repôs ela com a voz crispada pela tensão que lhe causava sentir sua mão quente sobre a perna.

Alfonso a tocava constantemente, lhe dava beijos e palmadas, mas por alguma razão sua mão parecia muito mais íntima quando ela estava de saia.

Um sorriso se desenhou em seus lábios.

- Eu gosto desse vestido - disse.

Ela lançou-lhe um olhar de aborrecimento.
Alfonso, evidentemente, gostava de todos os vestidos que ela colocava. Era, sem sombra de dúvida, um amante das pernas.

Se inclinou para ela e agachou a cabeça para inalar o perfume que ela havia colocado para a ocasião. Seu cálido alento lhe acariciou a clavícula justo antes que beijasse sua suave curva.

Ao mesmo tempo deslizou a mão mais acima e o carro deu um brusco solavanco antes que Anahí conseguisse endireitá-lo.

- Pare! - exclamou ela, empurrando sem resultado sua mão - Você está me deixando nervosa! E não dirijo muito bem.

Alfonso riu.


 


- Pois então agarre o volante com as duas mãos - aconselhou-a - Eu também estou no carro, lembra? Não vou fazer nada que provoque um acidente.
- Seu sem-vergonha! - gritou ela enquanto Alfonso co¬meçava a acariciar sua coxa com os dedos - Caramba, Alfonso, quer parar de uma vez? Não sou uma boneca com a qual você pode brincar.
- Não estou brincando - murmurou. Seus dedos continuavam subindo em círculos.

Desesperada, Anahí soltou o volante e lhe agarrou o pulso com as duas mãos. O carro deu um solavanco, e lançando uma maldição, Alfonso afastou finalmente a mão, segurou o volante e controlou o carro.

- Pode ser que seja melhor que eu comece a dirigir agora mesmo - disse ofegando.
- Você vai é ir andando até a casa de Dulce! - gritou ela com o rosto escarlate.

Ele jogou a cabeça para trás e rompeu a rir.

- Não sabe que bem que soa isso. Tardaria um pouco, mas conseguiria. Deus, me sinto humano outra vez.

Ela se deu conta bruscamente de que estava eufórico. Era o resultado natural de sua vitória e da experiência de sair de casa. Delirava de prazer, parecia embriagado por se achar livre da prisão de seu próprio corpo. Ainda assim, ela ia conduzindo, e tema que a fizesse chocar com algo.

- Digo em sério, não se faça de tonto! - disse com dureza.

Ele lhe lançou um sorriso indolente e sedutor.

- Se eu decidisse me fazer de tonto, você seria a primeira a saber.
- Por que você não volta ao trabalho amanhã mesmo? - perguntou ela com repentina exasperação.
- Fechamos o escritório por causa das festas de fim de ano. Não teria nada pra fazer.
- Eu te darei algo pra fazer - resmungou Anahí.
- O que?
- Recolher seus dentes do asfalto - replicou ela.

Ele levantou as mãos, fingindo-se assustado.

- Está bem, está bem. Enquanto eu me descuidar, você me mandará para a cama sem jantar. Ainda que não me importaria, porque você sempre vem me agasalhar e assim te vejo andando por aí com essas camisolinhas que você considera tão recatadas... A casa de Dulce é a de sequóia e pedra.


 


Lançou a última frase no momento em que ela abria a boca para repreendê-lo de novo, e Anahí conduziu o Audi pelo empinado caminho da entrada que levava à casa, situada no resguardo de uma colina.

Quando saiu do carro e deu a volta para ajudar Alfonso com o andador, Dulce e Christopher já haviam saído para recebê-los.

Alfonso teve problemas para subir as escadas, mas conseguiu. Dulce o observou com certa ansiedade, mas não correu para ajudá-lo. Ficou firmemente ao lado de Christopher, dando a ele o braço. Anahí permanecia um passo por trás de Alfonso, não por servilismo, mas para agarrá-lo se começasse a se desequilibrar.

Ele olhou para trás e sorriu para ela.

- Não está mal, hein?
- Como uma cabra-cega - respondeu ela, e só Alfonso captou a insinuação.

Lançou-lhe outro de seus sorrisos deslumbrantes.

- Você quer dizer como uma cabra-selvagem.

Ela deu de ombros.

- Uma cabra é uma cabra.

O olhar de Alfonso agourava vingança, mas Anahí se sentia a salvo de momento. Se ele tentasse algo no caminho para casa, seria ela a que desceria do carro e iria andando.

Antes que acabasse o jantar tradicional já estavam todos empanturrados.

Alfonso e Christopher se retiraram para falar de negócios e Anahí ajudou Dulce a tirar a mesa. Dulce tinha cozinheira, mas disse a Anahí que tinha preparado o jantar no dia anterior para dar a ela o resto da semana livre.


 



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  - Não me importa ficar sozinha em casa com Christopher - disse com uma risadinha. - A Operação Caça ao Marido vai bem? - perguntou Anahí. - A tempos - riu Dulce - Às vezes consigo... minar sua resistência. Logo volta a ser outra vez como uma pedra de gelo. Mas creio que estou ganhando a batalha. Ele tem notado que deixe ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 118



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  • maria_cecilia Postado em 19/12/2012 - 22:01:16

    aaa a web é lindaaaaaaaaaaaaaa

  • ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:03

    Ainh que pena que acabou =(

  • ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:03

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  • ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:03

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  • ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:02

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  • ana_carolina Postado em 10/11/2012 - 21:18:02

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